Janela Publicitária    
 
  Publicada desde 15/07/1977.
Na Web desde 12/07/1996.
 

Janela Publicitária - Edição de 29/DEZ/1978
Marcia Brito & Marcio Ehrlich

 

Janela Publicitária
Esta edição da Janela Publicitária foi publicada originalmente no jornal Tribuna da Imprensa.
O seu conteúdo foi escaneado e transcrito para ficar à disposição de consultas pela internet.

Este ano foi de 78. Mas até parece que tocou em 33.

N.R.(2014): Para localizar historicamente nossos leitores, 1978 foi o último ano do Gen.Ernesto Geisel na presidência, com o colégio eleitoral, em votação indireta, escolhendo o Gen.João Baptista Figueiredo para tomar posse em março de 1979.
Em junho de 1978 aconteceu a Copa do Mundo na Argentina, com o Brasil ficando em 3º lugar.

Se houve um ano contraditório para as opiniões dos empresários da propaganda, este ano foi o de 1978. Se há para quem 78 foi um ano excelente, na opinião de muitos ele não foi nada fácil. Tanto que já surgiu a piada de que a principal razão de 79 ser o ano da criança e que em 78 foi f ...
Como amostragem das opiniões dos empresários cariocas de propaganda, a Janela ouviu oito deles, de grandes e médias agências, nacionais e regionais:

Paulo Roberto Lavrille, vice-presidente da Salles e presidente da Associação Brasileira de Propaganda:

"Eu vi 78 como um ano difícil, em que anunciantes, veículos e agências trabalharam com bastante cuidado, mas com um resultado final positivo. Não houve um acontecimento que tivesse abalado demais o nosso universo, pela própria cautela com que todos se comportaram. Acredito que houve um aumento de investimentos em propaganda, mas em função de planejamento muito cuidadosos. Não houve aventuras, este ano, no setor. Em relação a 79, acredito que ele será igualmente difícil, mas que as agências, anunciantes e veículos, com a experiência adquirida em 78, vão suportar as dificuldades e melhorar o rendimento. Eu percebo é que a profissionalização está cada vez mais sendo exigida no nosso setor, e as empresas estão mais conscientizadas de que é necessário planejar seu comportamento para o ano. Talvez na área das agências podem acontecer acordos de uma ou outra empresa que não estejam em condições de suportar 79 e procurem outras saídas. E na área dos veículos, os cuidados serão maiores quanto a reajustes de preço, se não eles poderão causar uma diminuição dos investimentos que neles fazem os anunciantes. Será um ano duro, bastante disputado, mas sobreviveremos".

Celso Japiassu, diretor da Denison:

"O ano de 78, para nós, foi muito bom. Tanto que no 2º Semestre nossa previsão foi até refeita. Fechamos bem acima do que estávamos prevendo. E eu não creio que o setor "Propaganda" tenha tido um mau resultado esse ano. Uma coisa, porém, é preciso ser lembrada. A tendência de concentração continuou. As grandes agências tiveram uma performance muito superior às médias e pequenas. Quanto a 79, não sei. Não se sabe quem será o Ministro da Fazenda. Não se sabe qual será o plano econômico do novo governo. A propaganda depende muito de como vai a economia. Até agora, bem ou mal, se sabiam as tendências. É claro que se imagina que a situação deva se manter, mas uma ou outra declaração aí deixa a gente com dúvida. Mas temos que ficar com dúvidas: a classe média alta já está muito endividada. E ai se entra novamente naquele problema da desconcentração de renda. Eu, pessoalmente, acho que esse modelo de concentração já deu o que tinha que dar. Já está ficando tarde para começar a repartir o bolo".

Sani Sirotski, presidente da SGB:

A atividade de marketing, e todas as suas especializações, num país em desenvolvimento, como o Brasil, sempre estará bem, e suas perspectivas sempre serão boas. O ano que passou de um modo geral foi bom. Mesmo para nós, que perdemos uma conta importante (CBPE), mas já estamos adaptados a esta perda, sem maiores atropelos. É claro que houve anos melhores para a propaganda brasileira, como o grande ano de 1973, e os outros também. Mas principalmente neste ano que entra, com um novo governo e as perspectivas de um fortalecimento do mercado Interno, tudo deverá correr melhor.

Carlos Alberto Gonçalves, presidente da Premium Propaganda:

"Acho que o desempenho das agências em 78 pode ser considerado bom, já que muitas informam até ter ultrapassado suas estimativas iniciais. O primeiro semestre, para a propaganda, na minha opinião, esteve indeciso e indefinido, o que é sazonal neste setor, mas o segundo trimestre teve o campeonato mundial de futebol como um grande "leit-motif" para os anunciantes. Depois, me parece que, com a propaganda eleitoral gratuita ocupando os espaços nobres das TVs, o terceiro trimestre esfriou para se recuperar compensatoriamente neste último. Quanto a 79, acho que ninguém pode partir de uma atitude pessimista para realizar seu objetivo, assim como não se pode partir de um otimismo irrealista. Mas encaro 1979 com muito entusiasmo. O país está mudando, e para uma abertura política corresponde necessariamente uma abertura econômica. A iniciativa privada está olhando o novo governo como um novo regime, consolidando e ampliando muitas metas conquistadas pelo governo atual. Na democracia há prevalência da iniciativa privada, e isto significa competição, concorrência e luta sadia pelos mercados interno e externo. E nada disso se faz sem uma boa estratégia de marketing e um bom planejamento de comunicação, o que só traz vantagens para a publicidade. No caso específico carioca, inúmeras indústrias estão planejando se implantar no Grande Rio e no restante do Estado. A médio prazo, isto abre perspectivas bem otimistas para o mercado publicitário carioca".

Maurice Cohen, Diretor da Standard, Ogilvy & Mather:

"Achei 78 um dos anos mais difíceis dos que tenho visto há muito tempo. O primeiro semestre não seguiu os padrões habituais, e foi muito baixo. No segundo, tivemos que recuperar o primeiro, e garantir ele próprio, o que foi uma batalha. Alcançamos finalmente nossos números, e até superamos nossa previsão, mas de uma maneira muito sofrida. Por isso, estou vendo 79 com muita cautela, aproveitando o que aprendi em 78. Estamos num plano de expansão já aprovado, mas que iremos desenvolver devagar, ainda que estas aplicações estejam baseadas em previsões de faturamento bastante sóbrias. O que vemos de bom em 79 é que o Rio está cada vez mais se consolidando. Agora, estamos deixando de ser caudatários de São Paulo, para viver uma realidade própria".

Jomar Pereira da Silva, presidente da CBBA:

"Para nós, esse foi o ano de implantação no Rio. Nossas previsões de negócios foram confirmadas, tanto que conquistamos dez clientes, de maio até hoje. Mas me parece, de um modo geral, que muitas agências não tenham alcançado suas previsões de faturamento. Isso não é uma coisa habitual. Achei 78 um ano difícil, porque normalmente as agências principais conseguem grandes crescimentos durante o ano, acima mesmo de suas previsões. Em 78, elas cresceram, mas com uma percentagem menor do que habitualmente. Esse, porém, foi um ano de expectativa, pela mudança de governo, e é natural que os empresários ficassem mais cautelosos nas aprovações de suas verbas. Já em 79, para a CBBA, as perspectivas são excelentes, tanto no Rio quanto em São Paulo. Aqui deveremos faturar em torno de 100 milhões de cruzeiros, São Paulo estimamos em 500 milhões. Para o mercado também acho que o ano será bom, já que passará de indefinições para definições, principalmente na linha política. “Por outro lado há a possibilidade de incerteza na área econômica, principalmente em função do aumento do petróleo, o que pode interferir com os negócios".

Franco Paulino, presidente da Franco Paulino, Moraes:

"78 não foi um ano fácil, apesar de termos conseguido atingir a previsão mínima da agência. Já 79, para nós, vem com perspectivas excelentes, Neste final de ano, começamos, pela primeira vez, a sair agressivamente para a solicitação. E conseguimos resultados. Há uma parcela muito grande de anunciantes que precisam investir em propaganda para sobreviver, como o varejo. O que falta é conquistar todos esses anunciantes. Se em 79 as agências partirem para cima deles, a situação total do mercado pode melhorar muito".

Nei Coutinho, diretor da Norton:

"Nossa agência se comportou maravilhosamente bem, e até superou seus objetivos em 78. O mercado carioca correspondeu inteiramente às nossas expectativas. Foi um ano excelente para a Norton-Brasil, e melhor para o Rio, já que reconquistamos um lugar ao sol de imagem e de faturamento. Sobre 79, sabemos que há uma grande expectativa no mercado, mas é uma expectativa positiva, e não de dúvidas quanto a possibilidades negativas. É importante que todos nós, que somos profissionais da prosperidade e do otimismo, estejamos dizendo isso. Se você transmite positivismo, você começa a dar aos negativistas alguma esperança.”

O fator que mais contribuiu para evidenciar a importância do mercado publicitário neste ano de 1978 foi sem dúvida, a divulgação da atual conscientização dos empresários e profissionais do setor.
Não pretendemos puxar a brasa para a nossa sardinha, nem tão pouco dispomos de espaço para levantarmos aqui, e agora, um retrospecto dos acontecimentos principais do ano. Mas, justiça seja feita, nunca a propaganda deveu tanto aos jornalistas e publicações especializadas que, neste ano, se abriram para que essa conscientização pudesse romper a casca do ovo onde adormecia e fosse piar nos ouvidos dos ministros, empresários, consumidores, todos eles leitores e completamente leigos aos problemas e a realidade da classe destes nossos homens - para, eles meros fazedores de anúncios.
Foram os jornalistas e as publicações especializadas que levaram àqueles leitores as posições políticas e ideológicas do 1º Encontro Nacional de Criação Publicitária, do 3º Congresso Brasileiro de Propaganda, das eleições da ABAP, da ABA, da criação do CONAR e de tantos outros acontecimentos que marcaram definitivamente a seriedade do negócio da propaganda.
Infelizmente, ainda há quem negue a importância do jornalismo especializado. Mas não é para essa gente que um Fernando Reis edita a excelente revista Meio e Mensagem e o Anuário de Propaganda (que completou 10 anos neste ano), nem é para quem não entende um trabalho jornalístico profissional que um Armando Ferrentini faz o caderno Asteriscos, no Diário Popular de São Paulo, e edita as revistas Propaganda e Marketing. E também não é para essa classe de publicitários que o Luiz Carlos Teixeira de Freitas está fazendo sua revista Briefing, nem o Diário do Comércio e Indústria de SP, O Globo, a Gazeta Mercantil, o Jornal dos Sports e a TRIBUNA DA IMPRENSA mantêm suas matérias e colunas especializadas.
Todos nós, colunistas, jornalistas e editores de assuntos publicitários continuaremos fazendo tudo isso, simplesmente porque gostamos da propaganda e antes de tudo, acreditamos nos seus verdadeiros profissionais. E é por você e para você que leu até aqui este nosso desabafo de final de ano, que fazemos a JANELA PUBLICITÁRIA. O resto, ora, o resto é o resto.

Seleção da Janela

Finalmente, algumas semanas proveitosas para os anúncios de jornais. E dos 5 anúncios selecionados, 4 falavam de Natal, o que comprova como esse veículo valoriza anúncios de oportunidade.
O júri desta Seleção da Janela foi composto de Ronaldo Conde (redator - Lintas), Luís Santana (diretor de arte - McCann) e Adélio Neves (atendimento - Publinews), além dos colunistas. E analisou as semanas de 11 a 17 e 18 a 24 de dezembro.

Na primeira semana, foi destacada com 3 estrelas a campanha "Ano I da Criança Brasileira", - da Rede Globo (da qual retiramos o anúncio de Acari como representante). A campanha teve como redatores Roberto Wrencher e José Guilherme Vereza, e diretor de arte Ronald Galvão Lins, sendo aprovada por Nélson Gomes e J. C. Magaldi.
Com uma estrela foi selecionado "Agências, anunciantes e veículos", da Lintas, aproveitando a recente pesquisa da CBBA sobre o mercado carioca para faturar um oportuno anúncio de sua própria agência.

Rede Globo para o Ano I da Criança Brasileira: Acari


SSC&B:Lintas: Agências, anunciantes e veículos estão começando a se entender."

Na segunda semana, de 18/12 a 24/12, "Deus lhe pague", da Thompson para o Exército da Salvação, recebeu três estrelas. Esta peça teve Nicola Raggio na redação, Márcia Batista na direção de arte, José Francisco Queirós no atendimento, e foi aprovada pelo Capitão Monteiro, do Exército da Salvação.

Duas estrelas couberam ao anúncio da Denison para o Fundo Comunitário "Eu pensei que todo mundo fosse filho de Papai Noel", criada pelo redator Paulo de Tarso e pelo diretor de arte Eduardo Corrêa.

Também foi selecionada nesta semana a peça ''Vamos tratar com muito amor...", realizada pela Premium para o Hospital Adventista Silvestre. Este trabalho teve Toni Lourenço como redator, Antônio Pacot como diretor de arte, Luís Carlos Laureano no atendimento e foi aprovada por Rui N. NaceI, do Hospital Silvestre.
Como todos sabem, com os jornais de domingo encerram-se o ano e a Seleção da Janela de 1978. Portanto, na próxima Janela, de 5 de janeiro, publicaremos os resultados definitivos da Seleção com os três primeiros lugares nas categorias de agência, Anunciante, Redator e Diretor de Arte. Não percam.

Premium para Hospital Adventista Silvestre: "Vamos tratar com muito amor as pessoas que gostariam de não passar o natal conosco". J.Walter Thompson para Exército da Salvação: "Deus lhe pague"
Denison para Fundo Comunitário: "Eu pensei que todo mundo fosse filho de Papai Noel"

 

E os cartões, continuam criativos?

Semana passada começamos a publicar como estava se comportando o mercado brasileiro perante os brindes e cartões de festas de final de ano. Como pretendíamos continuar, e a repercussão da matéria foi multo boa, seguimos com o levantamento.
A produção de cartões criativos em formato e mensagem realmente tem estado excelente. Uma das boas peças é a de Franco Paulino, que reproduz em tamanho 31 x 15 cm a recém-lançada nota de mil, um "produto de primeiríssima necessidade", desejando que "os canais de distribuição não falhem e ele possa ser consumido por todos em 1979". Outra boa ideia é da JVS, em seu cartão, quando reproduz um casaco de Papai Noel e diz "Em 79 faça diferente dele. Não vista a camisa só no fim do ano. Felicidade é coisa pro ano inteiro". Também para seu cliente Fabrimar, a JVS preparou a mensagem de ano novo - uma foto de reticula estourada com o texto “A omissão nada forja. Não espere um bom 79. Faça-o".
Usando o bom humor, a SGB reproduziu uma recente foto do Papa gritando com as mãos na boca, e foi simples em seu texto: "Paz. Nem que seja no grito". Muito simpático também é o cartão da Publitec: de um corte (de faca) de uma foto 26 x 30 em de uma cartola se puxa um coelho em que vem presa uma fração de um bilhete da Loteria Federal que corre dia 3 de janeiro. No texto: ''Para que 1979 seja um ano mágico para você, apresentamos o primeiro número. E já estamos torcendo por ele". A Lidervídeo, empresa de audio-visuais em VT, foi corrente com sua realidade e propôs que "se tudo correu bem, desejamos um vídeo-tape. Se algo não deu certo, vamos apagar e editar outra vez".
Cristo não foi esquecido. A Portal, de Campinas, lembrou que "Quem nasceu duas vezes pode nascer a terceira. É a nossa esperança". Enquanto isso, a Publinews reproduziu uma arte com a silhueta vazada de Cristo na cruz, com a mensagem "a Sua campanha não merecia esta arte final". Já a ABDO e Associados, de São Paulo, preferiu um poster reproduzindo apenas a coroa de espinhos, com a pergunta: "E as rosas?".
O cartão da Caio, em 48 x 25 cm, teve uma digna produção publicitária. Duas fotos: a da esquerda uma família vestida pobremente e ambientada num barracão de favela como de classe D; a da direita, a mesma família já na classe C, melhor vestida, e na frente de uma casinha tipo "de subúrbio". A mensagem: "Fizemos em 5 brasileiros a mudança que gostaríamos de ver em mais de 30 milhões. Que em 79 esta ideia de mudança consiga empolgar o Brasil inteiro". O cartão não diz se a mudança foi real ou apenas para sua produção.
A criatividade em brindes também continua firme. A Garden, aproveitando seu nome, enviou a mensagem "Haja flores, lindas flores, em seu Ano Novo. Haja a paz que se constrói no futuro a cada dia" acompanhando um kit para hidro­cultura (vaso sem terra) de plantas. A jardinagem também foi a tônica do brinde da SIMA, aproveitando-se de que "Verde é a cor do nosso símbolo": dentro de uma caixinha, mandaram em envelopes com sementes de flores e um kit de mini­ferramentas de jardinagem.
A CBBA e a SELL seguiram a linha do pitoresco. A Castelo Branco-Rio preparou um saquinho plástico contendo areia de Ipanema "recolhida em frente à Rua Montenegro", como "Lembrança do primeiro Verão da CBBA-Rio". Já a SELL enviou um lindo colar indígena da tribo Bororó, de Mato Grosso, acompanhada de um poster com a foto de uma criança índia, e com a mensagem "A Criança-índio ao índio-criança ao velho-índio-criança nossas esperanças de que 1979 seja um ano tão lindo como a fantasia das suas lendas e a sabedoria das suas mãos”.
Cultura não podia faltar. E enquanto a MPM fez seu tradicional livro, desta vez "Entardecer", de Menotti del Picchia, numa bela edição especial, a Thompson está enviando um luxuoso álbum com "A morte de Quincas Berro D'Agua", de Jorge Amado, acompanhado de 2 serigrafias numeradas e assinadas por Caribé (ilustrador do álbum).

Grupo de Mídia paulista tem um novo programa. 

O Grupo de Mídia de São Paulo aprovou um programa de ação para o próximo ano, com várias propostas muito interessantes, e que torcemos que consigam ser efetivadas. Aí estão algumas das mais importantes:
- Levantamento do índice de afastamento de audiência nos intervalos comerciais.
- Desenvolver esforço no sentido de ampliar a filiação dos principais jornais do país ao IVC.
- Sugerir ao IVC a auditoria de jornais com distribuição gratuita.
- Levantamento e cadastramento das agências de São Paulo, assim como de seus profissionais de mídia.
- Padronização de classificação das categorias de salas de exibição de cinema, junto às empresas comercializadoras do sistema.
- Desenvolver sistema que permita o recebimento com antecedência necessária das informações sobre a programação dos cinemas.
- Melhoria geral e constante dos serviços prestados pelas exibidoras de outdoors.
- Estimular o sério desenvolvimento de pesquisas sobre o outdoor.
- Sugerir às editoras de revistas o fornecimento regular de pesquisas de recall.
- Recomendar o programa padrão de mídia.
Como se vê, o Grupo de Mídia de São Paulo, assim como o Rio, não pára. Não é difícil de entender o porquê dos mídias estarem cada vez mais poderosos nas agências, e na propaganda.

Cartas.

De José Monserrat, Diretor De Criação Da Caio:
Prezados Márcia e Marcio,
Queria apenas dizer ao colega Hélio Ramos, falando pelo Pedrinho Aguinaga, a quem ajudei a dirigir no filme do Chanceller, que seu "Tiver" (de" ... e me corrija se eu "tiver errado..... não é do verbo TER, como pode parecer superficialmente, mas do verbo ESTAR mesmo, só que do verbo ESTAR como ele é falado na realidade do dia-a-dia, ou seja, sem a primeira sílaba, cada vez menos pronunciada, ou com esta primeira sílaba pronunciada tão de leve que mal se ouve. São fatos da língua viva, essa fábula em constante mutação, que vai serpenteando as gramatíquices e avançando pelas tendências do conforto, do picaresco, do talento popular da comunicação.
Quem insiste no "está legal" em lugar do "tá legal", na descontentação de um papo informal, deveria também requerer o retorno de você para VOSSA MERCÊ, o que representaria o sonho absurdo de fazer a história andar pra trás. A linguagem coloquial é uma torrente de paixões inesgotáveis e volúveis, que felizmente ninguém jamais conseguirá deter. E mais ainda em plena Era da Comunicação de Massa, que reinventa o falar a cada programa de televisão. Tamos entendidos? Abraços.
José Monserrat Filho

Dicionário do Manolo já tem distribuição.

O excelente Dicionário de Artes Gráficas para “Publicitários", de Manoel Rodrigues Garcia, já está sendo comercializado pela Pulga Produções. O custo de cada exemplar será de 100 cruzeiros, sendo que maiores quantidades poderão receber descontos. Os interessados podem ter maiores informações pelo telefone 226-0638.

Brainstorming • Brainstorming • Brainstorming

A SGB Publicidade e a indústria de cigarros R.J. Reynolds resolveram separar-se. Segundo Sani Sirotsky, presidente da SGB, a separação foi amigável, por interesses de ordem extra-profissional, e com a concordância de ambas as partes. A SGB cuidava da área de novos projetos da Reynolds.
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A DPZ decidiu oficializar a permanência de Ronald Persichetti como novo diretor da sua unidade carioca. Ronald já estava no Rio há duas semanas, cuidando da saída de Edeson Coelho daquele cargo. Edeson, a partir de 2 de janeiro, assume a representação no Brasil da revista "Time", substituindo a Carlos Bertolozzi.
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A maior importância da Instalação de Ronald Persichetti no Rio está no fato dele ser um dos sócios da agência, juntamente com Roberto Duaílibi, Francisco Petit e José Zaragoza. Em São Paulo, Ronald dirigia, além da administração, a produção gráfica da DPZ, sendo considerado um dos mais competentes profissionais paulistas desta área.
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A Franco Paulino, Moraes conquistou as contas da Editora Nova Fronteira do Rio, e da Construshop, de São Paulo. E também contratou Marcos Antônio Matos (ex-MPM, ex-Casas Pernambucanas) para Diretor de Atendimento.
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Voltaram para a Standard-Rio as contas de Mistral e Tally-ho do Laboratório Beecham, que estavam sendo atendidas pela Standard-SP.
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Artur Garcia de Abreu está se desligando, por motivos particulares, da gerência do escritório da J.. W. Thompson de São Paulo.
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Alex Thier está assumindo a Direção Regional do Banco Itaú para a área Rio-Vitória-Zona da Mata. Thier atuava como diretor de Marketing do Itaú São Paulo.
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A CBBA-Rio nos comunicou que aceitou a sugestão da Janela, publicada semana passada, de que se realizasse no Rio um painel de apresentação da técnica de Rastreamento de Problemas neste mercado. Segundo a agência, já estão sendo providenciados local e data. (provavelmente fins de janeiro).
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César Caldas (ex-JMM) é o mais novo elemento da mídia da Standard.
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O Grupo ele Atendimento de Veículos do Rio Grande do Sul recebeu um Destaque Profissional de 1978, concedido pela Associação Riograndense de Propaganda. Pelo relatório que nos enviou, o Grave/RS foi realmente atuante, tendo conseguido, desde sua fundação em julho último, a adesão de 93 profissionais. O Coordenador Geral do Grave é José Maurício Alves, da TV Gaúcha.
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A Kodak está lançando, no Brasil, livros importantes para quem quer se atualizar em fotografia: "'Efeitos Especiais de Artes Gráficas", “Filmes Kodak profissionais em Preto e Branco", "Filmes Kodak em Cores" e "Como planejar e produzir audio-visuais”. Os livros estão a venda nos revendedores Kodak.
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Cem cartazes pintados por crianças, escolhidos pela promoção “Vamos pintar o Natal”, do Banorte de Pernambuco, serão exibidos em todas as agências daquele banco a partir de janeiro.
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E o endereço de correspondências da Janela é Rua Barão de Itambi, 7/605 ­ Flamengo - cep 22231 - Rio - RJ. E os telefones: 286-4876 e 246-1817. Se você ligar e atender a secretária eletrônica, por favor, não se iniba e deixe o recado. Ela é de confiança.
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A Revista de Domingo, de 14/1 vai apresentar uma matéria especial sobre a feira da moda JANEIRO FASHION SHOW, que terá lugar no Pavilhão do Rio-Centro, de 15 a 19 de Janeiro.
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A Kibon deverá produzir, neste verão, 4 milhões de picolés por pessoa, a sétima parte do consumo per capita americano. Já soubemos também que a Kibon se antecipou a outras empresas e reservou o uso do personagem Super-Homem para 1979. Ano que vem, além de ser o ano da criança, é o lançamento estrondoso do filme do homem de aço.
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Bruce Garson, editor da revista "Advertising World", está em São Paulo preparando uma reportagem sobre o ''Latin America Daily Post", o jornal de Mauro Salles, que circulará diariamente a partir do início de 79.
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Jorge Maranhão, diretor da Professa, lançará dia 9 de janeiro seu livro de poemas ilustrados por L. Carlos, também da agência.
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A Martini & Rossi está lançando o vinho Baron de Lantier para "competir em preço com as boas marcas de vinhos importados", segundo release da Gang. O texto ainda dá excelentes recomendações sobre o vinho, mas lamentamos que o rótulo, assim como de quase todos os outros vinhos nacionais não tragam nenhuma informação útil sobre sua procedência e qualidade. Nem o ano de engarrafamento, para que se possa saber prazo máximo de consumo (vinho brasileiro, pelo que dizem os experts, não passa dos 5 anos).
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Cláudio L.A. do Amaral e José Luiz da Silva comunicaram que fundaram, em São Paulo, a Comunic Comunicadores Associados S/C Ltda., dedicada exclusivamente à Assessoria de Imprensa.
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Radial Representação tem novo endereço em São Paulo: Rua Artur de Azevedo, 996, seu novo telefone é 280-4612.
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Aroldo Araújo enviou-nos uma garrafa arrolhada com uma mensagem dentro pedindo SOCORRO. Seus telefones estão mudos há 3 dias. Aroldo, isso não é ajuda que se peça. Você está querendo é milagre. Em casos de Telerj, só podemos é rezar.