Esta edição da Janela Publicitária foi publicada originalmente no jornal Monitor Mercantil.
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Maurice Cohen é o novo vice-presidente da Scali
A grande bomba do mercado publicitário carioca esta semana foi a saída de Maurice Cohen da Vice-Presidência da SGB Publicidade para assumir a Vice-Presidência da Scali, McCabe, Slowes, agência do grupo Ogilvy & Mather que começou a operar este ano no Brasil, como "novo nome" da extinta Gang, que havia sido comprada pelo grupo há alguns meses.
Esta é a terceira vez que Maurice Cohen volta ao Grupo Ogilvy. Ele estava na Standard Propaganda de Cícero Leuenroth na época em que a agência foi comprada e transformou-se em Standard, Ogilvy & Mather e mais tarde, após uma curta saída, voltou para dirigir a Standard-Rio e tornar-se vice-presidente da agência no Brasil. Agora, porém, sua missão envolverá desafios maiores, como ele mesmo afirma, lembrando que terá a oportunidade de criar no Rio uma agência de propaganda praticamente do zero - por enquanto a SCS mantém no Rio apenas um escritório com uma profissional de atendimento (Cristina Lobo) e uma secretária. E, como diz Maurice, "o importante é que será uma agência com a mentalidade da Scali, ou seja, com uma postura altamente criativa."
Mas as funções de Maurice Cohen não se restringirão a ativação da Scali no Rio. Também caberá a ele coordenar a operação entre a Scali no Brasil e a matriz em Nova York e ainda ativar os planos de expansão da agência na América Latina. Este ano, em todo o mundo, a SCS deve faturar no mínimo um milhão de dólares.
Maurice já começa a trabalhar dentro da Scali-Rio esta segunda-feira. No momento ele está trabalhando em um "paper" sobre como acredita que a agência deva ser montada no Rio. Esta proposta será levada à diretoria da SCS em Nova York na próxima quinzena, após o que Maurice começará a fase de procura de maiores espaços para a instalação da agência e de contratação de profissionais. Apesar de não revelar ainda o que está colocando neste "paper", Maurice garantiu que é muitíssimo remota a possibilidade de a agência pensar em se expandir no mercado carioca através da compra de outras agências de pequeno ou médio porte. No Rio, a Scali, McCabe, Slowes tem as contas da Modatta, Air France, Helena Rubinstein e Gomes de Almeida Fernandes.
NA SGB
Sani Sirotsky, um dos sócios da SGB, nos informou que está procurando no mercado um novo vice-presidente para cuidar da operação Rio da SGB, ressalvando, porém, que "não há pressa nesta contratação porque a agência está funcionando muito bem do jeito que está". A preferência da SGB, garantiu, é que este novo vice seja um profissional do Rio de Janeiro, mas não está descartada a possibilidade de, em não se encontrando este profissional, buscar alguém de São Paulo ou qualquer outro Estado.
A ausência também de um diretor de atendimento na agência - motivada pelo afastamento de Vicente de Vicq - é outra preocupação que Sani afirma não ter. "Caberá ao novo vice-presidente", explicou, "decidir se deverá ou não contratar um novo diretor de atendimento ou deixar os supervisores se reportando diretamente a ele".
Salles faz campanha para a Copa da Rádio Globo
A Salles-Rio criou uma ótima campanha para a Rádio Globo, mostrando as programações que a emissora reservará para seus ouvintes, através de transmissão direta da Copa do Mundo do México. As peças mostram também como a rádio, batizada de Mexicoração (a Globo instalada em Guadalajara), prestará serviços aos brasileiros que estão lá. A campanha toda consta de 8 anúncios de jornais, 1 spot, 1 VT para o Rio com o apresentador José Carlos Araujo e outro para São Paulo com Osmar Santos, além de folheto promocional para agências de viagens.
A equipe técnica, que também é de tirar o chapéu, é a seguinte:
Criação: Antônio Torres e Vítor de Castro
Diretor de Criação: Joaquim Pêcego
Atendimento: Maria Isabel Di Celio
Aprovação pelo cliente: Paulo Cézar Ferreira
Fotos: Fernando Mafra
Produção dos VTs: Flávio Campelo com direção de Fred Confalonieri (TV Globo).
Curtas
• Já está marcada a data da festa de entrega dos diplomas do Prêmio Colunistas Nacional. Será dia 25 de agosto, com jantar no restaurante Paladium, em São Paulo. Mais para perto serão divulgadas as condições para adesões à cerimônia. No Rio, a organização da premiação carioca ainda não definiu a data da entrega, mas adianta que "muito provavelmente venha a acontecer em julho, depois da Copa e do festival de Cannes."
• A agência carioca ABCI - Agência Brasileira de Comunicação Integrada, está se equipando para crescer na área de produção de material gráfico, atendendo a três de seus departamentos: a Diclassi (Divisão de Classificados), Dimat (Divisão de Matéria Legal) e Digraf (Divisão Gráfica). Este mês de maio a APCI recebeu uma máquina Forma Composer, considerada pela agência o mais moderno equipamento em composição e edição de textos, com aquele objetivo.
• A Talent foi a agência que maior índice de produtividade apresentou no ranking publicado recentemente pela ABAP, alcançando uma marca de 3,5 pontos, seguida pela AD/AG e Saldiva com 3,4. A Talent e a AD/AG, aliás, foram duas agências que deram pulos expressivos no ranking. A Talent passou do 28º para o 20º lugar, enquanto a AD/AG passou de 24º para o 19º.
• Correspondências para a Janela: Praia de Botafogo 340 gr. 210, Tel.: 552-4141, CEP 22250, Rio-RJ.
• O Grupo de Atendimento e Planejamento do Rio marcou a sua próxima reunião aberta para o dia 9 de junho, às 18h30min no auditório da Artplan. Pode comparecer qualquer profissional de atendimento de agência do Rio.
• E como anda o Clube de Criação? E o Grupo de Mídia?
• Uma pequena, mas sofisticada loja de moda de São Paulo, assumiu a propaganda comparativa nos seus micro anúncios. Uma forte estratégia, pois a loja - a Haddocksook - decidiu seguir os caminhos do marketing pós-cruzado, ou seja, ganhar na quantidade de produtos vendidos, e não mais na venda unitária. E agressivamente ela se identifica com as lojas mais conhecidas da alta moda masculina, como Elle et Lui, Richards, Polo etc. Propaganda pode ser inteligente em estratégia também em pequenos tamanhos.
• Alvarus de Oliveira, conhecido por muitos da velha guarda da propaganda carioca dos tempos em que foi da Scott-Bowne e até presidente da ABP - foi um de seus fundadores - escreveu recentemente as suas memórias, contando como era a propaganda antigamente. Só que até agora não conseguiu quem se interessasse em editar o livro. Quem quiser saber mais sobre o trabalho do Alvarus, pode procurar a ABP, pelo telefone 233-1197, com D. Leila.
• A VT UM, do Uajdi Moreira, acaba de ter uma boa sacada para aproveitar promocionalmente a Copa. Durante os jogos do Brasil, a produtora vai instalar um telão para reunir os amigos de agências que queiram assistir a Copa em grandes dimensões, com direito a uma boa recepção nos intervalos. Se o negócio da produtora é vídeo, por que não reunir os amigos em volta de um?
Cartas
Marcio Ehrlich/Márcia Brito
Rio de Janeiro - RJ
Prezado Amigo
Tive o prazer de colaborar na produção e direção do programa de TV que o PFL preparou para o horário gratuito, e que foi ao ar no dia 9 último, das 20h30m às 21h30m:
Apesar de muitas colaborações voluntárias, a escassez de recursos disponíveis não permitiu maiores investimentos. Mesmo assim, em respeito aos meios de TV e rádio e a grandiosidade das redes disponíveis (TV-126 emissoras comerciais e 15 emissoras educativas, Rádio-120 rádio AM e 400 rádio FM), acredito que o PFL conseguiu apresentar um programa de qualidade:
Os resultados espetaculares de audiência - quase 50 milhões de espectadores/ouvintes e o índice de aprovação de 71% mostra que valeu a pena.
Chamo a sua atenção para algumas novidades inseridas no Programa, que recebeu o título de "Brasil, daqui prá frente":
1. O Programa de 60 minutos foi dividido em quatro blocos separados profissionalmente como "estamos apresentando" e "voltamos a apresentar":
Nos intervalos foram criados comerciais do PFL, ditos de improviso por parlamentares e políticos, sobre um fundo uniforme que mostrava o logotipo partidário;
2. O Programa usou o máximo de "TV verdade", limitando drasticamente as intervenções do locutor (somadas davam menos de uma lauda e meia) e deixando ao som e à imagem de acontecimentos, entrevistas e depoimentos a missão de transmitir as desejadas mensagens;
3. O Programa, no seu encerramento, foi o primeiro da série do TSE que fez menção às dimensões das redes disponíveis, agradecendo às emissoras de rádio e TV pelo serviço gratuito que estavam prestando;
4. O Programa foi o primeiro que tinha duas trilhas sonoras: uma para TV e outra para rádio: A fita master de TV foi gerada para a Embratel, pela TV Manchete-Rio e a fita máster de rádio foi gerada pela Rádio Globo-Rio.
5. Na fita de rádio, uma locução especial identificava os oradores e explicava, sob a forma de reportagem radiofônica, passagens e cenas de vídeo que não tinham voz, como, por exemplo, os dois minutos e meio de silenciosa imagem que, sublinhadas apenas pelo Hino à Bandeira, assinalavam o dia da morte de Tancredo Neves.
Independente do esforço específico feito pelo PFL, acredito que o trabalho realizado, que contou com a cooperação dos equipamentos da Globo teve a direção do competente profissional Leopoldo Câmara, representou uma contribuição para a melhora da qualidade dos programas partidários em benefício do aprimoramento da democracia brasileira:
Atenciosamente,
Mauro Salles |
Globex homenageia mãe como a "casa perfeita"
A Cláudio Carvalho criou para a Globex Utilidades um anúncio institucional em homenagem ao Dia das Mães, em que foram promovidos o Bonzão Construção, no Rio, e o Shopping da Casa, em São Paulo, ligados ao grupo.
Veiculado no Globo, Jornal do Brasil, Estado de São Paulo e Folha de São Paulo, o anúncio teve o impacto do visual contrastante reforçando graficamente a dureza do tema "construção". Só que, na imagem, descobria-se uma mulher grávida, a "casa perfeita" que estava sendo homenageada pelo anunciante.
A criação foi de Cláudio Carvalho e Dudu Lima Netto e a aprovação de Cláudio Cohen e Marcos Mattos.
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