Esta edição da Janela Publicitária foi publicada originalmente no jornal Monitor Mercantil.
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Colunistas escolhem melhores trabalhos de promoção do Brasil
Foram necessárias cerca de 13 horas para que os jurados do 5º Prêmio Colunistas Promoção e Merchandising pudessem analisar com atenção os 450 trabalhos inscritos por agências de propaganda e promoções de Belém a Porto Alegre, em um dos mais tranquilos e bem organizados julgamentos do Colunistas nos últimos tempos.
Promovido pela ABRACOMP - Associação Brasileira dos Colunistas de Marketing e Propaganda, o 5º Colunistas Promoção teve como presidente do júri Armando Ferrentini, e como demais membros A.P. Rossini, Fernando Vasconcelos, Marcio Ehrlich, Lucia Leme, Eloy Simões, Genilson Gonzaga, Roberto Simões, José Cláudio Maluf, Silvia Dias de Souza, Jomar Pereira da Silva e Francisco Alberto Madia de Souza.
A participação do Rio de Janeiro foi provavelmente a mais fraca em todos os cinco anos de existência da premiação, por conta da baixa quantidade de inscrições das empresas cariocas. Apenas 16 agências concorreram. Além disto, o júri deste ano, atendendo aos anseios do próprio mercado, procurou ser bastante mais rigoroso, reduzindo a quantidade de trabalhos premiados, começando por eliminar as medalhas de bronze (foram concedidas apenas ouro e prata).
A Agência de Promoções do Ano foi a Salles/lnter-Americana e o Cliente de Promoções do Ano a Editora Abril. O Empresário de Promoções foi Henrique Nicolini, da Comunicações Nicolini; e o Profissional de Promoções do Ano, Péricles de Barros, gerente de Promoções do jornal O Globo. Como Campanha Promocional do Ano foi escolhida Chocolândia, da Rio Gráfica e Nestlé, enquanto o Evento Promocional ficou com o Concurso Garota Exportação, das Casas Pernambucanas. O Fato do Ano foi o banho nu das modelos no stand da Lorenzetti, na UD paulista. A Peça Promocional do Ano ficou com a De Simoni, pelo "Robô Metalatex", da Shering Williams; e a Embalagem do Ano com a Maionese Gourmet.
Estes foram os prêmios conquistados pelas empresas do Rio de Janeiro:
• Ouro de Campanha Promocional de Serviços: "Passaporte Brasil", da DPZ para a Embratur.
• Prata de Campanha de Incentivo a Públicos Internos e Intermediários de Bens Industriais: "Ame-o ou amasse- o", da Giovanni para a Vulcan.
• Ouro de Evento Promocional Cultural: "Free Jazz Festival", da Promo para a Souza Cruz.
• Prata de Material Promocional: "Passaporte Brasil", da DPZ-Rio para a Embratur.
• Prata de Folheto de Serviços: "Mais do que um show", da Estrutural para o Norteshopping.
• Ouro de Folheto de Serviços: "Catálogo", da Giovanni para a Vulcan
• Ouro de Peça de Incentivo a Públicos Internos e Intermediários de Bens Industriais: "Série IBM", da Denison para a IBM.
• Prata de Marca/Logotipo Gráfico: "Aida", da Contemporânea para PR Marketing.
• Prata de Capa de Disco: "Meridien", da Norton para os Hotéis Meridien.
• Prata de Revista ou Jornal Institucional: "Revista IBM", da Dia Design
• Prata de Cartazes e Posters de Serviços: "JB Quadrinhos", da Contemporânea para o Jornal do Brasil.
• Prata de Cartazes e Posters de Serviços: "Fest-Rio", da Estrutural para a Prefeitura do Rio.
Festival da ABP também terá jurados cariocas
O júri do 8º Festival Brasileiro do Filme Publicitário, promovido pela ABP - Associação Brasileira de Propaganda, terá 12 publicitários cariocas. Quem pede que esta informação seja bem esclarecida é o presidente da ABP, Jairo Carneiro, explicando que, incompreensivelmente, a coluna que publicou esta semana o júri do Festival em um jornal carioca, eliminou todos os profissionais do Rio, mantendo os paulistas e de outros estados, apresentados na mesma ordem do release, que, aliás, também foi enviado a todos os colunistas.
Jairo fez questão de lembrar que a ABP procurou montar o júri mais isento possível, com representantes de vários setores da atividade publicitária e um mesmo número (12) de jurados cariocas e paulistas. Além disto, disse Jairo Carneiro, nenhuma empresa tem mais de um representante:
- É claro que a ABP não faria um Festival no Rio sem convidar cariocas para o júri - afirmou Jairo, respondendo às dúvidas dos profissionais do Rio. O que aconteceu na publicação daquela notícia não tem sentido. Também não entendi a atitude do jornalista.
São estes os 31 jurados convidados pela ABP, e que dia 27 de outubro, no Copacabana Palace, estarão reunidos para analisar os melhores comerciais da propaganda brasileira:
Armando Ferrentini (Presidente, Propaganda & Marketing/SP); Alberto Doblado (Thompson-Madrid); Antônio A. Batista (Caio/Rio); Armando Strozenberg contemporânea/Rio), Carlos Martins (SGB/Rio); Cecília Freitas (Grupo Nove/Recife); Dorian Taterka (TVC/SP); Duda Mendonça (DM-9/Salvador); Edgar de Meio (ASA/BH); Ercílio Tranjan (Almap/SP); Fábio Siqueira (MPM/Rio); Felipe Zander (TV Globo/SP); Genilson Gonzaga (Bolsa/Rio); Jayme Câmara Jr (TV Anhanguera/Goiânia); João Daniel (Jodaf/SP); Jomar P. da Silva (ABAP/CBBA/Rio); José Fontoura da Costa. (Standard/SP); José Luís Salles Neto (Meio & Mensagem/SP); Lucia Leme (Amiga/Rio); Marcio Ehrlich (Monitor Mercantil/Rio); Marcos Felipe Magalhães (Coca-Cola/ABA/Rio); Maggie Imoberdorf (Lage/SP); Nelson Gomes (Globotec/SP); Oswaldo Mendes (Mendes/Belém); Pedro Sirotsky (RBS/RS); Rafael Sampaio (Panorama/SP); Raul Cruz Lima (Denison/Clube de Criação/SP); Roberto Duarte (CCRJ/Rio); Rogério Steinberg (Estrutural/Rio); Stalimir Vieira (DPZ/Rio); e Washington Olivetto (W-GGK/SP).
Projeto dá a Murilo Coutinho poder total na propaganda
A poucos meses do final do mandato do advogado Murilo Coutinho no Sindicato dos Publicitários do Rio, surge em Brasília um projeto de Lei do Deputado Jorge Cury que dá a Murilo, como também presidente da até então ineficaz Federação Nacional dos Publicitários, o poder supremo de controlador de toda a atividade publicitária no País, definindo quem pode ser publicitário, quem pode estabelecer uma agência de propaganda e que negociações os veículos podem fazer com as agências e clientes, entre outras atribuições.
O projeto de Jorge Cury, na verdade, causaria uma enorme revolução na Propaganda brasileira. A começar pela revogação da Lei nº 4.680 e do Decreto nº 57.690, que desde 1966 regem os procedimentos do setor. Define as funções publicitárias e dispõe sobre comissões de veiculação. E centraliza todas as decisões de qualquer processo da atividade nos Sindicatos profissionais ou - na ausência deles - na Federação que Murilo Coutinho tanta questão fez de fundar e presidir.
O projeto é uma festa de equívocos, que se não fosse apresentados de forma séria no Congresso Nacional, bem permitiriam uma série de risadas. Não sendo o projeto uma peça de humor, porém, merece uma manifestação de nossas lideranças. Vejamos algumas das propostas:
- Quem já vem exercendo a atividade publicitária há mais de dois anos sem diploma de Faculdade de Comunicação, terá que fazer prova no Sindicato dos Publicitários para continuar na profissão.
- O nome de Diretor de Arte passa a ser Supervisor de Arte.
- Dá registro profissional de publicitário a Modelos.
- Os registros profissional só poderão ser conseguidos através dos Sindicatos.
- O Agenciador de Propaganda, mesmo sem registro profissional, só poderá encaminhar propaganda aos veículos desde que seja filiado ao Sindicato.
- A comissão de 20% que os veículos pagarão aos Agenciadores será sobre os preços de tabela, independente da negociação feita para o Cliente.
- A Agência de Propaganda, para ser considerada como tal, deve possuir, no mínimo, os Departamentos de Mídia, Atendimento e Estúdio. Ou seja, Criação não é necessária.
- Toda Agência de Propaganda deverá ter um "Publicitário Responsável", que indicará, à margem de todos os anúncios veiculados, o número e o seu Registro Profissional.
- Além disto, todo anúncio com mais de quatro linhas em corpo 6 deverá indicar, à margem, o número do registro do profissional responsável pela criação ou veiculação do mesmo.
- A Federação Nacional dos Publicitários, Agenciadores de Propaganda e Trabalhadores em Agências de Propaganda é a entidade competente para julgar e aplicar as normas e princípios éticos da nova Lei.
O projeto, diz Jorge Cury em sua Justificação, foi feito para proteger os "verdadeiros Publicitários", ou seja, aqueles "saídos dos bancos das faculdades", que vem sofrendo uma "desleal concorrência no mercado do trabalho" por aqueles que hoje exercem a atividade sem diploma de comunicação.
O perigo de projetos como este não está somente no risco da aprovação muito remota pelo momento eleitoral brasileiro - mas pelo mau exemplo que a divulgação de conceitos errôneos que dá aos demais congressistas que com ele tiverem contato. Mostrar aos nossos representantes deputados que a atividade não é nada disto que Murilo Coutinho e outros equivocados pretendem que seja - para benefício próprio, é claro - deve ser uma obrigação de todas as nossas demais entidades de respeito, como ABAP, ABP, Fenapro, os Clubes de Criação, Grupos de Atendimento e Grupos de Mídia.
Ministério da Saúde tem concorrência concorrida
Chegou a vinte e quatro o número de agências a apresentar documentos e propostas para a Concorrência pela conta do Ministério da Saúde, cuja entrega deu-se em Brasília esta última terça feira. Naquele dia, foram abertas e analisadas as duas pastas, permitindo que se soubesse imediatamente que duas das agências -- a DM-9 e a AdAg -- estavam eliminadas por erros dos documentos. A primeira, por estar com o seu CRJF fora de prazo (a agência não atualizou o documento, montado na pasta desde a primeira concorrência do Ministério da Saúde, que foi anulada). E a segunda, porque não apresentou os atestados datados, impedindo que se comprovasse o prazo máximo de 90 dias. Ambas as agências, porém, informaram que devem entrar com recursos.
A equipe de licitação do Ministério da Saúde louvavelmente optou pela desburocratização no seu processo de escolha, o que já se podia notar pela pequena quantidade de documentos - apenas cinco - exigida para a concorrência. Além disto, três outros episódios ocorridos durante a entrega confirmaram o propósito de facilitar a vida das agências. A Mendes, por exemplo, não obedeceu ao Edital porque não apresentou procuração na pasta de documentos. No entanto, a Comissão aceitou uma Carteira de Trabalho do representante, confirmando que ele era diretor da empresa em Brasília. A Ítalo Bianchi se esqueceu de incluir na pasta a procuração, mas teve tempo de ir buscá-la no seu escritório. E a Almap se enganou, encadernando no envelope de documentos a procuração para um representante seu de São Paulo, e não de Brasília. No entanto, como a pessoa que entregava os documentos em nome da Almap tinha em sua maleta a procuração faltosa, a Comissão aceitou fazer a troca.
Estas foram as agências que compareceram à Licitação, por ordem alfabética:
AdAg, Almap, Artplan, Atual, Denison, DM-9, DPZ, DQV, Escala, Equipe, Grupo Jovem, Ítalo Bianchi, Lux, Mendes, Módulo, MPM, Norton, Oficina, Professa, Pubblicità, R&C, Salles, SGB e SMP&B.
Curtas
• Luís Celso de Piratininga foi eleito em São Paulo presidente do Sindicato das Agências de Propaganda. A eleição foi de pesos iguais entre os participantes, e Pira venceu de 122 votos a 48 a Armando Sant 'Anna, demonstrando que a proposta da Unepro, que Sant'Anna representava, não conseguiu mesmo convencer o setor.
• No horário gratuito desta última quarta-feira, o PDT se entregou. Durante o seu jingle deixou aparecer a imagem de um garotinho quase caindo enquanto a babá o segurava, exatamente no mesmo momento que a canção dizia "Esse Darcy ninguém vai segurar". Ou seja, o coitado vão deixar cair mesmo...
• Será hoje às 10 horas a abertura das propostas para a concorrência do DNER. Ontem, todos os representantes das agências tiveram que ir ao órgão assinar documentos internos.
• Finalmente, um filme genial para o pneus Grand Prix S, da Goodyear. Com uma produção primorosa, o comercial mostra um espadachim da França oitocentista escapando de uma refrega numa carruagem cujo alto desempenho se deve às suas rodas estarem equipadas com o Grand Prix S. Tudo o que poderia ser mostrado em um carro é feito por meio da carruagem, com muito mais humor. Para encerrar com chave de ouro, ao chegar à estalagem, um aldeão pergunta se dá água aos cavalos e acaba se surpreendendo com a ordem do espadachim: "coloca 24 na frente e 26 atrás". O produto é mostrado várias vezes em ação e com inteligência. É comercial para prêmio que, desta vez, a .Mc Cann merece.
• Saiu o Edital para a Concorrência do Ministério da Reforma e Desenvolvimento Agrário-Mirad, para a campanha da Reforma Agrária. A documentação deverá ser entregue dia 30 de outubro, em Brasília, no próprio Ministério. O Edital pode ser conseguido no Ed. Palácio do Desenvolvimento, 18º andar, em Brasília, onde funciona a Coordenação de Comunicação Social do Mirad.
• O Governo brasileiro não deu ouvido aos protestos das entidades publicitárias e a EBN - Empresa Brasileira de Notícias já começou a cuidar da publicidade legal dos órgãos federais. Dia 26 último, a EBN assinou com o Banco Central um contrato de prestação de serviços para veiculação de verba de Cz$ 5 milhões, o que já dará à EBN uma comissão de um milhão de cruzados.
• A SGB-Rio está de novo sem vice-presidente para cuidar de sua operação. Vicente Raggio foi contratado de volta para a DPZ-Rio, como diretor de Contas, no Grupo que tem Ceras Johnson. Aliás, na DPZ, José Carlos Piedade, que era diretor de Operações, voltou para a DPZ-São Paulo, como parte de uma série de modificações na agência, que incluíram o ressurgimento do cargo de diretor de Criação.
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