Esta edição da Janela Publicitária foi publicada originalmente no jornal Tribuna da Imprensa.
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Rio Sul quer crescer 20 por cento em 84
Cinquenta e uma mil pessoas, em média por dia, frequentaram o Shopping Center Rio Sul durante 1983, levando a que o shopping registrasse a impressionante cifra de 15 a 18 milhões de compradores circulando por suas lojas naquele ano. Segundo Marco Aurélio Jardim, gerente comercial do Rio Sul, que nos forneceu estes dados, apenas em dezembro o shopping registrou um índice de 2 milhões de clientes um recorde nos 4 anos de existência do empreendimento.
Apesar disto, o Rio Sul já estabeleceu, junto com sua agência de propaganda, a Norton Publicidade, uma meta de buscar um público 20 por cento mais numeroso em 1984, como explica Marco Aurélio:
- Com a queda do nível de consumo individual, só se consegue manter o volume de vendas do shopping aumentando o número de pessoas. E se ainda queremos aumentar o faturamento do shopping, somos obrigados a colocar uma meta de público muito mais significativa.
Uma das estratégias de produto do Rio Sul é abrir novos espaços, porque, afirma seu gerente comercial, “o público que vem ao shopping é proporcional ao espaço comercial que ele tem”. Em 1984, o empreendimento deve inaugurar uma área de lazer de 2 mil metros quadrados, com um parque de diversões, além da ampliação comercial do seu 4º andar.
Paralelamente, o shopping está iniciando uma promoção para atração dos turistas neste período de férias. Enquanto durar o verão, um ônibus estará circulando entre a Av. Atlântica, na orla marítima de Copacabana, e o Rio Sul, recolhendo, em barraquinhas especiais instaladas no percurso, os turistas interessados em fazer compras no shopping.
Nos hotéis de Copacabana, os turistas receberão folhetos informando que o transporte é gratuito e que a volta também está garantida, além, é claro, nos serviços e lojas que ele encontrará no Rio Sul. De acordo com Marco Aurélio Jardim, o turista responde hoje por pelo menos 20 por cento das vendas do shopping, uma percentagem que ele acredita até tenderá a subir este ano, com a perspectiva de chegada de um número ainda maior de turistas no Rio de Janeiro.
Marketing de micros terá em 84 o seu ano decisivo
O mercado brasileiro de microcomputadores pessoais terá em 1984 o seu ano decisivo. A opinião é de Geraldo Azevedo Antunes, presidente de uma das principais empresas do setor no Brasil, a Unitron, fabricante do microcomputador pessoal AP II, líder na venda de equipamentos compatíveis com o famoso computador americano Apple, e que mantém hoje uma produção mensal em torno de trezentos aparelhos, uma alta média, em termos de Brasil, onde a Indústria do setor está apenas começando.
Em 1983, lembrou Geraldo Antunes, o mercado brasileiro viu o lançamento de um grande número de micros compatíveis com a Apple, exigindo que em 1984 haja, por parte dos fabricantes, uma sofisticação maior no processo de conquista do consumidor, sedimentando o marketing das empresas dentro de uma estratégia de oferecer maiores e mais completas vantagens, tanto em critério de preço, quanto de produto e, principalmente, serviços adicionais ao consumidor.
A popularização do micro pessoal é, na opinião do presidente da Unitron, uma das principais responsáveis por esta mudança de estratégia, como ele mesmo afirma:
- Até há pouco tempo, a decisão da compra de um micro computador ainda estava muito ligada à orientação do homem de CPD, ou da aprovação dos diretores de uma empresa. Agora, com o computador aparecendo inclusive em novelas, o homem do povo também começa a se interessar por o que é um micro, podendo-se esperar com isso uma grande mudança no comportamento e nas exigências de nossos consumidores.
Geraldo Antunes diz que sua comunicação publicitária em 1984 – a conta está com a FG, de São Paulo – se baseará em demonstrar ao consumidor que para ele “é preferível comprar um Unitron legítimo que um Apple falsificado”. Para isto o consumidor precisará saber tudo o que o fabricante pode lhe oferecer, e que suporte ele dará ao consumidor. É ele quem diz:
- Todo fabricante de micro no Brasil só vinha se preocupando em “vender” a sua máquina, e não em “formar e informar” o consumidor. A Unitron pretende fazer, em sua comunicação, algo como a Fiat está fazendo, a nível de demonstrar a retaguarda que existe a serviço do consumidor que ainda está no processo de decisão de compra. Nos veículos que nos forem possíveis, pretendemos veicular anúncios não sob a forma de anúncios, mas sob a forma de “notícia”, mostrando o que é a Unitron, quem é o revendedor Unitron, qual é a sua função etc. Ou seja, informações que aproximem o consumidor de nós.
A Unitron também acredita que, para alcançar a sua meta de colocar no mercado brasileiro 4 mil micro computadores pessoais em 1984, será ainda importante verticalizar sua atuação com o fornecimento, ao consumidor, de outros produtos necessários, para a utilização do micro. Este ano, a empresa lançará alguns periféricos com sua própria marca (adquiridos pelo sistema OEM assim como entrará na distribuição e comercialização de programas para computador que terão a chancela “Unitron”, numa atitude corrente e de sucesso no mercado internacional, mas inédita – e por isso ainda não muito compreendida – em nosso país.
Geraldo Antunes lembra que no Brasil, se o consumidor e o fabricante de software ficarem esperando que um procure o outro, ambos ficarão parados, o que não leva a desenvolvimento maior do mercado. E ele conclui, então:
- Acho que a nossa obrigação como fabricante de máquina é levar o software que alguém fez até o usuário final, através de nosso esquema de distribuição. Nós estamos formando uma rede eficiente de revendedores, em vários estados brasileiros, e que terá como função não só demonstrar aos clientes em potencial o que o nosso micro pode teoricamente fazer, como o que ele na prática poderá realizar com o software que também já estará à disposição no próprio revendedor.
Brainstorming • Brainstorming • Brainstorming
• GUARDEM O BOLO – Um recado para os anunciantes – como a paulista Antártica Paulista – que estão comemorando o dia 20 de janeiro com mensagens de parabéns pelo aniversário da cidade do Rio de Janeiro: A cidade foi fundada por Estácio de Sá no dia 1º de março de 1565, e não no dia 20 de janeiro, quando o feriado pára a cidade simplesmente para se comemorar o dia de São Sebastião, padroeiro da cidade. Apaguem rapidinho as velas ou não sobrará bolo para a festa quando o verdadeiro aniversário da cidade acontecer, daqui a dois meses.
• PREPARANDO A FOLIA – “Carnaval de Pernambuco. Vem que tem!” Este é o tema da campanha publicitária criada pela agência Abaeté para promover o alegre carnaval pernambucano. Assinada pela Empetur e Governo do Estado de Pernambuco, a campanha ainda conta com o apoio de algumas empresas do setor privado.
• CBBA CORRIGE O JECA – Vai para 500 mil cruzeiros o prêmio em dinheiro que a CBBA oferecerá ao vencedor do 7º Prêmio Jeca Tatu, patrocinado pela agência para estimular a utilização de linguagem e valores culturais brasileiros na propaganda. No Rio, quem quiser maiores informações sobre o regulamento do Jeca Tatu pode pedir à CBBA, pelo telefone 224-2840.
• PRODUZINDO VTs – A produtora Movi & Art, de São Paulo, está se instalando no Rio principalmente para desenvolver a área de produção de VTs. A Movi & Art carioca ficará sob a coordenação de Paulo Peres, antigo profissional do mercado carioca (ex-MPM e Denison) e que estava na produtora Sonora VT. O telefone da Movi & Art no Rio é 286-0623.
• NA TV – Os entrevistados de Marcio Ehrlich no “Jornal de Domingo” desta semana (TVS, 22h45m) são Ney Cantinho, diretor da Norton e Marco Aurélio Jardim, gerente comercial do Rio Sul, que falarão sobre o trabalho de promoções que vem sendo realizado naquele shopping center carioca.
• MANUAL DO MERCADO – A agência Lintas começou a distribuir o seu livreto “Mídia & Mercado” com as atualizações para 1984, incluindo dados e informações úteis ao profissional de planejamento de marketing. No Rio, quem quiser o livreto deve procurar Paulo Penteado, gerente da agência, pelo telefone 21-8446. |