| .jpg) Esta edição da Janela Publicitária foi publicada originalmente no jornal Tribuna da Imprensa.
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 Karol  Sapiro tira dúvidas sobre Resposta Direta. Semana passada publicamos aqui a primeira parte de uma  entrevista de Karol Sapiro, diretor da CBBA Resposta Direta, ao programa Propaganda  e Mercado, sobre Marketing por Reposta Direta, Hoje, Karol responde a algumas  perguntas de telespectadores.
 -  Existem distribuidoras que pedem dinheiro ou cheque para as vendas por resposta  direta. Isto é confiável?
 
 “Normalmente eu diria que sim. Depende de quem assina o  anúncio. O grau de confiabilidade varia tanto quanto temos em determinadas  redes varejistas. A única sugestão que posso dar é a seguinte: Se o item a ser  comprado não for caro, experimente”.
 
 -  Existe algum sistema de defesa para quem é lesado em reposta direta?
 
 "Em outros casos, existem órgãos que defendam o  consumidor? Não conheço. Mas se existirem sugiro que a queixa seja enviada para  estes órgãos com cópia para o presidente da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos.  O correio não fiscaliza, mas pode ajudar a detectar quais são as empresas  frias”.
 
 -  Quais são os veículos mais utilizados nos Estados Unidos?
 
 “Lá temos visto muito a utilização de revistas, jornais e  televisão, além obviamente, da mala direta.”
 
 - Se  na mídia impressa você pode usar o cupom, como você fará com a televisão?
 
 “Pela televisão você usa o telefone. Mas a tática de  veiculação é diferente. Os anúncios não são veiculados nos horários nobres e  sim a partir das 11 horas da noite, ou, cedo pela manhã, quando a pessoa está  mais predisposta a ter maior atenção para os comerciais do que durante o  horário nobre quando a atenção está voltada para o noticiário, ou para a  novela. Normalmente os comerciais de resposta direta são peças de três minutos.  De um minuto e meio a dois minutos são gastos para passar as informações  detalhadas sobre o produto anunciado, seus benefícios ou a oferta e o tempo  restante para passar os instrumentos de resposta”.
 
 -  Por que determinados produtos são vendidos apenas por Marketing Direto, como  livros que não chegam às livrarias ou às bancas de jornais?
 
 “Isso acontece quando a empresa anunciante não tem fôlego  financeiro para, por exemplo, suportar uma operação de atendimento às 400  livrarias que existem no Brasil. E nem tem condições de dar os descontos que  são dados aos intermediários. Aí o canal de Marketing Direto é mais  conveniente”.
 
 -  Qualquer coisa pode ser vendida por Marketing Direto?
 
 “Até aviões. Uma empresa americana fabricante de aviões  anunciou que seu vice presidente de marketing visitaria os interessados em  comprar o avião exibido no anúncio, e que responderam pelo cupom. Com isso o  anunciante saberá o nome das pessoas com quem falar nas empresas interessadas e  ainda poderá se orientar sobre que tipo de cliente será visitado e quais os  melhores argumentos para serem levados.
 
 -  Pessoas importantes respondem a campanhas de Marketing Direto?
 
 “Nos Estados Unidos foi feita uma campanha tendo como  instrumento de resposta um pombo-correio. Bastava preencher o cupom anexo,  colocar no cartucho fixado no pombo e soltá-lo. Apenas pessoas de alta direção  de empresas receberam e as respostas foram muitas”.
 -  Quanto a televisão já detém das verbas de Marketing Direto?
 
 “Ainda nos Estados Unidos, este sistema na TV já chega a  ter 10 por cento do total das verbas investidas nesta mídia. Lá, do total das  vendas de varejo, o Marketing Direto representa de 12 a 13% do que gira acima  dos 100 bilhões de dólares”.
 
 -  Quais as vantagens do canal de Marketing Direto para o consumidor?
 
 “A primeira é a conveniência de fazer a compra na casa  dele, ganhando tempo, e segundo, podendo até pagar menos pelos descontos.  Terceiro, ganha crédito imediato ao comprar pelo cartão de crédito ao citar no  cupom qual é o seu cartão o número e sua assinatura”.
 
 -  Por que algumas vezes os preços são mais altos pelo Marketing Direto?
 
 “Isto é uma pequena disfunção na estratégia de marketing  do anunciante. O catálogo é uma peça de Marketing Direto que tem uma vida útil  muito grande de cerca de 90 dias. O anunciante, que está preocupado com o custo  crescente da inflação, acaba aumentando o preço para compensar as vendas  geradas pelo catálogo no futuro. Isto é má estratégia porque, na verdade, o  anunciante não tem outros custos e poderia dar o desconto”.
 
 -  Por que os anúncios de Marketing Direto nos Estados Unidos são tão mais bonitos  que no Brasil.
 
 “Lá o ilustrador foi substituído pelo diretor de arte.  Aqui, as operadoras de Marketing Direto é que utilizam muito o desenhistas para  criar o anúncio. Mas o sistema ainda é novo no Brasil. Apenas agências como a  nossa é que já se preocupam em colocar duplas de criação para criar um anúncio  de Marketing Direto”.
 •  Brainstorming • Brainstorming • Brainstorming • Mais de dez agências se apresentaram em Brasília para a  concorrência da campanha de consumo interno da laranja. Como o Brasil este ano  teve uma super safra e não conseguiu exportar para os Estados Unidos o que  imaginava, terá que incentivar o consumo de laranja pelos próprios brasileiros.  O que é muito bom. Afinal com o aumento do consumo interno não só ganham os  produtores como os distribuidores, os transportadores, os comerciantes, o  Estado, etc.• Outra concorrência que está agitando o mercado carioca  é a da Atlantic, que ainda não foi decidida. Mas sabe-se que um grande número  de agências também está participando.
 • Ler balanços publicados nos jornais, mesmo para quem  não é especializado no assunto pode trazer informações muito interessantes.  Temos aqui hoje três balanços que merecem ter os seus dados analisados:
 - Indústrias Gessy-Lever Ltda. (cujo exercício social  encerrou-se em 31 de março último). Nesse exercício, a Gessy-Lever, que é uma  das cinco maiores anunciantes do país, demonstra um investimento em propaganda  e publicidade de Cr$ 3,4 bilhões, correspondendo a 214,52 por cento a mais que  no período igual anterior, 1981, quando a Gessy-Lever investiu Cr$ 1,08 bilhão.  Em 1982 esta verba de publicidade correspondeu a 4,8 por cento da receita  operacional bruta que alcançou Cr$ 73,5 bilhões. Na verdade, a verba de  publicidade de Gessy proporcionalmente aumentou, já que 1981 correspondeu a 3,6  da receita bruta, que chegou a Cr$ 29,7 bilhões.
 - Denison Propaganda. Segundo o balanço do ano fiscal  encerrado em 31 de março (mas só publicado agora), a Denison Propaganda S/A  teve uma receita de Cr$ 1,28 bilhão, correspondendo a um crescimento de 141,5  por cento sobre a receita do ano anterior, que chegou a Cr$ 529 milhões. A  Denison, ao que parece, lucrou mais em 1981 que em 1980, já que suas despesas  administrativas e gerais, nos dois períodos, aumentou apenas 108,4 por cento.  Aspecto curioso do balanço da Denison é o que encontramos em seu ativo  permanente: a agência, que tem Cr$ 30 milhões investidos em ações, chega a ter  11 milhões aplicados em obras de arte, que, se não forem a do próprio Sepp Baendereck,  podem significar um grande estímulo à atividade artística.
 - MPM Propaganda S/A. O detalhamento (incomum em se  tratando de agência de propaganda), no balanço financeiro da MPM Rio, parece  demonstrar o orgulho que a agência tem de seus excelentes resultados. O balanço  da MPM-Rio também se encerrou em 31 de março e demonstrou uma receita de vendas  de serviços bruta de Cr$ 1,95 bilhão, correspondendo a um crescimento de  155,78% sobre os resultados encerrados em 31 de março de 1981, quando a agência  teve de receita de vendas 763 milhões de cruzeiros. Comprovando a informação de  que a MPM-Rio é a agência que melhor paga atualmente a funcionários no nosso  mercado, o balanço mostra, dentro das despesas operacionais, nada menos que Cr$  746,4 milhões de salários e encargos sociais em 1982. A MPM não investe tanto  em obras de arte quanto a Denison: em seu balanço vê-se que ela tem apenas Cr$  887 mil cruzeiros em biblioteca e obras de arte. No entanto, seu ativo  circulante demonstra que a agência tem Cr$ 391 milhões indicados em títulos de  empresas de capital aberto ou seja em ações.
 • Começa a ser veiculada dia 6 de agosto próximo uma nova  campanha da Embratur criada pela Denison, promovendo o turismo interno.  Estrelada por Jô Soares, a campanha incentivará a prática de turismo na  Amazônia, praias e capitais do Nordeste, cidades históricas de Minas Gerais,  pantanal de Mato Grosso, e serra gaúcha, cujos hotéis estarão dando descontos  médios de 40 por cento. Não sei não, mas ainda acho que a melhor forma de  estimular o turismo interno seria voltar os preços da gasolina à proporção que  tinha há alguns anos, quando realmente era estimulante pegar o carro e sair com  a família descobrindo pontos turísticos mais longínquos.
 • A Associação de Engenheiros e Arquitetos de Santos está  promovendo um concurso para escolha do símbolo da entidade e que dará prêmios  de Cr$ 100 mil cruzeiros ao vencedor. Quem estiver interessado em ter o edital,  pode nos procurar, pelo telefone 266-3131.
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