Esta edição da Janela Publicitária foi publicada originalmente no jornal Monitor Mercantil.
O seu conteúdo foi escaneado e transcrito para ficar à disposição de consultas pela internet.
GCO/Promag lança Campanha para Schering
Agência GCO/Promag programou uma Campanha para o laboratório Schering contra a automedicação, cujo objetivo principal é conscientizar o pessoal que trabalha nas farmácias para os riscos de receitar remédios indiscriminadamente à população.
A Campanha, que visa também alertar o consumidor quanto ao perigo da automedicação, terá um custo mínimo mensal de 100 mil dólares e atingirá de 15 a 18 mil balconistas de farmácias e drogarias em todo o País.
O publicitário José Francisco Oliveira, Diretor de Planejamento da Agência GCO/Promag, encarregado da Campanha - informa que o balconista receberá noções básicas sobre as enfermidades mais comuns e o treinamento será dado através de fascículos coloridos que serão distribuídos aos balconistas interessados a cada dois meses. Cada fascículo trata de um tema e o primeiro da série abordará o problema de gripes e resfriados. Esse material foi produzido pela matriz do laboratório nos Estados Unidos. A segunda etapa da Campanha começará quase simultaneamente e pretende informar o público em geral através de anúncios em jornais e revistas sobre o perigo de automedicação e o trabalho que estará sendo feito pelo Schering, junto aos balconistas.
Marcio Ehrlich volta à TV como apresentador do Intervalo, na TV E
Marcio Ehrlich, que foi apresentador do programa Propaganda e Mercado, na TV Bandeirantes, de 1980 a 1982, e do Jornal de Domingo, na TV S em 1983, está de volta à telinha
Desde a ultima semana, Marcio é um dos apresentadores do programa Intervalo, que a TV Educativa apresenta todos os sábados às 17 horas, no Rio, e aos domingos, no mesmo horário, em cadeia nacional.
Nestes últimos anos, Marcio, na verdade, não ficou totalmente fora da televisão. Ele apareceu na TV algumas vezes como ator de comerciais e como entrevistado de programas jornalísticos.
Atualmente, além de se dedicar à sua empresa de relações públicas, a Dinâmica de Comunicação, Marcio está ensaiando, como ator e diretor, a montagem de uma peça de Domingos Oliveira, baseada em temas de ficção científica.
Relações públicas e marketing na semana de RP da Uerj
Relações públicas vendem?
Relações públicas e marketing: o que há por trás dessas duas áreas da comunicação? Este é o tema central da XII Semana de Relações Públicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), que discutirá as interfaces das duas atividades, de 28 de novembro a 1º de dezembro, no auditório do 9º andar do Campus da universidade, no bairro do Maracanã. Entre os que já confirmaram sua participação no evento estão Kenneth Light, diretor de Comunicação Social da Souza Cruz; Jorge Perutz, gerente de RP da Hoechst do Brasil; Jorge Nelson Tinoco, gerente de Marketing da Gold Invest; Claudete Lima e Silva, diretora de Pesquisa de Mercado da Standard, Ogilvy & Mather; Maria Lúcia Zulzke, gerente do departamento de Valorização do Consumidor da Rhodia; Carlos Vieira Martins, diretor da FAMA Propaganda e Promoções e Alberto Cerqueira Lima, gerente de Propaganda da Brahma.
As inscrições para participação na XII Semana de RP da UERJ se encerram hoje, das 15 às 20h, no Departamento de Relações Públicas da universidade, que fica no 10º andar do bloco A do prédio do Campus, Pavilhão João Lyra Filho.
Sindicato do Rio faz denúncias sobre Murilo
Semana passada, esta coluna noticiou as denúncias da presidente do Sindicato dos Publicitários do Rio, Maria Helena Fuzér, sobre a atitude de Murilo Coutinho, ex-presidente da entidade, de fundar um Sindicato dos Contatos de Veículos e Agenciadores Autônomos.
Maria Helena Fuzér, porém, como todo o mercado publicitário acompanhou há cerca de 2 anos, havia sido apresentada como candidata da "situação" às eleições sindicais. Em sua chapa, várias pessoas - incluindo ela própria - pertenciam à diretoria de Murilo. O que aconteceu, então, para que, agora, Maria Helena apareça rompida com seu antigo presidente?
Na verdade, ela mesma está fazendo questão de comunicar esta divergência à imprensa. Diz Maria Helena que é importante o mercado saber que ela "não compactuou com as atitudes de Murilo que vieram a prejudicar o Sindicato."
Hoje, o Sindicato dos Publicitários nem de longe reflete a grandeza do tempo em que sua sede, uma bela casa na Rua Assunção, tinha como meta ser "a casa do publicitário". Não há mais o auditório, e os móveis que não desapareceram estão se deteriorando, em uma sede pessimamente localizada em frente ao trevo do Aterro, a alguns quilômetros de distância da agência mais próxima.
Que cataclismo se abateu sobre o Sindicato do Rio?
Segundo Maria Helena, tudo começou quando Murilo Coutinho conseguiu aprovar, em assembleia que contou com a presença de pouquíssimos associados, a venda da antiga sede da Rua Assunção. O valor da venda foi de 350 mil cruzados. O dinheiro, ao contrário de ser colocado em uma aplicação de rentabilidade garantida, foi aplicado na Bolsa.
Pouco tempo depois, ocorreu uma negociação que até hoje ninguém no Sindicato consegue explicar. Murilo Coutinho, na época, era não só presidente do Sindicato como presidente da Federação dos Publicitários, que ele conseguiu fundar com a condição de que fosse o presidente (episódio antigo, que os nossos, leitores do tempo da Janela Publicitária na Tribuna da Imprensa devem lembrar-se muito bem).
A Contcop, a Confederação dos Trabalhadores em Comunicação, possuía um conjunto de salas na Av. Beira Mar, e que vendeu à Federação dos Publicitários (presidida por Murilo), no dia 12 de setembro de 1986, ao preço quase simbólico de Cz$ 58.000,00, muito provavelmente para ajudar a entidade a se implantar .
Exatamente no dia 18 de setembro, sete dias depois, porém, a Federação (presidida por Murilo) vendeu o mesmo imóvel ao Sindicato dos Publicitários (presidido por Murilo) pela bagatela de Cz$ 1 milhão, ou seja, 17 vezes o preço da compra.
Os mais maldosos, é claro, vão dizer que Murilo fez isto para aumentar o caixa da Federação dos Publicitários, órgão de maior prestígio nacional e sua "menina dos olhos".
Maria Helena Fuzér explica que o Sindicato, no entanto, não possuía todo aquele dinheiro em caixa no momento da compra, mas algo como trezentos mil cruzados.
Felizmente havia o dinheiro da venda da sede da Rua Assunção, pensarão vocês. Só que aqueles Cz$ 350 mil, na hora do resgate, acabaram se transformando em Cz$ 349 mil. A aplicação não só não rendeu como deu um prejuízo de 1 mil cruzados.
Juntando o dinheiro de caixa com o da aplicação, o Sindicato (presidido por Murilo) assinou promissórias para a Federação (presidida por Murilo), comprometendo-se a pagar o restante em 11 parcelas: de Cz$ 31.760,11. Metade delas foram pagas. Nos últimos meses de seu mandato, entretanto, com o caixa do Sindicato totalmente exaurido e possivelmente antevendo que deixaria a presidência da entidade, Murilo Coutinho parou de pagar suas promissórias à Federação (presidida por ele próprio).
Agora, esta dívida (!?!), com juros e correção que não param de crescer, já remonta a mais de um milhão de cruzados.
O mais surpreendente, acredite ou não, vem agora. A Federação (ainda presidida por Murilo Coutinho), está com uma entrada na Justiça de uma petição de pagamento imediato daquela dívida do Sindicato, sob pena de retomada da posse do imóvel!
Por sorte, a petição conteve alguma incorreção e caiu em exigência, o que deu à Maria Helena Fuzér a oportunidade de tomar conhecimento de seu conteúdo, e saber antecipadamente que está correndo o risco de ver o Sindicato ficar na rua, e o imóvel ir de volta às mãos de Murilo Coutinho.
As queixas da atual presidente do Sindicato não param aí. De acordo com ela, quando Murilo mudou a sede da Federação, deixando as salas da Av. Beira Mar (onde dividia o espaço com o Sindicato), levou praticamente todos os móveis, alegando que pertenciam à Federação. Maria Helena diz que Murilo chegou a se impor fisicamente para retirar os objetos, intimidando as funcionárias do Sindicato, "quase todas mulheres".
Enfim, o Sindicato vive hoje uma situação patética, que não interessa a ninguém, e, com certeza, nem mesmo ao Sindicato de Agências do Rio.
A moderna administração não pode mais ver os empregados de uma empresa como elementos dissociados de seus planos de crescimento. Tanto através de esforços internos como pelo respeito à entidade sindical dos funcionários o fortalecimento da empresa se faz. (Marcio Ehrlich, especial para a Janela Publicitária).
Abandono da cidade prejudica a Assessor
A Janela Publicitária se associa à Assessor em sua indignação pelo roubo ocorrido em suas dependências.
É inacreditável mais uma vez se verificar como uma quadrilha consegue arrombar um edifício (onde funciona a agência) e carregar tanta coisa sem que ninguém perceba.
Estamos torcendo para que a Assessor possa reaver seu material de trabalho. Ainda que pagando aos ladrões, já que nada adiantou ter pago seus impostos para receber do Governo a proteção necessária.
Do episódio, porém, ficou um aspecto positivo: o belíssimo anúncio que a Assessor veiculou para mobilizar os ladrões ou os receptadores a lhes vender de volta os objetos roubados. Um anúncio primoroso e emocionante, que transmite a revolta interna pela qual a agência passou ao descobrir o furto.
Se serve de consolo à Assessor para diminuir o prejuízo, fica aqui o prognóstico: este anúncio, com certeza, vai trazer para a agência pelo menos ouro ou prata.
E daqueles que não há quem roube.
N.R. (2020): Graças ao Facebook, acabamos descobrindo que os autores do anúncio foram o redator Claudio Ortman e o diretor de arte Carlos Negreiros, para a agência dirigida por Ivan Portugal Muniz..
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