Esta edição da Janela Publicitária foi publicada originalmente no jornal Tribuna da Imprensa.
O seu conteúdo foi escaneado e transcrito para ficar à disposição de consultas pela internet.
Sem melhores, nem maiores
Não seria surpresa para a Janela se este ano a edição Melhores e Maiores da revista Exame excluir o levantamento do setor de Publicidade.
A razão seriam as queixas de vários empresários de propaganda de que, na verdade; aqueles resultados apontavam simplesmente os "Melhores dos Maiores", a partir de análises do desempenho apenas das 20 maiores agências de publicidade em faturamento. Com isso, as agências médias, que poderiam ter tido um desempenho empresarial proporcionalmente melhor, vinham ficando de fora, sendo obviamente prejudicadas. Assim como ficam prejudicadas as agências grandes que não alcançaram um desempenho excelente, mesmo que tenham tido um desempenho bom. Na lista publicada pela Melhores e Maiores, elas não aparecem simplesmente como "a maior queda de venda", "a mais endividada", "a pior liquidez" das 20 maiores. Fica, sim, a imagem, para o leitor menos informado, do pior desempenho de toda a indústria da propaganda.
Diante destas considerações óbvias e justas, a direção da revista, para não perder sua excelente credibilidade, estaria apenas enfrentando a dúvida: ou abre a análise possibilitando que uma agência pequena apareça como melhor que uma agência grande (e nossos leitores sabem o que isto significaria para os brios de uma agência grande), ou deixaria à analise das agências para instituições mais "imunes" a queixas, como a Fenapro ou a ABAP.
Comunicação Integrada
O Conselho Regional de Relações Públicas comunica que o Conselho Federal do setor determinou em Cr$ 3.200,00 a anuidade para que os profissionais de RP tenham o direito de exercer a profissão em 1981.
Nem os jornalistas nem os publicitários dispõem de algum conselho que fiscalize suas atividades, ou cobre pelo direito de alguém exercê-las.
Fica a questão: será que a profissão e os profissionais de relações públicas estão em tão melhor situação que seus colegas de comunicações?
A arma de Raios Catódicos
Vale a pena as agências solicitarem ao Ibope - que está distribuindo gratuitamente - uma cópia de pesquisa sobre violência, realizada por iniciativa própria, que o instituto de pesquisa divulgou ontem (e cujos resultados principais a imprensa está dando hoje).
Pode ser mais um elemento para entender melhor o que pensa o carioca.
Este carioca que acredita, em 11,3% de seu total, que a exposição da violência nos meios de comunicação (TV, Rádio, Cinema etc.) é uma das principais causas da onda de violência que enfrentamos.
Amigos, quando pelo menos uma em cada dez pessoas começa a apontar os meios de comunicação como responsáveis pelas agressões que sofre, começa a ficar difícil ignorar estas opiniões como o fazem praticamente todas as empresas de comunicação.
Quem sabe não seria hora de repensar o assunto?
Brainstorming • Brainstorming • Brainstorming
• Karol Sapiro deixou a gerência de marketing da Ron Bacardi S/A, para implantar, como diretor, no Rio, a Consuma Resposta Direta, empresa ligada ao grupo Ogilvy & Mather. Apesar de sediada em São Paulo, a Consuma já tem clientes regulares no Rio, como a Xerox, o Interclub (City Bank) e o Jornal do Brasil, que eram atendidos naquela cidade. A partir desta semana, a Consuma-Rio já estará instalada no mesmo endereço da Standard, Ogilvy & Mather, em Botafogo.
• Está havendo, em Brasília, um movimento de lobby das agências locais e as nacionais lá instaladas, no sentido de que a veiculação de matéria legal de órgãos do governo, que durante a gestão Said Farhat tornou-se exclusividade da EBN, retorne às mãos das agências, da iniciativa privada.
• A Propaganda Professa abriu escritório em São Paulo, que está sendo gerido por Maurício Rodrigues, que era da agência MN, a que foi absorvida pela Professa há alguns meses. Em São Paulo, a agência conquistou as contas da Stauffer Chemicals (uma verba de pelo menos 25 milhões de cruzeiros) a Lark S/A (tratores) e a Brasiplex (subsidiárias do Grupo Inglês ICI). As três têm a criação e produção feitas no Rio.
• A Flutiflor, agência de Toni Lourenço, está sendo a responsável pela criação das campanhas da Letra, que ainda não tem nenhuma agência que cuide de sua veiculação.
• A Thompson recebeu a conta de um novo projeto editorial a ser lançado brevemente pela Rio Gráfica.
• A Denison, em São Paulo, conquistou a conta da Fademac, Indústria de revestimento.
• César Oliveira, que já foi interino da Janela quando estes colunistas precisaram viajar, será o responsável pela coluna Panorama Publicitário nas próximas duas semanas, enquanto José Roberto Penteado cruza os Estados Unidos. César está se especializando como Colunista Publicitário Interino.
• A Lintas brevemente estará se mudando para o 13º andar do Glória Trade Center (Rua da Glória, 344) saindo de seu esconderijo na Rua Macedo Sobrinho, em Botafogo. A agência, aliás, contratou Ricardo Ladvocat (ex-Coca-Cola) como contato para atender Belfam (Wella).
• Luiz Humberto Monteiro, que havia deixado a Diretoria de Publicidade da Editora Vecchi, assumiu o mesmo cargo na Rio Gráfica e Editora. Cláudio Bartollo continua como gerente da área na RGE.
• Está fazendo cinquenta anos o jornal diário O São Gonçalo, editado pelo jornalista Cezar de Mattos.
• A CBBA, para comemorar os 10 anos de sua fundação, lançará no próximo dia 27 o livro "10 Case-Histories de Sucesso" com um coquetel na sede carioca da agência.
• A JV Produções Cinematográficas precisa de contato, que pode procurar Alberto Magno pelos telefones 234-9377 e 248-7319.
• G.B. Pazos é o novo presidente da Firestone no Brasil.
• Nem a nova década começou em 80, como quiseram algumas agências, e sim em 1981, nem o aniversário do Rio foi dia 20 de janeiro. Agora, não venham comemorar, por favor, o dia do padroeiro da cidade em 1º de março, certo?
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