Esta edição da Janela Publicitária foi publicada originalmente no jornal Tribuna da Imprensa.
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Rub & Max lança promoção para divulgar seu nome
A Rub & Max, uma das novas empresas de lanchonete, surgidas no mercado com o crescimento do setor de "fast-foods", lançou esta semana no Rio de Janeiro uma promoção com a fabricante de eletrodomésticos Braun, através da qual o carioca está sendo incentivado a criar receitas de sanduíches para concorrerem a produtos da Braun e ao direito de ver sua criação entre os itens vendidos pela Rub & Max.
Para a Rub & Max, que dispõe de apenas dois pontos de venda - um no centro da cidade e outro no São Conrado Fashion Mall - e investirá em comunicação este ano em torno de 20 milhões de cruzeiros, o que dá pouco mais que 1 milhão e meio de publicidade por mês, a promoção vem atender a propósitos muito claros, segundo explica Luís Redinger, diretor da agência Redinger publicidade, responsável pela conta da Rub & Max:
- Nosso primeiro objetivo era ampliar e sedimentar o nome "Rub & Max", inclusive junto ao usuário de hoje, o que conseguimos aliando o nome da empresa a um Jornal do Brasil e a uma Braun. Segundo, como consequência direta da fixação da marca, esperamos ter mais facilidade para o trabalho posterior de franquia.
De acordo com Max Tenenbaum, diretor da Rub & Max, a estratégia de marketing da empresa prevê agora a expansão de seu número de pontos de vendas, através deste sistema de franquias, não só como saída para a rentabilidade de sua produção como para se beneficiar mais do retorno dos esforços publicitários. Ele acredita que, no Brasil, assim como ocorreu em todos os grandes centros, o mercado de "fast-foods" ainda cresça bastante com as lojas se equipando e sofisticando para atender a novas necessidades do consumidor, hoje mais exigente e não aceitando o mesmo atendimento de balcão que há alguns anos.
A expressão "fast-food", agora, se refere mais à rapidez com que a comida é entregue ao consumidor do que à rapidez com que este consumidor vier a comer. O diretor da Rub & Max explica a mudança:
- Antigamente, nas lanchonetes, havia uma espécie de perfeição/lazer. A pessoa tinha tempo a perder. Ela estava passeando, e seu lanche não era uma refeição. Ela almoçava e depois lanchava no Bob's. Ou saía com as crianças e ia comer lá, um cachorro-quente ou um hambúrguer. Hoje, porém, com o poder aquisitivo cada vez menor, o "fastfood", passou a ser uma refeição. Cada vez está mais difícil a pessoa que trabalha na cidade, por exemplo, entrar no restaurante e perder duas horas sentada gastando aquela nota. Ela quer ser bem atendida, rapidamente, num lugar gostoso, e com preços razoáveis.
DNER decide concorrência
A Comissão de Licitação do DNER enviou esta quarta-feira para o Comitê Executivo do órgão um relatório propondo a anulação da concorrência para contratação de sua agência de propaganda, por considerar inadequadas todas as propostas apresentadas pelas cinco concorrentes: Almap, Denison, DPZ Norton e Salles.
A informação foi prestada a estes jornalistas pelo engenheiro Israel Fernandes, do DNER, segundo o qual caberá agora ao Comitê Executivo acatar a sugestão da Comissão ou não, convocando nova concorrência, escolhendo uma das agências a seu critério, ou desistindo de vez de fazer propaganda, para acatar a decisão governamental de que se reduzam os gastos publicitários dos órgãos federais.
O Comitê Executivo do DNER tem reunião prevista para a próxima quarta-feira.
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Bancos se unem no Sul para novo atendimento
Os bancos Bamerindus, Unibanco e Nacional lançaram esta semana, em Curitiba, um serviço inédito no Brasil através do qual a população da capital paranaense terá acesso 24 horas por dia e durante os sete dias da semana, a equipamentos eletrônicos colocados em locais de grande afluência de público, que não só permitirão fornecimento de dinheiro, como pagamentos de contas, depósitos em conta corrente ou em caderneta de poupança e transferências de valores de uma conta para outra de quaisquer daqueles três bancos.
O projeto é responsabilidade da Tecnologia Bancária-S.A., empresa aberta especialmente pelo Bamerindus, Unibanco e Nacional, mas a campanha de lançamento, criada pela agência paulista Lage Stabel & Guerrero/EBDO apresentou para os curitibanos o novo serviço como sendo de um novo banco: o Banco 24 Horas. Depois, completava que o Bamerindus, o Unibanco e o Nacional entenderam que muita gente não tem tempo de ir ao banco, e que outros inclusive podem precisar deles depois do expediente.
A Tecnologia Bancária pretende que, tão logo a iniciativa do Banco 24 Horas seja aprovada naquele mercado teste, ela possa ser implantada na praça de São Paulo e, numa terceira fase, no Rio de Janeiro.
Novagência reduz operação e fica só em São Paulo
A Novagência de Propaganda, uma das quinze maiores agências brasileiras até o ano passado acaba de fechar o seu escritório no Rio de Janeiro depois de uma experiência de 4 anos neste mercado.
Sediada em São Paulo e com 92 funcionários na matriz e nas filiais do Rio e Porto Alegre (que também está sendo desativada), a Novagência pertence ao grupo de empresas do deputado Herbert Levy, do PDS paulista e alcançou ano passado uma receita bruta de Cr$ 984 milhões, atendendo a clientes como Philip Morris (Shelton Lights), a rede de lojas C&A, e a Caixa Econômica de São Paulo, um grande anunciante de poupança com o nome Nossa Caixa.
Este ano, no entanto, a Novagência teve alguns inesperados reveses como a C&A decidir montar uma agência de propaganda interna e o novo governo de Montoro trocar todas as agências que atendiam as contas de suas empresas, retirando a Nossa Caixa da Novagência.
No Rio, a saída da conta da C&A foi sentida pela agência, que montara o escritório nesta cidade também para dar apoio a propaganda das filiais cariocas daquela empresa. O diretor do escritório da Novagência no Rio, José Carlos Ferreira de Sá, acredita, no entanto que o principal erro da agência foi não ter acreditado mais e investido no mercado publicitário carioca. Ele explica:
- A Novagência encerra as atividades no Rio não por uma questão de mercado, porque este mercado existe, e é interessantíssimo, cheio de opções, de clientes, com excelentes profissionais. Tanto que algumas agências grandes que encolheram suas operações no Rio foram forçadas a voltar a se estruturar para atender à demanda do mercado.
José Carlos Sá nos disse, ainda, ter certeza hoje que o atendimento a anunciantes do Rio de Janeiro através de agências de São Paulo, pelo sistema de Ponte Aérea, acaba não satisfazendo o anunciante e tira da agência a agilidade e a competitividade com as grandes agências de propaganda do Rio de Janeiro, que dispõem, aqui mesmo, de departamentos estruturados de Atendimento, Planejamento, Criação e Mídia:
- O sucesso de uma agência fora de sua sede - disse ele - dependerá do investimento que ela fizer no seu pessoal. Ela só sobrevive se montar uma operação completa ao mercado para poder competir.
Silvio Santos cria gerência de marketing para tv no Rio
A TVS do Rio de Janeiro implanta, a partir de 1º de agosto próximo, uma gerência de marketing, que será entregue a Maria Alice Langoni, uma das mais conceituadas profissionais de mídia do País, e que há dez anos trabalhava na MPM Propaganda, a maior das agências brasileiras, onde chefiava a área de planejamento de mídia.
O investimento do SBT - Sistema Brasileiro de Televisão, ao qual pertence a TVS, na criação de uma estrutura de planejamento de marketing, é uma atitude até certo ponto nova, no mercado de veículos de comunicação do Brasil, mercado no qual, com poucas e honrosas exceções, impera a improvisação ou a sensibilidade - mais ou menos competente - de algum diretor do veículo.
Por esta razão, ainda não é perfeitamente compreendido pelo mercado o que pode fazer um gerente de marketing dentro de um veiculo de comunicação. Maria Alice Langoni, no entanto, explica:
- Uma emissora de televisão tem que ser tratada como um produto, com objetivos claros e definidos. O que o gerente de marketing deve fazer é posicionar da melhor maneira possível a emissora junto aos consumidores deste produto, que são o público telespectador e os anunciantes.
Maria Alice lembra que, para isso, existem instrumentos como pesquisas, não só de mídia - com as quais ela está até familiarizada -, mas pesquisas mais abrangentes, de mercado, de opinião de consumidor. Ela completa:
- Essas pesquisas orientam, inclusive, a própria produção dos programas, para que se coloque neles ingredientes que atraiam o tipo de público que eles pretendem continuar cobrindo. Eu sei que o SBT tem sua posição como uma rede de televisão destinada a um público das classes sócio-econômicas mais baixas, B e C, enfim, realmente para o povo. Mas dentro deste esquema, ela quer ser uma emissora muito bem feita, e está desenvolvendo todo um projeto para que tal aconteça.
Em São Paulo, já funciona no SBT a matriz do seu Departamento de Marketing, dirigida por Luís Grottera, também um ex-profissional de agência de propaganda, com destacadas passagens nas áreas de mídia e de planejamento.
Bradesco Seguros faz 2ª seu lançamento nacional
O Grupo Bradesco Seguros, resultado da associação do Banco Bradesco com a Atlântica Boavista de Seguros, já tem marcada sua data de lançamento oficial ao mercado consumidor: será esta próxima segunda-feira, dia 18, com a veiculação de um comercial no Jornal Nacional, da TV Globo, dando início a uma campanha que também terá anúncios de jornal e revista, e apresentará a nova seguradora Bradesco como "A força de um grande grupo financeiro somado à força de um grande grupo segurador".
Com a campanha, chegará ao público brasileiro uma nova imagem de marca, com a qual ele terá que se acostumar. Afinal, para o Bradesco Seguros serão transferidos todos os contratos promocionais principalmente nas áreas de esportes que vinham sendo cumpridos pela Atlântica Boavista.
No entanto, para que a mudança não seja tão radical, a identificação do novo anunciante será híbrida: o nome, por exemplo, nos casos promocionais, será Bradesco Atlântica, com a palavra Atlântica composta no mesmo tipo gráfico que o do Bradesco. E como logotipo da empresa, será utilizado o mesmo desenho circular - uma espécie de olho - usado pela Atlântica, só que na cor vermelha tradicional do Bradesco.
Esta primeira campanha da Bradesco Seguros foi criada e será veiculada pela agência Assessor, que até agora vinha atendendo a conta da seguradora Atlântica Boavista. É muito provável, no entanto, que até o final deste mês, já esteja implementado um acordo operacional atualmente em fase de negociações - entre a Assessor e a Salles/lnter-Americana, que detém, em São Paulo, a conta do Bradesco, para que as duas agências possam, em conjunto, encontrar soluções que somem a experiência de cada uma com suas respectivas partes neste negócio.
Brainstorming • Brainstorming • Brainstorming
OLHO ELETRÔNICO - A agência Lintas apresenta, dia 19, no Copacabana Palace, sua polêmica pesquisa Olhos na TV, na qual foram analisados os limites da atenção do telespectador ao intervalo comercial. Os convites podem ser conseguidos na agência, pelo telefone 221-8446.
• NA RESCISÃO - José Carlos (Kaleco) Sá, com o fechamento da Novagência no Rio, negociou a compra da empresa Jet Set, que pertencia ao Grupo, e que responde pela comercialização de diversas áreas de aeroportos brasileiros, entre painéis, cartazes etc. Até o final do mês, a Jet Set estará em novos escritórios no Rio.
• BOA IMPRESSÃO - A Quimigráfica promove, de 1º a 3 de agosto, no Hotel Everest, no Rio, o 1º Ciclo de Palestras sobre Tecnologia Gráfica, sobre fatores críticos no planejamento de produtos gráficos (embalagens, folhetos etc.), Informações, com a Redinger Publicidade, pelo telefone (021) 247-9417.
• AUMENTOS - Na McCann, foram promovidos Altino Barros, agora vice-presidente executivo, membro do Board of Directors responsável pela área de mídia, e chairman do Comitê Executivo da agência, e Willy Kautz, que passa a vice-presidente senior e diretor nacional de mídia para os escritórios de São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre.
• DE MINAS - O "Diário do Rio Doce", de Governador Valadares, entregou sua representação nacional à Pereira de Souza.
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