| .jpg) Esta edição da Janela Publicitária foi publicada originalmente no jornal Tribuna da Imprensa.
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 Representantes de Veículos criam associação. Serão lançadas na próxima semana, no Rio de  Janeiro, as bases para a fundação de uma associação brasileira dos  representantes de veículos publicitários, que pretende reunir todas as empresas  que atuem na representação de veículos do país.A entidade é sonho antigo de inúmeros empresários  do setor, e pretende, entre outras coisas, estipular um Código de Ética para  determinar uma atuação coesa de seus associados, e enquadrar todos os veículos  de comunicação sob um contrato padrão para negociações. Também estaria nos  planos dos líderes do movimento atuar no sentido de eliminar o injusto sistema  de compra direta de espaços pelas agências, passando por cima dos  representantes locais.
 Outro problema alegado pelos representantes  ouvidos por esta coluna (e que preferiram ainda não se identificar) é a  dificuldade que estas empresas têm encontrado no levantamento de suas questões  dentro dos Sindicatos de Agências, apesar de anualmente, recolherem suas  contribuições sindicais para aqueles órgãos.
 Na próxima segunda-feira, os representantes  de veículos estarão reunidos para, inclusive, definir a primeira diretoria da  associação.
 Ausência de prêmios para o Rio de Janeiro  está superando os limites da lógica. Quando foi publicado o resultado do XIII Prêmio  Colunistas, os profissionais cariocas se espantaram com o baixo número de  premiações conseguidas pelos trabalhos criados no Rio, e pela atual ausência  das chamadas agências "típicas" cariocas.Alguns dias depois, no julgamento do Múltiplo  de Criação, em que o Clube de Criação do Rio pretendia premiar a agência local  que mais tivesse incentivado e investido no setor criativo, nenhum nome  conseguiu a maioria expressiva exigida pelo regulamento, sendo destacadas  apenas a Caio, CBBA e MPM, aliás, merecidamente. Na ocasião, os sócios do CCRJ  admitiram que 1979 foi um ano muito fraco para a publicidade local, e que,  obviamente, as agências não poderiam ter realizado maiores investimentos em  seus profissionais de criação, nem ampliado o mercado.
 Chega agora o Profissional do Ano 78, da Rede  Globo, e, em que pesem as atribulações do julgamento (apontadas semana passada  na coluna Asteriscos por Armando Ferrentini), o Rio manteve-se absolutamente  ausente na lista dos premiados.
 O que está havendo com o mercado do Rio de  Janeiro?
 Não podemos admitir que seus anunciantes,  agências e profissionais tenham, de repente, perdido o talento que vinha dando a  este Estado uma posição privilegiada em todos os julgamentos publicitários até  um ano atrás.
 O que sentimos acontecer no Rio, neste último  ano, é um clima (altamente destruidor) de medo. No mercado publicitário, os  anunciantes têm medo de investir, as agências têm medo de arriscar e, de acordo  com o próprio presidente do CCRJ, Carlos Pedrosa, os profissionais têm tido  medo até de arriscar trocar de agência, mesmo quando recebem propostas mais  vantajosas.
 Por que isso tudo?
 Afinal, nem todos alegam sentir o problema.  Algumas agências, como a Norton e a CBBA até afirmam estar crescendo, e  ampliando seus quadros funcionais.
 Temos certeza de que estas agências estão  falando a verdade. E assim como Rodrigo Sá Menezes, da Propeg, afirma que o  mercado baiano é um "falso brilhante", já que tem um potencial menor  do que aparenta, acreditamos que o Rio seja um cofre de fundo falso. Removendo  esta imagem vazia que tem sido mostrada, os valores serão revelados.
 Está faltando um líder que empurre o ânimo  deste Estado para cima, ao contrario do que têm feito nossos governantes, que  só levam aos jornais notícias alarmantes sobre uma nossa possível situação.
 Ao contrário de incentivar os negócios  locais, a prefeitura tenta soluções apenas imediatas, por exemplo,  multiplicando os impostos. O ISS das agências, no Rio, duplicou. Muitas delas,  por isto, passaram a emitir suas autorizações por São Paulo, ainda que de  clientes cariocas.
 E preciso urgentemente dar um fim a este  espírito derrotista que vem assolando o Rio. Qualquer iniciante do mundo  empresarial sabe da importância que um clima de otimismo e confiança tem na  expansão dos negócios.
 Já está na hora de que associações como a  ABAP, ADVB, ABP e ABA, através de suas seções cariocas comecem a pensar em  como ajudar na reversão deste processo.
 É urgente remover o fundo falso do cofre.
 Projetos novos na Câmara. Mais dois projetos estão tramitando na Câmara  Federal, referentes à atividade publicitária.Um deles, o de nº 2372/79, de autoria do Sr.  Júlio Martins, e que já está nas Comissões de Constituição e Justiça, de  Comunicação e de Educação e Cultura, faz parte do rol dos demagógicos, além de  incentivador da censura na propaganda: em seu texto "proíbe a propaganda  comercial nos veículos de comunicação de massa que se utilize de temas ou motivos  contrários à moral e aos bons costumes"... Sem maiores comentários.
 O outro, de nº 2.378/79, proposto pelo Sr.  Christovam Chiaradia, já trata de um assunto mais sério, que é o impedimento da  propaganda de remédios e produtos medicinais destinados ao consumo humano. Este  tema bem mereceria uma atenção especial da Conar. Qualquer publicitário  consciente sabe dos abusos que se cometem nesta área, através de testemunhais de  atores conhecidos, mas leigos no assunto, recomendando os produtos  indiscriminadamente.
 Proibir a propaganda talvez não seja a  solução mais recomendada porque, afinal, a fabricação e venda dos medicamentos  populares estão liberadas. Pelo menos, porém, a classe deveria cuidar para que  ela seja realizada da forma mais ética possível.
 IBGE recusa Caio e SGB. Foram abertas ontem as propostas das agências  que estão participando da concorrência do IBGE, para o Censo deste ano. Na  mesma reunião o IBGE comunicou que aceitou os recursos apresentados pela  Assessor, MPM e Santos & Santos, que haviam sido desqualificadas na fase  jurídica, desconsiderando, no entanto, os recursos da Caio Domingues e da SGB,  que também haviam sido eliminadas. A Caio declarou acatar a decisão da comissão  de licitação, apesar de estranhar o porquê de casos parecidos com o seu terem  sido aceitos. A SGB, porém, preferiu deixar claro que não acataria a decisão,  apesar de não lhe caber mais nenhum recurso.O resultado da concorrência será divulgado no  dia 10 de abril, e o contrato com a agência vencedora será assinado até o final  daquele mês.
 Y&R vence em Hollywood. Uma série de três comerciais da Câmera  Colorburst da Kodak venceu o grande prêmio do 20º International Broadcasting  Awards, patrocinado pela Hollywood Rádio and Television Society. Os filmes  foram criados pela Young & Rubicam, de Nova York, e produzidos pela Steve  Horn.A Young & Rubicam foi a agência mais  premiada no festival, com mais outros quatro trabalhos. Dos 12 troféus na  categoria televisão, quatro vieram de fora dos Estados Unidos. O Japão recebeu  dois, e França e Holanda um cada. O Brasil, apesar de ter se destacado no  festival pelo número de finalistas, não chegou a receber prêmios este ano.
 Entidades cariocas preparam suas eleições. CCRJForam prorrogadas para até hoje as inscrições  de chapas que concorrerão, na próxima terça-feira, 25 de março, à diretoria do  Clube de Criação.
 Com a alteração havida nos estatutos do  Clube, não mais é necessário que se inscrevam todos os componentes da  diretoria. O CCRJ passará a ser coordenado por um colegiado de três membros que,  após a eleição nomearão, entre os sócios que se dispuserem a trabalhar, os  outros diretores.
 Até o fechamento desta coluna, apenas uma  chapa havia se apresentado, composta por Hayle Gadelha (MPM), Carlos Martins  (Esquire/Oliveira Murgel) e Fernando Gerardó (Lintas).
 As eleições serão realizadas das 20 às 22  horas, no terraço do edifício onde funciona o Clube. Na mesma noite, para quem  não viu, será exposto o troféu "Múltiplo de Criação", doado pela TV  Globo e que, em 1979, agência alguma do Rio ganhou.
 Durante a reunião, Carlos Pedrosa, presidente do CCRJ,  e Pedro  Galvão, presidente do Conselho de Clubes de Criação, lerão  um relatório sobre as decisões do Encontro de Presidentes de Clubes de Criação,  que se realizará este fim de semana em Belo Horizonte. Pedrosa também tentará  dar uma explicação sobre a participação dos mesmos presidentes no polêmico  julgamento dos prêmios Profissionais do Ano 79.
 
 ACVC-RJ
 A Associação dos Contatos de Veículos de  Comunicação do Rio de Janeiro também está convocando todos os contatos de  veículos a se mobilizarem para as eleições da entidade, que se realizará das 14  às 20 horas do dia 22 de abril próximo, no Sindicato de Jornalistas do Rio.
 As chapas concorrentes poderão se apresentar  até o início da votação, no mesmo local. Da mesma forma que no Clube de  Criação, bastará a apresentação de nomes para presidente e vice-presidente,  além de seis nomes do Conselho Fiscal. Cabe a diretoria eleita a nomeação dos  demais cargos.
 Para estas eleições, uma chapa já se apresentou,  indicada pelo Grupo de Trabalho que vem coordenando a ACVC-RJ. A chapa leva o  nome de "Atuante", e se compõe de Adhemar Gonçalves (Rádio 18) para  presidente, Antônio Farnezi (Ed. Abril) para vice-presidente, e Marco Antônio  Sanseverino (Abril), Edson Oliveira (Pereira de Souza), Marco Antônio (TVS),  Márcio (TV Globo), Marcos Arruda (Sima), e Otoni (Visão) para o Conselho  Fiscal.
 
 ABRP-RJ
 Será no próximo dia 31 de março a eleição da  nova diretoria da ABRP - Associação Brasileira de Relações Públicas, seção Rio,  para a gestão 1980-82.
 A nova ABRP-RJ representa os profissionais  vindos das antigas regionai, carioca e fluminense, forçados a se unir após a  fusão conturbada dos dois estados. Sua sede, porém, funcionará na cidade do Rio  de Janeiro.
 Nesta eleição, apenas uma chapa estará  presente, encabeçada por Antomar Martins e Silva, e tendo como vice-presidente  Carlos Silveira Ruas, Jorge Augusto Vidal e Wilson Pinho.
 A votação iniciará às 14 horas. No Rio, a  urna estará na Av. Rio Branco, 120, gr. 1101, e em Niterói na Rua da Conceição,  137, gr. 1001. Também haverá urnas nas delegacias da ABRP em Caxias, Macaé,  Volta Redonda e Campos.
 Entre as metas da futura diretoria,  destaca-se a de intensificar o relacionamento da ABRP com a SECOM, em nível  regional, assim como com os órgãos representativos da imprensa e da  publicidade, como os Sindicatos dos Jornalistas e dos Publicitários, e ABI,  ABP, ABAP etc.
 Brainstorming • Brainstorming • Brainstorming O Prefeito Israel Klabin confirmou à ABP  sua presença no almoço de entrega dos Prêmios Comunicação 79, que se realizara  na próxima terça-feira, no Rio Palace Hotel. Os convites, relembramos, podem  ser reservados e adquiridos através dos seguintes telefones: 223-6244 e  223-8660 (D. Leila), 205-3948 (D. Adelina) e 286-6022 (D. Irene), todos no Rio.  Em São Paulo, através do telefone 255-3111 (D. Maura).• • •
 Não será surpresa para esta coluna se voltar  a circular, com uma nova força, o jornal Luta Democrática.
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 Por um provável erro de Imprensa, saiu na  última Coluna do colega Genilson Gonzaga que a "Almap, Denison, DPZ, MPM,  Norton e Salles/Inter ganharam a concorrência da Embratel", o que gerou  uma série de telefonemas preocupados à Esquire/Oliveira Murgel, agência que tem  a conta da empresa. Na verdade, aquelas agências venceram a concorrência da  Embratur, Empresa Brasileira de Turismo. A Embratel continua firme nas mãos de  Lindoval de Oliveira.
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 O Sindicato de Publicitários de Brasília,  presidido por Fernando Vasconcelos, está em franca atividade, tendo criado sete  novas Comissões de Trabalho para cuidar dos interesses da classe.
 E o Sindicato do Rio, caro presidente Murilo  Coutinho, continua sem contar com a participação dos publicitários cariocas?
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 No próximo dia 30, o Diário Popular, de São  Paulo, estará publicando seu tradicional Caderno de Marketing que, além de uma  extensa matéria sobre as premiações regionais e a premiação nacional do 13º  Prêmio Colunistas, falará sobre o que foi a propaganda nos anos 70 e o que  deverá ser nos 80.
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 Trocas em criação: Carlos Studart, o premiado  diretor de arte da Salles-Rio (lembram-se da campanha de 78 da Fenaseg, e o  Anúncio do Ano Brasil de A a Z, da Sul América?) passou-se para a Denison,  onde fará dupla com Paulo de Tarso, no lugar de Eduardo Corrêa, que foi para a  DPZ fazer dupla com o redator Laurence Klinger. // - Também na Denison está o  diretor de arte mineiro Humberto Borem (ex-Standard-BH), para duplar com Aldir  Nunes. // Marcelo Martinez (ex-Lintas e Artplan, e vencedor do 3º Concurso  Nacional de Cartazes) está agora na SGB.
 (N.R. em 2014: Na edição da semana seguinte, a Janela retificou que o anúncio "Brasil de A a Z", na verdade, é do redator  Bernardo Vilhena e do diretor de arte Delano D'Avila.)
 
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 Já que falamos tanto na Denison, vale dizer  que seu diretor de criação, Antônio Torres, verá seu trabalho literário  "Essa Terra" virar filme, já que o roteiro nele baseado foi aprovado  para financiamento pela Embrafilme.
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 A Cica decidiu criar uma Central de Mídia,  assim como já faz a Souza Cruz. E para gerenciar esta Central, contratou Jairo  Chagas Rocha (exMonark, Swift, White Martins e Promo).
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 Conforme publicamos semana passada, há um  grande anunciante brasileiro (sediado no Rio) procurando dois profissionais de  propaganda com urgência. Um deles (faixa salarial Cr$ 60 mil) precisa ter  vivência em agência de propaganda, e o outro, (faixa de Cr$ 50 mil),  experiência comprovada em mala direta. Os currículos dos interessados devem  chegar a esta coluna lacrados, para que passemos às mãos do anunciante. Até o  fim deste mês o contrato é assinado. Depois, para quem perdeu a chance não  valerá reclamar.
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 Uma boa para o pessoal de criação que volta e  meia edita seus próprios livros e jornais: Damião Moraes, que trabalha com uma  IBM Composer completa está oferecendo condições especiais para publicitários.  Quem quiser, pode ligar para 256-0939, ou procurá-lo à Rua Barata Ribeiro,  396/808.
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 Cinco filmes produzidos pela Jodaf foram  premiados no 13º Prêmio Colunistas: "Genesis", criado pela Almap para  a CNBB, e "Bonecas", criados pela Lintas para a ProMatre-Rio  receberam, respectivamente, as Medalhas de Ouro e Prata de melhores filmes  publicitários de mais de 30 segundos. E os outros três comerciais fizeram parte  da Campanha de Lançamento dos cigarros Advance, criada pela Standard para a  Souza Cruz, e que também recebeu Medalha de Ouro.
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