Janela Publicitária    
 
  Publicada desde 15/07/1977.
Na Web desde 12/07/1996.
 

Janela Publicitária - Edição de 05/NOV/1988
Marcia Brito

 

Esta edição da Janela Publicitária foi publicada originalmente no jornal Monitor Mercantil.
O seu conteúdo foi escaneado e transcrito para ficar à disposição de consultas pela internet.

Rio vai festejar dia 29 os seus melhores de promoção e produção

As principais agências de propaganda e promoções do Rio e as mais atuantes produtoras e estúdios de comerciais, fonogramas e ilustrações estarão reunidos no próximo dia 29 de novembro, terça-feira, a partir das 20 horas, no Jazzmania, para a grande festa de entrega dos diplomas aos vencedores cariocas do VII Prêmio Colunistas Promoção e do II Prêmio Colunistas Produção.
Rio de Janeiro teve uma excelente participação nestes dois concursos, conquistando diversos Grandes Prêmios. No Colunistas Promoção, por exemplo, a agência carioca Contemporânea foi considerada a Empresa de Promoção do Ano, e no Colunistas Produção, Benício ficou com o Grande Prêmio de Estúdio de Ilustração do Ano.
Mas no prêmio de Promoção, também tiveram uma destacada participação as agências Almap/BBDO, Armação Ilimitada, Aroldo Araujo, Brasil América, Caio Domingues, Chris Colombo, Fama, Giovanni/Módulo, HS, McCann Erickson, Promo Ogilvy & Mather, Provarejo, Tandem, VS Escala e Zapt.
E no prêmio de Produção, as produtoras e estúdios que ainda marcaram importante presença foram a Claquete, DC Vox, Globotec, GCG, Jodaf-Yes, Lyra, Nilton Ramalho, Nova Onda, Peixe Voador, Tec Cine, VT Um e Zohar.
Este é o primeiro ano em que o Colunistas Produção terá os seus diplomas entregues no Rio, seguindo um caminho de sucesso iniciado com o Colunistas Promoção. Segundo os organizadores da premiação, o objetivo de fazer uma entrega local para os vencedores cariocas e permitir uma maior presença e, com isso, uma maior confraternização dos empresários e profissionais envolvidos com trabalhos destacados, dentro do mercado em que efetivamente atuam.
A festa do Jazzmania, além de um coquetel com open bar, dará aos premiados a oportunidade de assistirem ao show do tecladista e vocalista Alfredo Dias Gomes, além de outras surpresas que estão sendo cuidadosamente preparadas.
As adesões para a festa no Jazzmania de entrega dos diplomas do II Prêmio Colunistas Produção e do VII Prêmio Colunistas Promoção no Rio já estão abertas. Como o número de lugares no Jazzmania é limitado, porém, os organizadores do Colunistas recomendam que os interessados garantam logo as suas adesões, fazendo reserva pelo telefone 552-4141, com D. Sylvia.

Bamerindus muda imagem e se volta para o cliente

Umuarama para BamerindusO Banco Bamerindus está saindo com uma campanha institucional que pretende modernizar a comunicação do banco, mudando a imagem do ''Banco Caipira" para um banco de alta tecnologia, no qual "o cliente está em primeiro lugar".
Em flights de três anúncios consecutivos de página simples seguidos de um anúncio de página dupla publicados em revistas destinadas às classes A e A-B, a Umuarama Comunicação, agência do Bamerindus, procura apresentar imagens mais urbanas que rurais (lembrem-se que a origem do banco é o Paraná, voltado para plantadores do estado), e totalmente centradas em gente. Gente bonita, bem vestida, bem maquiada, bem penteada, em boas situações e feliz.
"Gente", aliás, é uma palavra que entra pelo menos quatro vezes em cada peça, para reforçar a idéia do slogan. A criação é de Eugênio Thomé e Luiz Antonio Solda, com direção de Alice Ruiz.
Isto me lembra uma matéria que certa vez Marcio Ehrlich, então colunista no Jornal do Commercio, escreveu com o título "Gente, o calcanhar dos bancos", mostrando que na busca de apresentar evoluções tecnológicas, os bancos tinham esquecido completamente de como preservar as relações com seus clientes.
Coincidência ou não, agora vários bancos estão mudando a sua linha de comunicação para retomar a mensagem de que a sua atenção está voltada para o cliente. O próprio Banco Nacional, que Marcio Ehrlich criticou naquela matéria, realizou uma profunda modificação interna e de comunicação de marketing, também buscando mostrar ao cliente que ele é o mais importante.
O curioso, porém, é que em todos os casos, os bancos estão buscando se mostrar simpáticos apenas aos clientes das classes A e A-B, que tenham reservas para manter um bom saldo no banco e se mostrarem rentáveis.
Na situação de hoje, banco não é lugar para o povo. Também, do jeito que as coisas andam, nem mesmo o Brasil está sendo lugar para o povo.

Criadores vão se reunir em um bar

A turma de criação do Rio agora vai estar como o diabo gosta.
E que o Clube de Criação daqui resolveu seguir um bom esquema do Clube de São Paulo. Não é o de lançar um anuário, não, por que isto já é promessa muito antiga do tempo em que ainda se podia escolher entre gasolina comum ou azul. Mas para fazerem as reuniões em um bar, coisa que todo publicitário adora.
O bar é o Zanty Bar, que fica na Rua Aníbal de Mendonça, 132, perto da Barão da Torre. Depois das eleições (que em si já são um porre), o Clube vai se reunir todas as quartas-feiras no Zanty a partir das 19 horas.
Soubemos, inclusive. que o pessoal de criação está se armando de um altíssimo espírito cívico para colaborar com a sua associação. É que nestes dias, a renda do bar vai reverter em beneficio da combalida caixa do CCRJ.
Ou seja, melhor desculpa não haverá. Quanto mais se beber, mais se estará ajudando o Clube de Criação.

Brasil ganha 5 prêmios no Festival de New York

O Brasil conseguiu conquistar 5 medalhas no International Film & TV Festival, encerrado esta quinta-feira, em Nova Iorque: uma de ouro, uma de prata e três de bronze.
Não houve grandes surpresas na premiação brasileira. O que é bom para o Brasil é bom para os Estados Unidos. Repetiram-se resultados de outros concursos já realizados aqui ou mesmo confirmações de repercussões públicas dos trabalhos.
Mais uma vez, o Ouro foi para São Paulo. Adivinhe para quem? Acertou. Para a W/GGK do Washington Olivetto. O comercial foi "Passeata", aquele em que os estudantes, vestindo jeans Staroup, são perseguidos pela polícia. Um prêmio mais do que justo para esta cuidadosa produção pela Jodaf, que teve não menos primorosa direção do João Daniel Tikhomiroff.
A Prata ninguém viu no Rio. Nem a medalha nem o comercial, é um trabalho da Denison-São Paulo chamado "Parque de Papel", para a Associação de Defesa da Juréia. Trata-se de uma área de interesse ecológico em São Paulo. Por isso, o comercial só teve veiculação local, alcançando, aliás, excelentes resultados, pelo que informam nossos correspondentes na terra de Maluf. O governo paulista sensibilizou-se e decidiu, no começo desta semana, proteger o Parque da Juréia.
No Bronze, finalmente, chegou a vez do Rio. E mais uma vez, quem nos defendeu galhardamente lá fora foi a Contemporânea (esse é mesmo o ano dela...). A agência de Mauro Matos e Armando Strozenberg levantou nada menos que duas medalhas! Não é nada, não é nada, podem até dizer que a agência foi a brasileira mais premiada em Nova Iorque.
Um dos Bronzes que a Contemporânea traz é para a campanha do "Dia das Mães", do BarraShopping. Aquela que a Marília Pera, em que o nome do cliente não é dito. A produção foi da Tycoon. O outro, imaginem, é para o Governo Moreira Franco. O "Luzes da Cidade", dirigido pelo Chico Abreia, da Jodaf- Yes-Rio.
No último Bronze, o júri de Nova Iorque, ao que parece, atendeu o pedido do comercial. Foi para o belo desenho animado "Medalhas para o Brasil", criado pela Standard para a Philips. Vá lá que o filme era para incentivar as medalhas de Seul. Os atletas brasileiros não devem ter visto o comercial, mas felizmente os publicitários americanos viram.
Foi isso aí o que deu para os brasileiros trazerem as medalhas. Por outro lado, não estivemos mal de finalistas. Por isso, também vale o aplauso da Janela à turma que conseguiu emplacar algum trabalho no shortlist. Foram estas as agências que a chegaram bem perto: CBBA/Propeg, DCS, DPZ, Deck, Fischer Justus Y&R, GTM&C, Giovanni/Módulo, Ítalo Bianchi, MPM, Marques da Costa, Mendes, Mercúrio, Norton, OM&B, Pubblicità, Salles e Standard.

Pedra que rola não cria limo

De vez em quando, o mercado dá uma mexida violenta nas suas bases. E o chamado troca-troca, dito "turn-over" pelo pessoal que lê Business Week.
Esta semana, por exemplo, o competente Vicente de Vicq, que estava na Tandem como diretor de atendimento, foi dirigir o atendimento da Almap-Rio, que está dando uma reforçada na mesa enquanto o garçom não traz o refrigerante que pediram já faz um tempo. Aliás, na cozinha estão mexendo tanto na garrafa que, quando abrirem a chapinha, vai respingar em muita gente.
Vai longe, e sem saudades, o tempo em que o mercado carioca reclamava de não ter vagas para criadores de fino trato. Agora tem, e sobrando. Na Artplan, por exemplo, de onde saíram os excelentes e premiadíssimos Marcos Silveira, que foi para a MPM, e o diretor de arte Paulo Brandão, que está no momento em Nova Iorque.
Ou na Giovanni, como não estão mais Raul Miranda, ido para Artplan (epa, menos um lugar na Artplan) e Rogério Cavalcanti, que foi dirigir arte na DPZ.
Para compensar a saída dos dois, a Giovanni pegou duas contas: a Tubeline, fabricante de móveis tubulares, e todo o conjunto de rádios do Sistema Globo de Rádio (cuja parte institucional, porém, continua com a VS).
E, no mais, João Ferrari Júnior, depois que deixou a Scali (que foi comprada pela Publitec-Futura para se chamar Futura Scali McCabe), está cuidando da conta da Dimpus, em associação com a F. A. Publicidade.
Mas a bomba maior, que vai surpreender o mercado, fica só para a semana que vem. E nas colunas dos coleguinhas.