Esta edição da Janela Publicitária foi publicada originalmente no jornal Tribuna da Imprensa.
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Panorama Publicitário muda de colunista

A coluna Panorama Publicitário do jornal o Globo estará sofrendo uma alteração a partir da próxima Semana. O vice-presidente da Escola Superior de Propaganda e Marketing e vice-presidente da ABIFUMO, José Roberto Whitaker Penteado Filho, que respondeu por ela nos últimos cinco anos, está deixando sua autoria. Depois de amanhã, domingo, 17 de outubro, será sua última participação. Na próxima semana, já assume a coluna Panorama Publicitário José Maria Campos Manzo, também professor de marketing em diversas faculdades, publicitário de longa experiência e autor dos livros "Marketing para Executivos" e "Marketing, uma Ferramenta para o desenvolvimento".
José Roberto Penteado, no entanto, continua como autor da excelente coluna "Ponderações" (sem dúvida onde coloca alguns de seus melhores textos) na revista Propaganda, e da última página da revista Marketing.

Publicidade mundial perde Bill Bernbach

Sem muito alarde no Brasil, morreu, na última semana, um dos mais importantes publicitários de todo o mundo: William Bernbach, o "B" da famosa DDB-Doyle, Dane & Bernbach, que tantas vezes foi copiada no Brasil e em outros países que se espalham na propaganda americana.
A DPZ, agência que sempre admirou o trabalho de Bernbach, redigiu uma nota sobre sua morte, e que publicamos a seguir:
Os publicitários de todo o mundo, e muito particularmente os brasileiros, estão órfãos. O "pai" de todos eles, William Bernbach, morreu a semana passada, depois de ter revolucionado a Publicidade criando anúncios que primavam pelo bom gosto no texto e no visual e pelo apelo imediato, em frases incisivas, de pronta comunicabilidade. Seu estilo de criador, que contrapôs a uma época em que a publicidade era no mínimo enfadonha, influenciou a publicidade mundial e, por extensão, a brasileira.
Antes de suas famosas campanhas para clientes como Avis, Volkswagen, Levis, Polaroid e Mobil Oil, entre outros, a publicidade era pesada, redundante. Com frases como "Pense pequeno", "Brigamos mais porque somos apenas o número 2", a agência de Bernbach mudou tudo. As vendas desses clientes cresceram violentamente, resultado das campanhas de propaganda, no mínimo "criativas". Bernbach mostrava que bom gosto, um bom texto e uma boa arte podem ser ótimos vendedores.
Bernbach foi o fundador e presidente do comitê executivo da DDB (Doyle Dane Bernbach) uma agência poderosa, influente e responsável pela revolução na publicidade contemporânea. Segundo Roberto Duailibi, "o estilo Bernbach começou a ser sentido a partir dos anos 60, quando a propaganda brasileira traçou seu próprio rumo e passou a ser considerada uma das mais criativas do mundo".
William Bernbach nasceu no dia 13 de agosto de 1911. Em 1932 formou-se pela Universidade de Nova York.
Esperava que, depois de formado, conseguiria um emprego em propaganda. Por causa da Depressão, o máximo que conseguiu foi um emprego de office boy no Schenley Distillers. Mas não ficou aí. Entrou para o Departamento de Publicidade de Schenley, onde permaneceu até entrar no Departamento da Feira Mundial de Nova York, em 1939-1940. Nesta atividade juntou-se ao professor Frank Monoghem, de Yale, com quem escreveu um livro sobre as feiras.
NASCE A DDB
A carreira de Bernbach foi-se fazendo. Depois da feira, o primeiro emprego numa agência de propaganda, na William H. Weintraub. Depois de uma escala no Exército, trabalhou em Planejamento, em seguida como redator na Grey Advertising. Rapidamente tornou-se o vice-presidente da agência, responsável pelas áreas de redação e arte.
Na Grey, Bernbach trabalhou intimamente com Ned Doyle, vice-presidente e supervisor de contas. Em junho de 49 Bernbach, Doyle e Maxwell Dane, que tinha uma pequena agência, juntaram-se para formar a Doyle Dane Bernbach, de que Bernbach tornou-se presidente. Em 1967, foi promovido a chairman e mais tarde a presidente do comitê executivo.

Brainstorming • Brainstorming • Brainstorming

A DPZ informa, através de release, que "renunciou" ao atendimento publicitário da conta da H. Stern Comércio Indústria S.A. Os motivos, diz a DPZ, foram explicados em carta àquela empresa no dia 29 de setembro. Quem os quiser saber, portanto, deverá perguntar à H. Stern.
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Renato Castelo Branco, diretor presidente da CBBA, e uma das grandes tradições da Propaganda Brasileira (foi inclusive fundador da ABP, há 45 anos), está lançando um novo livro, o romance "Rio da Liberdade - A Guerra do Fidie". A noite de autógrafos no Rio será dia 21 próximo a partir das 20 horas, na Livraria Xanam em Copacabana.
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Outro publicitário a produzir arte fora de agência é Chisnandes que inaugura sua exposição de óleos e desenhos dia 19, na galeria Quadro, no Shopping da Gávea.
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A Technos Relógios vendeu, só em agosto deste ano, Cr$ 517,4 milhões de relógios de pulso, superando em 112,59% as vendas de agosto de 1981, que foram de Cr$ 243,3 milhões. Com isto, a Technos reafirma sua previsão de chegar ao final deste ano com um faturamento de 6 bilhões de cruzeiros.
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O boletim interno da Câmara dos Deputados relacionou os itens do regimento interno que permitem o credenciamento de entidades de classe junto àquela casa, para que possam eventualmente prestar esclarecimentos específicos através de seus órgãos técnicos, ou seja, que possam realizar lobbies. Segundo o regimento, cada entidade poderá indicar apenas um representante, que será responsável, perante a Câmara, por todas as opiniões que emitir.
O nosso leitor pensa que entre a entidades relacionadas, há alguma ligada à Propaganda como ABAP, ABP ou qualquer outra? Nada. Estão lá as Federações de Engenheiros, de Relações Públicas, de Hotéis, do Comércio, de Jornalistas, de Psicólogos, de Farmácia e da Indústria Elétrica e Eletrônica.
O que falta para a propaganda ter seu lobby oficializado na Câmara?
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Até esta semana: 27 países já se haviam inscritos no 23º Festival de Hollywood, o 23rd International Broadcasting Awards, patrocinado pela Hollywood Rádio and Television Society, e que escolherá os melhores comerciais de 1982.