Esta edição da Janela Publicitária foi publicada originalmente no jornal Tribuna da Imprensa.
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A Pepsico está entrando no Brasil na "guerra do limão", lançando seu refrigerante Teem, naquele sabor. O produto já está sendo distribuído, contando com campanha publicitária, nos mercados de Vitória e Fortaleza, e até 1980 deverá ter coberto todo o Brasil, excetuando-se Rio e São Paulo.
Segundo Roberto Bica, diretor de Marketing da Pepsico, Teem vem alcançando um resultado surpreendente nos mercados testados, tendo conseguido, através de testes cegos de sabor, aceitação superior aos concorrentes. Na campanha de lançamento, está sendo utilizado o mesmo tema internacional do Teem - "para a pior sede" ­ e o filme, produzido no Brasil, mostra um caubói chegando do deserto em um saloon e pedindo um saco de batatas fritas, para aumentar sua sede e depois beber o refrigerante.
A decisão de não colocar, a médio prazo, o produto nos mercados de Rio e São Paulo se insere no planejamento da PepsiCo para todos seus refrigerantes. Nos próximos dois anos, diz Roberto Bica, a empresa se dedicaria a incrementar a venda de Pepsi, Mirinda e Teem em todo o País, deixando para Rio e São Paulo o trabalho de ampliação de sua sede de distribuição nestas praças.

Propaganda terá novo sistema para classificar o consumidor

A ABA - Associação Brasileira de Anunciantes e a ABIPEME - Associação Brasileira dos Institutos de Pesquisa de Mercado aprovaram a adoção de um novo critério de classificação sócio-econômica em virtude das alterações sócio-econômicas ocorridas nestes últimos anos no Brasil.
Aplicável às pesquisas de mercado e de opinião pública de todo o país, o novo critério ABA - ABIPEME divide a população em cinco classes: A, B, C, D e E. Durante algum tempo, as entidades ainda utilizarão o sistema anterior junto com o novo para que não se perca o histórico das pesquisas e dados coletados até hoje.
O significado da escala, em termos econômicos, é a medida de capacidade de compra de um individuo. Este objetivo é conseguido através de uma contagem de pontos em relação aos bens de conforto familiar e nível de instrução, ao invés de níveis de renda. A renda não será utilizada como informação devido às distorções que têm sido demonstradas: as classes socialmente mais elevadas informam ganhos inferiores ao real, por problemas junto ao imposto de renda, e as classes mais baixas inflacionam sua renda, provável ente por status e para ampliar suas condições de crédito. O novo critério, segundo as entidades refletirá melhor o que acontece no mercado, por ser mais dinâmico.

Brainstorming • Brainstorming • Brainstorming

• Parece que o ânimo do mercado começa a melhorar, como se esperava, com o desenrolar do segundo semestre. Pelo menos, começam a aparecer os indícios de novos negócios. Vejam só:
• Complementando a notícia de semana passada, que a McCann teria ficado com a parte de novos produtos da Helena Rubinstein, podemos informar que a Denison é que ficará com todo o restante da conta.
• A Auso Eletrônica, empresa italiana de telecomunicações, do Grupo Stet, está agora com a Oliveira, Murgel.
• A Celanese Fibers International Co., através da Celanese do Brasil, formalizou a entrega de sua conta à SSC&B: Lintas.
• A Estrutural informa que seus novos clientes são os Relógios Jean Vernier e a Cindam, "a maior lapidação de pedras preciosas da América Latina".
• A Garden já está veiculando o comercial de seu novo cliente Bromil: o xarope contra a tosse.
• A JMM pegou a conta da Oleama - Oleaginosas Maranhenses SA, fabricante do Sabão Real, aqui do Rio.
• E a cigana andou vendo nas cartas que uma grande empresa multinacional está para confirmar a mudança de sua conta de uma agência "multi" para uma brasileira. Hay que pensar, gitana, pensar...
• O IV Congresso Brasileiro de Propaganda talvez não seja mais realizado em abril, na Bahia. As entidades promotoras - ABAP. ABA e AP's Brasil ­ estão estudando sua transferência para agosto de 1980, mas ainda em Salvador.
• A Rádio Cidade é a primeira emissora FM do Rio a ter sua propaganda publicitária controlada. O trabalho é feito pela Informa Som.
• A Ibéria inaugura suas novas instalações no Rio com um coquetel no próximo dia 28, com a presença de Enrique de Guzman y Ozanliz, presidente da empresa espanhola.
• Alberto Moskowicz assumiu a Gerência Administrativo-Financeira da Propaganda Estrutural, e o capital social da agência foi elevado de 50 mil para 5 milhões de cruzeiros.
• O I Cibam - Congresso de Publicidade das Nações Íbero­Americanas indicou Oswaldo de Almeida Filho para Coordenador Geral de suas comissões, Armando Ferrentini será o coordenador de "Aspectos Éticos da Publicidade na Comunidade Latino Americana", Nemércio Nogueira de "O desenvolvimento técnico-profissional", Otto Scherb de "Ensino da Publicidade", Renato Castelo Branco de "O Papel da publicidade no processo econômico", a "Publicidade no contexto cultural Íbero-Americano" fica com Ricardo Ramos, e Isacyl Guimarães com "A Publicidade e os meios de Comunicação".
• A SIMA passou a representar o Jornal Indústria e Comércio, de Curitiba.
• Mário Murta (ex-Toni, Murta & Toni, ex-Murta Publicidade e ex-Gang) transfere-se da Propeg-Bahia para a Propeg-SP, deixando em seu lugar Gilvanci Gueiros, ex-Pereira de Souza.
• O Conselho Regional de Relações Públicas avisa que quem está em débito com suas anuidades terá seu registro cassado, sendo impedido de exercer a atividade. Sem anistia.
• O Clube de Criação do Rio pede aos profissionais e às agências que se credenciem para participar do II Encontro de Criação Publicitária. Quem não se credenciar até segunda-feira, dia 20, está correndo o risco de não poder participar daquele Encontro. Portanto, andem logo, senhores criativos, o Encontro começa no dia 23.
• Será que eu aprendi inglês errado? No filme da Artplan para o Natu Nobilis, aquele do Bjorn Borg, o tenista diz: "Actually I don't drink very much", e o letreiro da tradução afirma "Atualmente eu não bebo muito". Eu sempre pensei que - ao contrário do que parece - "actually" quisesse dizer "na verdade", enquanto "atualmente", em inglês, seria "Nowadays".
• José Cláudio Maluf, de São Paulo, nos chama a atenção para um depoimento de Petrônio Corrêa, presidente da ABAP, publicado na Gazeta Mercantil, de 14/8, afirmando que "não é a proibição de um anúncio que vai limitar o consumo". Ora, se Petrônio está certo, e a existência ou não de anúncios não afeta o consumo, então para que existir propaganda? Devem ter interpretação mal as palavras do representante das agências de propaganda brasileira.
• Já está composto o júri do Concurso de Out-door: pela ABA, estará presente Luís Furquim; pela AP's Brasil, Luís Celso Piratininga: pela ADVB, Armando Ferrentini e Miguel Ignatios: pela Central de Out­door, Carlos Nanô; pela ESPM, José W. Penteado, pelo CCRJ. Carlos Pedrosa; pelo CCSP, Ercílio Tranjan; pelo grupo Mídia-Rio, Carlos Azevedo; pelo GM-SP; Vandir Seita; pelo grupo de atendimento, Renato Ferracini e pelos colunistas, José Cláudio Maluf.
• As revistas brasileiras continuam se aprimorando nas peças promocionais de suas edições. Achamos muito bem bolada a peça da edição de dez anos da revista Desfile, da Bloch, em que 41 diretores e gerentes de anunciantes e agências que já veicularam em Desfile dão depoimentos sobre a publicação, com a reprodução de seus respectivos anúncios. Aliás, falando em Desfile, a revista passará a novo formato: 31,5 x 24 cm.
• Quem reclama de plágios no Brasil, console-se: a revista Campaign, de Londres, mostra em seu número de 20/7 três anúncios da Iran Air, AP e British Airways, sobre o Boeing 747 SP, em que o mesmo ilustrador foi usado, resultando numa incrível parescência.
• Os pesquisadores americanos chegaram à conclusão de que nos EUA o povo acredita mais naquilo que lê nos jornais do que no que vê pela televisão. Metade dos que têm nível universitário confia amplamente nos jornais, enquanto apenas 30% confiam na televisão. E 57% dos jovens entre 18 e 29 anos preferem os jornais, ao passo que só 38% preferem a tevê.
• Correspondência para a Janela Publicitária, na Tribuna e Janela do Rio, no Diário Popular de São Paulo: Rua Barão de Itambi, 7/605 - Cep 22231 - Rio-RJ. Nossos telefones: 226-0638 e 286-4876.