Esta edição da Janela Publicitária foi publicada originalmente no jornal Tribuna da Imprensa.
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Rádio no Rio tem novos vices
O mercado carioca de emissoras de rádios há muito tempo não se vê mudanças como este ano, principalmente do segmento das vice-lideranças. Em FM, por exemplo, há 4 anos a Rádio Cidade é líder tranquila, e absoluta, com uma vantagem de pelo menos 10%, sobre a segunda colocada no período. Mas neste importante segundo lugar, impressiona a subida da Manchete FM, que da média de audiência de 7,07% em 1980, no sexto lugar, passou para 4º lugar em 1981, e segundo este ano com 19,36% dos rádios FM ligados.
Em AM, a subida impressionante foi da Rádio Bandeirantes, que há cerca de 2 meses ainda se chamava Guanabara e estava em 11º lugar. Agora, segundo o IBOPE, e após a emissora ter levado Haroldo de Andrade e Paulo Lopes, ela pulou para o 5º lugar.
Em rádio, ao contrário da televisão, o dedo do ouvinte fica muito perto do botão do dial, e sempre conseguirá a melhor audiência a emissora que investir na melhor programação para seu público alvo.
Abril dará crédito por queda nas vendas do Rio
A Editora Abril se comprometeu, em reunião com o Grupo de Mídia do Rio de Janeiro, a dar uma carta de crédito aos anunciantes que tinham veiculado nas suas revistas neste período em que a circulação das mesmas está diminuída pela greve dos jornaleiros cariocas contra aquela empresa.
Há cerca de um mês, as 1.600 bancas cariocas que vendiam revistas da Abril decidiram protestar por negociações econômicas com a editora e por considerar que a venda de assinatura prejudica a classe. Numa atitude (se não nos enganamos) inédita no mundo, os jornaleiros cariocas decidiram desestimular a venda de publicações por assinatura, e a Abril acabou sendo a mais prejudicada na guerra. Hoje, apenas 200 pontos de vendas entre supermercados e livrarias distribuem revistas da Abril.
Por solicitação dos mídias cariocas, a Editora deverá solicitar em caráter especial e de urgência, uma auditagem do IVC para verificar o volume exato da queda de vendas para que, ainda em novembro, a situação possa ser esclarecida. Os mídias alegaram que, se fossem aguardar a auditagem normal do IVC, o prazo de solução poderia se alongar além dos limite para que fossem realizados os planejamentos de mídia do próximo ano.
De qualquer maneira, a Abril, através de seu diretor no Rio, Sebastião Martins, garantiu que as vendas em banca da revista Veja, no Rio de Janeiro, mesmo antes da greve não ultrapassavam a 2,3% da circulação total da publicação em todo o país.
Seleção da Janela
Semana passada, por falta de espaço, não saiu a relação dos finalistas da Seleção da Janela, que participam da escolha dos melhores de outubro entre os publicados na imprensa carioca. Com isto, juntamos os destas duas semanas, que são: "Camel - O sabor de uma nova aventura" da Lage Stabel & Guerreiro para a R. J, Reynolds, e "A história da nossa cidade está cheia de motivos para você comprar hoje um terreno na Barra em frente ao mar", da Pubblicità para a Júlio Bogoricin Imóveis, pela semana de 15 a 21 de outubro: e "A melhor coisa do dia do trabalhador da construção civil é você estar vivo e inteiro para comemorar", não assinado para a João Fortes Engenharia.
Mineiros cortam com propaganda no futebol
Ao que parece se a ideia de propaganda na camisa dos jogadores ainda não convenceu de todo os anunciantes, aos mineiros não convenceu absolutamente nada. O diretor comercial do Jornal "Estado de Minas", Edison Zenóbio, fez um trato editorial, em sua coluna publicitária Arte Final tomando posição "contra a avalancha de merchandising, iniciada na propaganda brasileira, principalmente na área esportiva".
Diz Zenóbio que o "Estado de Minas", a partir de agora não mais veiculará fotos de atletas "como outdoors ambulantes, a vender em suas camisas marcas de vestuário e artigos esportivos, de refrigerantes, bancos etc.". As fotos passarão a ser retocadas a guache e nanquim, eliminando slogans e logomarcas. E ele ainda avisa aos diretores de marketing dos clubes: "ninguém mais vai tirar sardinha com a mão do gato...".
Brainstorming • Brainstorming • Brainstorming
Deverá começar só a partir da próxima semana o processo de escolha, pela Sul América, da agência que passará a atender sua conta após o dia 16 de novembro, quando acaba o prazo de 60 dias do acordo com a Salles. Até o momento, a Sul América já recebeu portfólios e propostas de apresentação de cerca de 10 grandes agências.
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Manoel (Manolo) Rodrigues, diretor da agência carioca Marc, deve ter se empolgado com a noticia de que Lula Vieira e Valdir Siqueira abriram sua VS Escala no Rio com a sociedade de uma agência gaúcha, e publicou anúncio em todas as colunas de propaganda do norte ao sul do Brasil procurando agências interessada em vir para o Rio de Janeiro e com a qual se associaria a Marc.
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A Denison conquistou a conta das revistas da Editora JB, que, aliás. promete vir com muita força no mercado editorial carioca com a revista Info, na área de informática.
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É bom ver o mercado editorial no Rio ressurgir e por exemplo, também lançar produtos com a qualidade desta Criativa que a Rio Gráfica começou a editar. Não só está uma bela revista do ponto de vista de redação, como excepcional no aspecto gráfico-visual. Esperamos que não morra.
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Mais uma do governo contra as pequenas e médias empresas: agora todos os Impostos que vencem dia 30 ou 31 do mês deverão ser pagos com antecedência, se aqueles dias caírem em sábados, domingos e feriados, ou seja, não mais no primeiro dia útil seguinte. Só que as PME, quando têm notas a receber que vencem dia 30 ou 31 no mesmo caso só vêem seus clientes pagarem depois. E haja capital de giro para cobrir IRRF, IPI, IAPAS e FGTS.
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Maria Alice Langoni está de volta do estágio de um mês que a MPM lhe patrocinou na mídia de agências de Nova Iorque e Paris. Só que já está louca para viajar de novo.
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Giro de diretores de arte: Delano D'Ávila deixou a Salles pela Pubblicità, e Victor Kirowski foi para a Estrutural, deixando a MM&C.
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O produtor de comerciais Zenon Barbosa associou seu estúdio à Diana Cinematográfica de São Paulo, que estava querendo se fixar no Rio.
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Dezenove comerciais de 15 segundos e 4 de 30 segundos, veiculados em 42 emissoras de TV da região Centro-Sul, em horários de grande audiência, atingindo um contingente de 42,7 milhões de pessoas com uma frequência media de 17 vezes. Fonogramas de 30 segundos com uma frequência diária de 6 inserções em 36 emissoras no período de 180 dias. Um anúncio de lançamento de 294cm e mais 21 anúncios de 100 cm/col, em 30 jornais da região Centro-Sul, com um total mínimo de 267 inserções. Duas exibições de 1072 outdoors de 32 folhas durante duas quinzenas nas principais cidades da região. Material promocional em quantidade e um programa de relações públicas. Esta está sendo a base da campanha que a Salles preparou para a Coopersucar, com o tema "Carro a álcool. Você ainda vai ter um".
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A Beiersdorf está lançando uma linha de oito produtos destinados ao público infantil com a marca "Baby Nívea": talco, loção de limpeza, sabonete, banho cremoso, creme para assaduras, óleo, shampoo e colônia. Segundo o gerente geral da empresa, Horst-Henning Gerber, a comercialização será nacionalmente em pontos de vendas selecionados, como magazines, supermercados e grandes drogarias.
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Caio Domingues, presidente da Caio, viajou para a Escandinávia com o redator Antônio Batista, a fim de se aprofundarem nos objetivos de seu cliente Scandinavian Airlines em relação às próximas campanhas de comunicação daquela empresa no Brasil.
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Antônio Carlos Mendes Barbosa (ex-CBPE) está agora na Letra, depois de sair da Haspa.
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A revista Fortune lançará em janeiro uma edição internacional quinzenal independente da editada para o mercado norte-americano.
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