Janela Publicitária    
 
  Publicada desde 15/07/1977.
Na Web desde 12/07/1996.
 

Janela Publicitária - Edição de 28/ABR/1989
Marcio Ehrlich

 

Esta edição da Janela Publicitária foi publicada originalmente no jornal Monitor Mercantil.
O seu conteúdo foi escaneado e transcrito para ficar à disposição de consultas pela internet.

Caixa firma casalzinho para anunciar loteria

Os atores Ana Carolina e José Tachenco conseguiram conquistar o público e a MPM-Rio acabou mantendo o casalzinho que os dois formaram no vídeo como personagens dos últimos comerciais da Loteria da Caixa Econômica Federal.
No filme mais recente criado por Adeir Rampazzo e Wanderley D'Oro, para a Extração da Inconfidência, todo o roteiro induzia a que o casalzinho iria ter um filho. Filmado em estúdio, com produção da VT Um, o cenário mostrava uma casa lotérica envolvente, com flores e cortinas nas janelas, de onde o woodyalleniano personagem ouvia surpreendido de sua companheira que ele iria ser "o homem mais feliz do mundo". Logo depois, porém, a câmera desfaz o mal-entendido, abrindo e revelando, como nos comerciais anteriores, que eles estão numa casa lotérica, onde a mulher entrega-lhe um bilhete que correria dia 22 de abril. Para não perder a malícia, ele ainda pergunta: "É meu mesmo?"
A direção do comercial foi de Jaime Monjardim, e a fotografia de Antonio Luiz. E a equipe ainda contou com Fernando Almeida na direção de produção, Biafrão na produção executiva, Maria Odile na cenografia, Paula Maniacci nos figurinos e Márcia Brito na direção de atendimento pela VT Um.

Janela da Criação

O Clube de Criação do Rio vai fazer uma homenagem aos cantores de jingles que atuam nas produtoras de áudio cariocas.
O encontro acontecerá em maio, no Zanty Bar, e Henrique Meyer, o diretor da área externa do CCRJ, já adiantou que estão sendo convidados três vocalistas que o mercado publicitário conhece muito de ouvir em fita e que vai gostar de conhecer ao vivo.
Outra ideia de Henrique Meyer - e que promete - é uma noite de humor. O impagável Lula Vieira faria o show, contando causos e piadas.
Enquanto isso, têm sido muitas as sugestões de que o CCRJ realize uma 2ª Noite de Poesia.

Souza Cruz remaneja e W/GGK ganha outra

Quando Washington Olivetto deixou a DPZ há 4 anos para juntar-se à GGK, ninguém acreditava que sua agência ficasse muito tempo longe das cobiçadíssimas contas de cigarro da Souza Cruz.
Ano passado, finalmente, a W/GGK cumpriu as expectativas e colocou um pé dentro da cigarreira, conquistando a conta de Plaza, que era da MPM. E num tema que parecia esgotado - mostrar o cigarro transformado em objeto para não exibir o consumidor -, a W/GGK conseguiu realizar uma campanha muito interessante, remetendo o espectador à lembrança de sucessos do cinema, como os filmes de James Bond, Pantera Cor­de-Rosa e outros.
Este ano, dentro do remanejamento periódico de contas que aquele anunciante costuma realizar, a W/GGK coloca mais um pé lá dentro, e com um grande desafio. Washington está levando da Salles a conta de Minister, um cigarro que perdeu a personalidade ao longo dos últimos anos e acabou se tornando um dos mais problemáticos da Souza Cruz.
No remanejamento, por outro lado, a MPM foi a única a perder produtos, já que seu Belmont foi para a Salles. Entretanto a agência continua com alguns projetos, o que na área de cigarros significa a possibilidade de algum lançamento repentino de grande faturamento.
Assim ficaram as 5 agências que atendem à conta da Souza Cruz:
- DPZ: continua com Capri, Carlton, Charm, Continental e Hilton. Não perdeu nada e ainda ganhou alguns projetos.
- MPM: continua com Hollywood, Ritz e projetos. Perdeu Belmont.
- Salles: continua com Columbia, Elmo, Montreal e projetos. Perdeu Minister, mas ganhou Belmont, uma conta bem melhor.
- Standard: continua com Arizona, Barclay, Free, JPS e Lucky Strike. Ganhou projetos.
- W/GGK: continua com Plaza e ganhou Minister.

MKTMIX

• AS MUDANÇAS LÁ DE FORA - É da DM-9 a campanha de apresentação do Cartão do Banco Econômico. Durante décadas, este anunciante era um feudo do Rodrigo Sá Menezes, da Propeg. Vai ver que no enfarte da ACM... / / / A Lacta entregou parte de sua conta à Detroit, aquela segunda agência do Júlio Ribeiro. / / / A Minolta, conhecida na área de fotografia, mas que está se instalando no Brasil para fabricar copiadoras, entregou a conta para a Físcher, Justus, Young & Rubicam.
• NA TYCOON AINDA DÁ MANGA - Carlos Manga continua mantendo a sua exclusividade no Rio com a produtora Tycoon - uma combinação que, aliás, vem dando muito certo. O comercial que Manga dirigiu para a Hope com a Globotec foi em São Paulo, onde a exclusividade não vale, e porque a agência F.J.Y&R fez questão que a produção fosse feita na capital paulista. Ué, o que será que o Eduardo Fischer tem contra o Rio?
• FCB AINDA NÃO DANÇA O CHÁ-CHÁ-CHÁ ­ José Humberto Affonseca, diretor da FCB/Siboney no Rio, desmentiu a esta coluna que está longe de se concretizar qualquer fusão entre sua agência e a Brasil América, house das Casas da Banha. Ele confirma que houve um primeiro contato, mas nada evoluiu. Na verdade, a FCB está disposta a comprar ou se juntar com alguma agência carioca, dentro de um processo de expansão que ela deseja neste mercado, e pode oferecer a quem queira ter uma estrutura em São Paulo. Mas parece que com a BAP ainda não será.
• ESTE FILME EU JÁ VI ANTES - Estas histórias de fusão com a Brasil América não são novidade. Há muito Albano Alves Filho, gerente da BAP, vem tentando negociações com alguma agência para ver se a própria BAP deslancha na área publicitária. Albano, porém, ainda não aprendeu que não se deve abrir a boca antes do tempo num mercado no qual existem colunistas de propaganda e no qual os colunistas sociais são loucos para furar as nossas colunas. Segundo me contaram, a fusão da BAP com a Caio furou exatamente porque Caio Domingues ficou furioso ao ver a notícia estampada no jornal enquanto o processo ainda era de negociações.
King Kombi• CASA DA CRIAÇÃO ACELERA WILSON - - Depois de 70 anos no mercado sem anunciar, a Wilson King contratou a Casa de Criação em agosto do ano passado para disputar o mercado de revendas Volkswagen nos classificados dos jornais. Seis meses depois, em janeiro de 1989, a Wilson King tinha passado do sétimo para o primeiro lugar no ranking das revendas VW no Estado do Rio, com 193 veículos vendidos. Em fevereiro, a liderança foi mantida, com 205 veículos e hoje, Marcos Calvi e Marcelo Gorodicht, da Casa de Criação, contam orgulhosos que seu cliente conseguiu de agosto para cá um crescimento de 300% veiculando apenas nos finais de semana na Globo e no Jornal do Brasil.
• DUAILIBI, PETIT E ZARAGOZA MOSTRAM O PAU - A DPZ não só matou a cobra de um excelente desempenho profissional em 1988, como comprovou o resultado do ponto de vista empresarial ao publicar o seu balanço em plenas colunas publicitárias paulistas. Em 1988, a DPZ obteve uma receita líquida de serviços de 5,48 bilhões de cruzados velhos, contra 531 milhões de cruzados velhos em 1987. O lucro líquido do exercício foi de 1 bilhão de cruzados velhos, contra 40 milhões em 1987.
• LAMPREIA ESTA COM O OURO - José Eduardo Lampreia, ex-Casas da Banha e ex-Concal Construtora, é o novo supervisor de publicidade e promoções da Gold Invest, no Rio de Janeiro. Ele passou a integrar a equipe de Jorge Nelson Tinoco, ex-IBM e ex-SCI.
• LOBÃO ESTA SOLTO ­ Rogério Muniz, o popular "Lobão", não está mais na TVS do Rio. Ele deixou a emissora para buscar seus próprios caminhos. O primeiro destes caminhos foi arrendar a empresa Alternamídia, que comercializa em São Paulo os 14 km disponíveis para painéis na Marginal do Rio Pinheiros.

Nielsen aumenta sua cobertura do varejo

A Nielsen, instituto de pesquisa especializado no levantamento da participação de produtos no universo do varejo, está incorporando mais uma região brasileira nas suas pesquisas. Será a Área VII, cobrindo os estados do Mato Grosso do Sul, Goiás e o Distrito Federal. De acordo com Lúcia Perissé, diretora de estatísticas da Nielsen, com isto passa-se a ter representados os índices de 88% da população brasileira, o que representa 97% do potencial de consumo.
A ampliação da cobertura da Nielsen é resultado do 26º Censo que a empresa realizou desde sua instalação no Brasil em 1970. Foram 250 pesquisadores percorrendo 55 mil quilômetros de estradas para visitar 560 municípios brasileiros, que significam todas as capitais com mais de 120 mil habitantes; municípios entre 60 e 120 mil habitantes; e 10% dos municípios com menos de 60 mil habitantes. Ao todo, 50 mil lojas de varejo.
O Rio de Janeiro continua sendo a Área III da Nielsen. A Área I compreende o Nordeste (da Bahia ao Ceará). A Área II, Minas Gerais e Espírito Santo. A Área IV é exclusiva da capital de São Paulo e a Área V do interior daquele estado. E a Área VI pega o sul do país, do Paraná ao Rio Grande. Atualmente, a Nielsen segmenta os produtos nas áreas alimentar, farma-cosméticos, bar, bebidas alcoólicas e eletro eletrônicos.