Esta edição da Janela Publicitária foi publicada originalmente no jornal Tribuna da Imprensa.
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Lavrille se candidata ao Sindicato patronal carioca.

Paulo Roberto Lavrille

Paulo Roberto Lavrille de Carvalho, vice-presidente da Salles/lnterAmericana, oficializou na última semana sua candidatura à presidência do Sindicato das Agências de Propaganda do Rio de Janeiro.
A candidatura de Paulo Roberto assume uma nova importância dentro da política da propaganda brasileira, no momento em que Mauro Salles, também diretor da Salles, acaba de ser eleito presidente da Associação Internacional de Propaganda, o lAA, e seu irmão, Luís Sales, também diretor da agência, se solidifica como presidente do Sindicato de Agências de São Paulo e, principalmente da Fenapro - Federação Nacional de Agências de Propaganda, da qual o Sindicato do Rio faz parte.
Na chapa de Paulo Roberto, participam José Valério Coelho (Jotaé-Kastrup) como Diretor-Secretário, Raimundo Resende (SGB) como Diretor-Tesoureiro, e Clementino Fraga Neto (Esquire Oliveira Murgel) , Celso Japiassu (Denison) e lvo Hochleitner (MPM) como Diretores. O Conselho Fiscal será formado por Lindoval de Oliveira (Esquire Oliveira Murgel), Mário Neiva (Premium) e Cid Pacheco (JMM), tendo como suplentes José Maria Ferreira (J. M. Ferreira), Ozório de Moraes (Klimes) e Orlando Baptista (O. Baptista).
A carta-apresentação da chapa de Paulo Roberto merece ser lida e divulgada não só no Rio como em outros mercados, porque seguramente a problemática porque passa este Estado sem dúvida refletirá ao todo da propaganda brasileira.
O movimento de valorização dos profissionais de propaganda afinal não poderá andar dissociado de um necessário movimento pela valorização das empresas de propaganda do País. De nada adiantarão campanhas pela diminuição do índice de desemprego profissional, se não se conseguir criar nas empresas condições objetivas para a absorção desta mão-de-obra. Por isso afirmamos que aquela campanhas, desfechadas isoladamente arriscam gerar apenas resquícios negativos.
Mas vamos aos principais trechos do texto de Paulo Roberto Lavrille:
“Há dois anos, encerrou-se o último mandato da Diretoria do nosso Sindicato. Por aparente desinteresse dos associados, a atual Diretoria foi mais uma vez reconduzida. Desta vez, não foi preciso, sequer, uma eleição legitimadora. A prorrogação foi consumada apenas pela assinatura do Delegado do Ministério do Trabalho, no Rio.
"Essa apatia com os destinos da nossa a atividade profissional conflita, na cena política nacional, com a atitude dos demais empresários brasileiros. Estamos testemunhando e continuado fortalecimento de outros sindicatos patronais em todo o Pais, iniciativa que tem o objetivo de criar entidades forte e representativas, capazes de responder pelas suas reivindicações econômicas.
“Absorvidos pelo cotidiano dos seus negócios privados, o empresário da propaganda está se esquecendo de ocupar outra faixa - o Sindicato - onde se trava uma batalha ainda maior a luta pela preservação da nossa atividade empresarial”.
"Tememos que esse comportamento absenteísta seja reflexo, ou o que é pior, faça parte do quadro de apatia que domina o panorama econômico carioca.
"Lamentavelmente, estamos assistindo a um progressivo esvaziamento econômico de nosso Estado, através da transferência de empresas ou da relocalização de projetos industriais que deveriam ser instalados em nossa região. Esses acontecimentos, infelizmente, são encarados com passividade por quase todas as nossas lideranças.
"O Sindicato não pode ficar voltado, apenas, para a conciliação nos dissídios coletivos. Não podemos nos esquecer do importante trabalho que é promover e consolidar, junto à comunidade, a imagem da propaganda carioca e dos profissionais que nela militam.
"Do total de investimentos feitos em publicidade, apenas a metade, se tanto, é efetuado por intermédio das Agências de Propaganda. Esse faturamento pulverizado, geralmente realizado de forma amadorística, chega mesmo, muitas vezes, a agredir a imagem profissional de nossa classe.
"O crescimento da economia do nosso Estado nos faz supor, por outro lado, que o potencial do faturamento publicitário do Rio de Janeiro ainda não esteja devidamente explorado, sem falar naquele faturamento dos grandes anunciantes nacionais sediados ao Rio, que foge do nosso Estado.”
"O fortalecimento do mercado publicitário depende, fundamentalmente, da nossa capacidade de mobilização,
Precisamos de um Sindicato forte no Rio, mas precisamos também de sindicatos fortes nos demais Estados. Antes de mais nada, como programa básico de ação, acredito que deva ser promovida uma maior aproximação entre todas as entidades regionais, buscando lograr uma ação única e melhor coesão do nosso setor. Sindicatos fortes resultarão numa Federação Nacional das Agências de Propaganda (Fenapro), prestigiada e autorizada a falar pela nossa atividade.
"Nosso propósito será sempre o de incentivar, colaborar e participar das atividades das demais entidades, sempre que o nosso Sindicato for convocado. E chamar a todos para que, com os mesmos objetivos, cooperem com nossas realizações em beneficio da publicidade e do publicitário brasileiro."

JVS prefere operar como veículo do que como agência.

A JVS Publicidade Representações Ltda., desmentiu em nota oficial esta semana que estivesse fechando. Segundo a declaração da agência, "ao fazer uma análise de suas atividades nesses últimos três anos, a JVS achou por bem desativar um de seus setores operacionais".
Acontece que a JVS operava tanto no setor de Agência de Propaganda quanto na comercialização de espaço de publicidade em alguns veículos do Rio e de São Paulo, como lista telefônicas ou comprando espaço para revender sob a forma de classificados profissionais etc.
E depois de tentar durante três anos, a JVS chegou à conclusão que seu "Grupo de Vendas" era simplesmente mais rentável que a "Divido Agência.", que chegou a manter criação, mídia, tráfego, atendimento, planejamento e todos os outros apetrechos.
Resultado: fecha a Agência, e mantém-se a representação comercial.
Parênteses: outro dia, um contato de veiculo conhecido nosso nos dizia: "vocês estão loucos, eu trabalhar em agência?! Aqui no meu veículo ganho muito, mas muito mais do que se estivesse em mídia ou em atendimento .”
Conclusão da JVS após fechar o setor Agência e ficar com o de veículo: "Muito embora o volume de faturamento tenha acusado um decréscimo de 17% em relação à previsão inicial, a margem de lucro antes do IR deverá chegar a um acréscimo de 12%”.

Bandeirantes estreia sábado programa sobre propaganda.

Amanhã, sábado, às l4:30min, na TV-Bandeirantes, o mercado publicitário tem um novo encontro marcado com este colunista, no programa "Propaganda e Mercado".
Esta não é a primeira vez que a televisão carioca abre espaço para um programa sobre comunicação publicitária. Há alguns anos, Jomar Pereira da Silva teve programas nas TVs Continental e Rio, e até a TV Globo ensaiou algumas iniciativas neste sentido.
Agora, a Propaganda volta a ser assunto na tevê. Durante meia hora, todos os sábados, procuraremos levar aos espectadores um pouco do que está por trás dos tantos anúncios e comerciais que eles assistem e muitas vezes comentam.
"Propaganda e Mercado" não pretende ser um programa dirigido apenas aos profissionais da propaganda e marketing. Será sim um programa sobre os profissionais deste universo fascinante.
Como convidados deste primeiro programa, teremos João Baptista Pacheco Fernandes, diretor da MPM e membro do Conselho Superior da Conar; Marina Colasanti, redatora, jornalista e autora do livro "Uma nova mulher"; Jomar Pereira da Silva, presidente da CBBA·Rio; e Carlos Estevão, diretor de criação da Standard, Ogilvy & Mather, falando sobre o novo comercial de Advance.
O diretor de "Propaganda e Mercado" será Joel Vaz.

Brainstorming • Brainstorming • Brainstorming

A Standard-Rio é agora a nova responsável pela conta publicitária da Cachaça de São Francisco, do uísque importado Chivas Regal e do Ron Montilla, todos produtos da Seagram, cliente do qual, - como já havia sido noticiado - a DPZ abriu mão. Há quem garanta que não pararão nestes três os produtos da Seagram atendidos pela Standard.
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Ayres Vinagre -- redator-responsável na Artplan pela campanha da Enseada de Itaipu, premiada no Colunistas 1978 -- foi promovido a Supervisor de criação da CBBA-Rio, a agência presidida por Jomar Pereira da Silva.
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Está confirmada para o dia 16 de junho, no Rio Palace Hotel, a festa de entrega do prêmio Hall da Fama. A festa será no Rio em homenagem a Abrahão Medina, um dos agraciados.
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Nélson Spinelli, ex-diretor da Lintas-Rio, e que ultimamente atuava na Proeme, de São Paulo, assume na próxima semana a direção geral da TV-Bandeirantes do Rio de Janeiro.
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Professa passou a operar junto com a M. N. Publicidade, com vistas a, quem sabe, fundirem-se.
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Já se encontram no novo escritório da ABP (Av. Ataulfo de Paiva, l079, conj. 1003 - Tel.: 274-4848, os exemplares dos anais do 3º Congresso Brasileiro de Propaganda, que fizeram jus os participantes cariocas do evento.
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A DPZ está com a conta da Associação Nacional de Jornais.
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Só para relembrar: no Brasil, 50% das verbas publicitárias pertencem a anunciantes diretos. Repetiremos esta frase aqui toda semana.
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Circulam boatos em Brasília, que Fernando Vasconcelos, presidente pela segunda vez do Sindicato de Publicitários local, renuncie ao posto ainda no próximo mês, insatisfeito com o comportamento dos proprietários das agências locais. Fernando é um dos grandes incentivadores da propaganda brasiliense, e sofre como nós, no nosso caso, ao vermos estes mercados se esvaziarem.
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Luiz Celso de Piratininga, como vice-diretor da Comunidade lbero-americana de Comunicação, e diretor da Escola Superior de Propaganda e Marketing de São Paulo, estará de 26 a 29 de maio em Madrid, onde deverá ser reeleito no cargo que ocupa na entidade, Na ocasião, deverá se decidir que a Venezuela, será a próxima sede do II Cibam.
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Mauro Salles é o novo presidente internacional do IAA - International Advertising Association, e se responsabilizará pela realização em 1982, no Brasil. do 28º Congresso Mundial da Propaganda, promovido pela entidade. Este congresso é aquele que teve sua proposta apresentada para realização no Rio de Janeiro, mas que acabou sendo transferido para São Paulo, numa manobra que demonstra bem o conceito que o mercado carioca está tendo perante os líderes da propaganda brasileira.
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A General Foods, terceiro maior anunciante dos Estados Unidos, entregou à Ted Bates suas linhas de produtos Good Seasons Salad Dressing e Maxim Coffee (atendidas antes pela Ogilvy and Mather), Mellow Ronat Coffee (antes com a Grey) e Log Caben Syrups (da Young & Rubicam), numa verba que girará em torno de 24 milhões de dólares. A importância da notícia não está só no volume da verba, mas porque a General Foods normalmente só troca de agências de vinte em vinte anos. Só não entendemos o porquê da divulgação desta nota no Brasil ter sido realizada pela Denison. Terá ela alguma ligação com a Ted Bates?
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Foi criado pela Academia Nacional de Medicina o Prêmio Genival Londres - fundador da Clínica São Vicente - a ser conferido bienalmente, sobre o tema "Ética Médica". Esta nota é só para lembrar que seria multo interessante uma associação de propaganda oferecer um prêmio a ser conferido sobre o tema "Ética Publicitária". Vocês não acham?
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Olhem que vocês é que pensaram besteira, e não nós...