Morreu ontem à noite, aos 70 anos, aqui no Rio de Janeiro, Roberto Gueiros, o Bob Gueiros, como ficou conhecido no mercado publicitário. Ele deixa os filhos, Bernardo e João Pedro.
Nascido em 07 de outubro de 1954, Roberto Gueiros queria ser Ilustrador. Estudando em São Paulo, formou-se em Comunicação Visual pela Universidade Mackenzie, quando descobriu que a Propaganda era a melhor maneira de poder exercer a Ilustração. Durante a faculdade, começou a fazer estágios nas agências de São Paulo. A primeira foi a Norton, em 1975. Em seguida, Alcântara Machado – duas vezes – e MPM Casabranca, no setor de Merchandising.
Após se formar, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde fez novo estágio (!), desta vez na Caio Domingues, até ser chamado por João Galhardo e Alcides Fidalgo, que conhecera na Alcântara de São Paulo, para trabalhar na SGB como Assistente de Ilustrador. Em poucos meses se tornou Assistente de Direção de Arte e, em 1979, foi promovido a Diretor de Arte. Depois da SGB, trabalhou na DPZ – três vezes, uma das quais como Diretor de Criação -, duas vezes na MPM, na Young & Rubicam, na Salles e na J.Walter Thompson, onde ficou de 1998 a 2002, tendo chegado a Vice-Presidente de Criação do escritório carioca.
Após sair desta agência, fundou seu próprio negócio, a agência 2+2, associada em 2003 à Binder, que passou a se chamar Binder/FC+G – ele era o ponto “G” da agência.
Na foto acima, Bob Gueiros, Flávio Cordeiro e Glaucio Binder, sócios na agência Binder
Dentre os Prêmios conquistados, o mais expressivo foi um Leão de Bronze no Festival de Cannes de 2002, com um anúncio para a Cerveja Bavaria.
Bob sofria, há 15 anos, de demência frontotemporal; seu velório acontecerá amanhã, às 11:30 horas na Capela 2 do Crematório Memorial do Carmo. A cremação está marcada para 14:30 horas.
Na foto de abertura desta matéria, Bob Gueiros é o segundo, da esquerda para a direita.
Bob escreveu boa parte da história criativa do Rio, em suas passagens pelas principais agências do mercado e sua influ~encia na formação de diverss diretores de arte. Com sua prolongada aus~ebcia no dia a diam já deixava saudades em todos os que tiveram o privilégio de conviver com ele. Deve estar recebendo o abraço afetuoso do nosso Marcio Ehrlich…
Pensei a mesmíssima coisa, Toninho!
Bob foi inspirador e um excelente colega de trabaho para mais de uma geração de criativos especialmente os Diretores de Arte que ele formou e ajudou a aprimorar seus talentos. Infelizmente, já não estava mais podendo aturar, mas sua ausência sempre foi e será setnida por todos os que tiveram o privilégio de conviver com ele. Deve estar lá, agora, recebendo o abraço caloroso do nosso Marcio Ehrlich.