| 
                                             
                                              .jpg)  
                                               Esta edição da Janela Publicitária foi publicada originalmente no jornal Tribuna da Imprensa. 
O seu conteúdo foi escaneado e transcrito para ficar à disposição de consultas pela internet. 
 
Carta de Farhat a Jardim revela impasse na  regulamentação publicitária. 
As questões referentes à regulamentação da  publicidade brasileira continuam mobilizando os meios governamentais em Brasília,  sem que, aparentemente, se vislumbre uma solução a curto prazo. 
  O impasse é óbvio. Por um Iado, está o  número enorme de projetos de lei tramitando na Câmara Federal e no Senado,  defendendo o consumidor e restringindo a propaganda, e, por outro, o próprio  Código de Auto-Regulamentação elaborado pela classe publicitária, que também se  pretende adquirir força de lei. 
  Há cerca de um mês, o Ministro da Comunicação  Social, Said Farhat, enviou um memorando a Carlos Eduardo Jardim, com o carimbo  de “confidencial" analisando o assunto. Uma cópia deste memorando, no  entanto, chegou às mãos da Janela Publicitária. Por sua importância, reproduzimos  o conteúdo na integra:
 
  
    
  "Para: Carlos Eduardo Jardim 
  Receio que nos encontremos diante de um impasse,  que precisa ser resolvido, antes que o grupo interministerial de estudos possa  prosseguir no exame das questões descritas em seu memo, sobre a regulamentação  da publicidade comercial. 
  Ao governo não interessam os aspectos internos  do processo de comunicação entre as empresas e o público. As relações propriamente  econômicas inerentes a esse processo, enquanto se processem entre empresas,  devem permanecer no âmbito estritamente privado. Do meu ponto de vista pessoal,  sempre achei superfetativa a intervenção reguladora do Estado, através  da Lei nº 4.780 (N. R., provavelmente seja a Lei nº 4680), na parte referente à  remuneração das agências e agenciadores de publicidade. Isso, a meu ver, é para  ser regulado entre clientes, veículos e prestadores de serviços. 
  Ao contrário, porém, o interesse público  capaz de justificar a interferência do Estado no processo, é o de assegurar a  veracidade e a correção das informações dadas aos consumidores. Questões de  metrologia, qualidade e padrões, em geral, cabem na função do Estado, como  agente da sociedade. 
  Parece, entretanto, que as proposições tendem  a inverter os papéis Se de um lado admite-se a legitimidade da intervenção do  governo em regular relações essencialmente privadas -- entre empresas -- parece  que as agências refugam a regulamentação, pelo Estado, das relações entre as  empresas e os consumidores. 
  A preliminar, portanto, parece ser a  seguinte: 
  - se tiver de haver proteção (ou defesa) do  consumidor, quanto à veracidade das alegações de qualidade ou propriedade dos  produtos anunciados, esta só pode fazer-se de uma de duas maneiras: 
  (i) por meios privados (Código ou Ética),  aplicados por entidade privada (CONAR); ou 
  (ii) por meios públicos (Lei), aplicados por  entidade igualmente pública (Conselho, ou o que for). 
  Enquanto essa preliminar não se resolver,  penso que o GT estará andando em círculos. 
  Peço discutir este assunto no âmbito do MIC e  MiniCom. 
  Cordialmente, Said Farhat.".
     | 
   
   
 As preocupações de Said Farhat são, sem  dúvida, justas. Definir o "a quem cabe o quê" deve ser o primeiro  passo para o andamento dos estudos. 
  A visão pessoal de Farhat quanto ao livre  arbítrio nas relações financeiras entre clientes, veículos e prestadores de  serviços também tem sua coerência, e a prática defendida pelo Ministro já se mostrou  eficaz em vários países. 
  No Brasil, entretanto, a nosso ver, a  situação se modifica, por ser esta uma nação ainda "em vias do  desenvolvimento". A própria situação econômico-social do país, a própria  estrutura do nosso capitalismo, leva a que também a propaganda tenha que  desenvolver e defender um "modelo brasileiro" de atuação. Fossem  maiores e mais estabilizadas as chances do empresariado nacional  (principalmente em nível do pequeno e médio) os riscos de pressões econômicas  geradas pelo livre arbítrio das negociações não existiriam, ou, pelo menos,  seriam bastante atenuados. 
  A inferência do Estado no processo, portanto,  vem tendo a função primordial de, padronizando o lado econômico-financeiro,  possibilitar que o desenvolvimento das agências brasileiras se faça, na medida  do possível, através de seu lado técnico-profissional. 
  Não compreendemos, no entanto, o ministro se  espantar com o fato das agências requisitarem o Estado para regular um  relacionamento e o rejeitarem para outro. Nos parece ser perfeitamente natural  que, determinados casos, o meio publicitário sinta-se maduro o suficiente para  resolvê-los sem o auxílio governamental, ainda que sujeitando-se aos eventuais  erros de autojulgamento. 
  De qualquer maneira, temos certeza que todos  os publicitários jamais deixamos de estar ao dispor do governo para levar os  diversos pontos de vista da classe, e debater, abertamente, os melhores  caminhos para o aperfeiçoamento da atividade. 
  O ministro Said Farhat, como publicitário,  deve saber isto.
Prêmio Comunicação 79 já tem entrega marcada  pela ABP. 
Está confirmado para o próximo dia  25 de  março, às 12:30hs, no Rio Palace Hotel, o almoço oferecido aos homenageados com  o Prêmio Comunicação 79, outorgado pela ABP - Associação Brasileira de Propaganda. 
  Na ocasião, estarão presentes o Ministro Said  Farhat, como Personalidade do Ano, e os Srs. Roberto Marinho, representando O  Globo, Veículo do Ano; Alan Long, representando a Souza Cruz, Anunciante do  Ano; e Luís Macedo, pela MPM, Agência do Ano. 
  Os convites já podem ser reservados e  adquiridos através dos seguintes telefones: 223-6244 e 223-8660 (D. Leila),  205-3948 (D. Adelina) e 286-6022 (D. Irene). 
Grandes oportunidades. 
* Um grande anunciante brasileiro está  procurando 2 profissionais de propaganda, com urgência. Um deles (faixa  salarial Cr$ 60 mil) deverá ter obrigatoriamente vivência em agência de  propaganda. O outro (faixa de Cr$ 50 mil), experiência comprovada em mala direta.  Os profissionais interessados devem enviar seus currículos (se possível até  terça-feira) para esta coluna, que imediatamente os fará chegar às mãos do  anunciante. O sigilo será absoluto. 
  * A Salles-Rio está precisando de uma dupla  de criação do primeiro time. 
  * Uma poderosa empresa de varejo está  interessada em receber proposta de profissionais de talento para a programação  visual e decoração de suas lojas. Os interessados deverão telefonar para estes  colunistas (226-0638 ou 226-0988) para maiores informações. 
  * A Confederação Brasileira de Futebol  CBF  estará recebendo, apenas até 30 de abril, as propostas para cadastramento e  qualificação de agências e profissionais que realizarão a nova programação  visual da Seleção Brasileira. Os interessados deverão se dirigir ao Diretor de  Marketing da CBF, Guilherme A. de Vasconcellos, à Rua do Rosário, 164. 
Criadores de propaganda já planejam 3º  encontro. 
"Propaganda para um país mais  justo". Este é o tema do documento que vai ser discutido na primeira reunião  do Conselho Nacional dos Clubes de Criação, em Belo Horizonte, nos próximos  dias 21 e 22. 
  Nesse documento os Clubes de Criação defendem  a necessidade de justiça social e da ampliação do universo de consumidores, com  a integração dos estratos sociais marginalizados à vida econômica ativa. 
  Não se trata apenas de uma atitude  interessada na ampliação do mercado, do consumo e dos negócios. É uma tomada de  posição diante de problemas como o concentracionismo econômico e o quadro geral  de miséria, violência, marginalidade, desemprego, delinquência, fome,  mortalidade infantil, salários vis, carência de escolas e hospitais e diante  dos fatores políticos que presidem esses desequilíbrios sociais. 
  O documento reivindica "mais pratos e  mais justiça na mesa deste país". E, além de discuti-lo, o CNCC  que é  constituído por todos os Clubes de Criação do país - vai cumprir a seguinte  pauta de trabalhos. 
  Primeiro: vai discutir e aprovar os seus  Estatutos, cujo anteprojeto foi previamente estudado por cada Clube de  Criação. 
  Segundo: vai examinar e estudar os problemas  dos Clubes de Criação em suas respectivas regiões. 
  E terceiro: vai começar a preparar o 3º  Encontro Nacional de Criação Publicitária, previsto para o segundo semestre  deste ano, em Belo Horizonte. 
  A reunião está sendo organizada com a  colaboração do Clube de Criação de Minas. E no dia 21, sexta-feira, à noite,  haverá um debate público com a participação dos publicitários mineiros. 
  
O que faz um comprador ler um anúncio? 
A revista Advertising World publicou  recentemente uma pesquisa sobre os elementos em uma peça publicitária impressa  que mais influenciam o leitor. A pesquisa foi realizada com 1 mil leitores com  poder de decisão de compra na área industrial, sendo grande parte deles  compradores internacionais. 
   
Quais os elementos do anúncio que os  compradores consideram gerar maior influência na decisão de compra?
 
  
    |   | 
    Total  | 
    Muito 
      importante  | 
    Importante  | 
   
  
    | Informações sobre o desempenho do produto | 
    96%  | 
    56%  | 
    40%  | 
   
  
    | Como o produto ajuda o comprador em seu    trabalho | 
    88%  | 
    48%  | 
    40%  | 
   
  
    | Nome e endereço com completo do fabricante | 
    85%  | 
    37%  | 
    48%  | 
   
  
    | Preço médio do produto ou serviço | 
    78%  | 
    34%  | 
    44%  | 
   
  
    | Especificações técnicas | 
    89%  | 
    21%  | 
    48%  | 
   
  
    | Informações sobre peças e serviços | 
    62%  | 
    33%  | 
    29%  | 
   
  
    | Informações sobre história ou reputação do    fabricante | 
    16%  | 
    4%  | 
    12%  | 
   
 
 
Que elementos fazem com que o comprador leia  o anúncio? Ou seja, que elementos atraem a atenção do comprador para que ele  leia o anúncio mais atentamente?
  
    |   | 
    Total  | 
    Muito 
      importante  | 
    Importante  | 
   
  
    | Ilustrações do problema do trabalho  | 
    92%  | 
    63%  | 
    29%  | 
   
  
    | Foto do produto | 
    92%  | 
    44%  | 
    48%  | 
   
  
    | Oferta de catálogo grátis | 
    67%  | 
    29%  | 
    38%  | 
   
  
    | Ilustração inusitada ou diferente | 
    61%  | 
    21%  | 
    40%  | 
   
  
    | Uso de cor | 
    52%  | 
    21%  | 
    31%  | 
   
  
    | Título Criativo | 
    50%  | 
    4%  | 
    46%  | 
   
  
    | Tipologia forte no título | 
    48%  | 
    17%  | 
    31%  | 
   
 
 
Quais são as peças publicitárias mais levadas  em conta pelos compradores?
  
    |   | 
    Muito 
frequente  | 
    Frequente  | 
    Pouco  | 
    Nunca  | 
   
  
    | Anúncios em revistas especializadas | 
    60% | 
    31% | 
    12% | 
    0% | 
   
  
    | Displays em feiras e exposições | 
    13% | 
    31% | 
    38% | 
    8% | 
   
  
    | Mala Direta | 
    15% | 
    23% | 
    44% | 
    3% | 
   
 
Brainstorming • Brainstorming • Brainstorming 
Na concorrência do IBGE, para o Censo de 80,  foram qualificadas, na fase jurídica, a Almap, CBBA, Denison, DPZ, Salles,  Norton e Jotaé-Kastrup. A comissão foi extremamente rigorosa na avaliação dos  documentos apresentados e desqualificou a Assessor, MPM, Caio, SGB e Santos  & Santos. Estas agências, porém, entraram com recursos que, dependendo  julgamento, poderão colocá-las de volta ao páreo. 
  • • • 
  Salles, MPM, Norton e Artplan foram  convidadas pelo Cardeal D. Eugênio Sales para realizar o trabalho de  Comunicação da preparação da visita do Papa João Paulo II ao Brasil. 
  • • • 
  Mauro Salles está assumindo a editoria do  programa "Encontro com a imprensa", na TV Bandeirantes, sem prejuízo  para suas outras atividade. 
  • • • 
  Mauro Ivan Pereira de Mello é o novo diretor  editorial de Meio & Mensagem, já que Nélson Blecher passou-se para a  revista Briefing. 
  • • • 
  O Clube de Criação do Rio de Janeiro  realizará no próximo dia 25 de março suas eleições. A inscrição de chapas está  aberta no CCRJ até o dia 20. 
  • • • 
  A TV Tapajós, canal 4, de Santarém, que  transmite programas da Rede Globo, entregou sua representação comercial à Sima. 
  • • • 
  Mário Nascimento desligou-se do atendimento  da Artplan. 
  • • • 
  O CBPE e a Almap começam a veicular, em  abril, uma série de desenhos animados de 10 seg., com os personagens criados  pelo cartunista Jaguar, e animados por Walbecy Camargo. 
  • • • 
  Paboukir Confecções, Designer Jeans, Laufer  Artefatos de couro, Petit Point, e P. T. Calçados são os novos clientes da  Hydra, que também está ampliando seu quadro funcional. 
  • • • 
  O número de abril da revista Petro &  Química fará levantamento do Rio Grande do Sul, com o III Polo Petroquímico, as  Indústrias Carboníferas, além de materiais sobre construção do Sistema de apoio  às atividade de off-shore no Nordeste. Os contatos devem ser feito com Evaldo  Patrocínio. 
  • • • 
 
  
      | 
   
  
    | Anúncio veiculado na edição impressa. | 
   
 
  O Iarpex e o Instituto Bennett abriram  inscrições para o Curso de Comércio Exterior que se iniciará ainda este mês. 
  • • • 
Complementando a noticia publicada na coluna  passada, a J.W. Thompson brasileira foi automaticamente Incorporada à holding  J.W.T. Group Inc. com possibilidade de se tornar co-irmã de outras agências  brasileiras que venham a ser compradas pelo grupo. 
  • • • 
  A. GFM/Propeg recebeu, nesta última  quarta-feira em São Paulo, das mãos do ministro Said Farhat, o Prêmio Jeca  Tatu, instituído altruisticamente pela CBBA. A peça vencedora, como já se  divulgou, foi "Bandinha", criada por Haroldo Cardoso e Arthur de  Negri, que também estiveram presentes à cerimônia. Aliás, o redator Haroldo  Cardoso é um dos profissionais mais brilhantes de criação que conhecemos. Todos  os trabalhos da Propeg vencedores do Jeca Tatu, e a maioria dos do Prêmio  Colunistas teve sua participação: 
  • • • 
  Pierre Rousselet e Laerth Pedrosa saíram da  Standard-SP e foram para a SGB daquela cidade. A Standard, por sua vez,  contratou Aurélio Julianelli, que foi da Cavalcanti, Julianelli, Pimentel. 
  • • • 
  A conta dos relógios Cartier foi entregue à  Gang.
                                               
                                              |