Janela Publicitária    
 
  Publicada desde 15/07/1977.
Na Web desde 12/07/1996.
 

Janela Publicitária - Edição de 10/FEV/1984
Marcia Brito & Marcio Ehrlich

 

Janela Publicitária
Esta edição da Janela Publicitária foi publicada originalmente no jornal Tribuna da Imprensa.
O seu conteúdo foi escaneado e transcrito para ficar à disposição de consultas pela internet.

Expressão quer crescer no Rio e no exterior

A Expressão Brasileira de Propaganda, agência ligada ao grupo Varig, acaba de nomear para seu diretor do escritório Rio o publicitário Gilberto Brito, que nos últimos anos vinha atuando naquela empresa aérea como responsável pela propaganda nas áreas Leste e Norte-Nordeste do Pais.
A nomeação de Gilberto vem atender à meta da Expressão de este ano de 1984 - o segundo de sua existência - se afirmar como uma agência financeiramente independente da empresa-mãe, com um número de clientes da iniciativa privada que alcancem um percentual de faturamento superior ao que a própria Varig pode gerar para a agência.
Esta é uma meta que, na opinião de Lucas Mancini, diretor de planejamento da Expressão, não será difícil de alcançar, se a expansão da agência se mantiver nos mesmo níveis que veio apresentando em 1983. Ele esteve esta semana no Rio e, conversando conosco, informou que em 1983, quando a Expressão foi fundada, extinguindo o Departamento de Propaganda da Varig, as metas do ano eram de encerrar o exercício com um percentual de faturamento de novos clientes na faixa dos 15 por cento. O final do ano, no entanto, viu esta percentagem chegar a 47 por cento, ficando as empresas do grupo Varig apenas com 53 pontos percentuais.
Em 1984, nos disse Mancini, a Expressão acredita que os clientes externos da agência possam representar pelo menos 55 por cento do seu resultado. Hoje, o quadro de 15 clientes da Expressão inclui empresas como a Tramontina (setor de cutelaria), J. L. Case (equipamentos agrícolas), De Maio-Gallo (escapamentos), Brasilit (telhas e tubos de PCV), Biogalênica (Cibalena), Dismac (computadores) e Laticínios Leco, entre outros, que foram suficientes para gerar um faturamento ano passado da ordem dos 3 bilhões de cruzeiros.
"O mais difícil - afirma Mancini - nós já passamos, que foi demonstrar a existência da agência, e sua independência do departamento de propaganda da Varig". Na verdade, pudemos sentir que a agência não gosta de ser lembrada como "pertencente" à Varig. Mancini inclusive acha que se perde muito tempo discutindo se uma agência é ou não house­agency, quem são seus sócios ou não. Ele completa: - O mais importante é se a agência é efetiva no mercado, se ela cria empregos, e mostra resultados. Acho mesmo é que, com o tempo, o próprio comportamento das associações que restringem a participação de agências com capital de anunciantes, assim como a legislação, vão mudar. A situação do mercado hoje não é mais a mesma de quando este critério surgiu. Por isso é injusto ainda ficar por muito tempo se apoiando numa legislação e afirmando que ela não pode mudar.
MERCADO EXTERNO
Dentro do trabalho de apresentação da Expressão para prospects anunciantes está a proposta de realização de um apoio contínuo na comunicação de marketing durante atividades de exportação. A agência firmou acordos operacionais com agências de propaganda de porte médio de diversas capitais internacionais, para manter este apoio. O diretor de planejamento da agência explica a estratégia:
- O exportador hoje depende de vendas apenas ocasionais do seu produto, porque ele não cria um conceito deste produto no mercado internacional, por falta de um marketing continuado. Ele não sedimenta a necessidade permanente de demanda do seu produto no exterior.
Para cobrir essa deficiência, a Expressão também está se utilizando da infra-estrutura já desenvolvida pela Varig no mercado internacional, para evitar que o exportador tenha que ele próprio montar uma estrutura no exterior apenas para procurar uma agência de propaganda que possa lhe atender a uma necessidade especifica de campanha naquele mercado.
Até o momento, a Expressão vem dando suporte para exportação a dois de seus clientes: a De Maio-Gallo e a Tramontina.

Brainstorming • Brainstorming • Brainstorming

Revista Video Magia 13• DE OLHO NA CIRCULAÇAO - Carlos Alberto Campins Gonçalves, diretor da MPM, acaba de assumir uma das vice-presidências do IVC - Instituto Verificador de Circulação, a convite de sua diretoria. Carlos Gonçalves entra na vaga que foi aberta pela morte do mídia Carlinhos Azevedo.
• REESTRUTURAÇAO - A agência de George Ellis chama-se agora Ellis & Associados, já que o outro sócio­fundador da empresa, o empresário Fritz D'Orey, deixou a sociedade. Aliás, falando nisso, Fritz D'Orey é o diretor-presidente da Comercial & Marítima.
• POR DENTRO DO VÍDEO - A última edição da revista Vídeo Magia, a de número 13, já está nas bancas, dentro da nova fase da publicação com a Editora Semente, a mesma que produz o jornal quinzenal Indicador Rural e pertence aos conhecidos jornalistas Ismar Cardona e Mateus Kacowicz. A revista Vídeo Magia, aliás, a partir do próximo número estará ainda mais informativa, reflexo de uma nova filosofia editorial.
• MUDANÇAS NA McCANN - Fernando Leite é o novo diretor de criação da McCann-Rio, e passa a fazer dupla com Ronaldo Marques, gerente da agência na direção profissional do escritório. A McCann, inclusive, afirma que está iniciando uma série de investimentos em seu escritório carioca (com a promessa de muita contratações), e entre outras mudanças passou Paulo Costa para diretor de criação do grupo Coca-Cola além de trazer Flávio Nara (ex­DPZ São Paulo) para a direção de Mídia da agência.