A Janela recebeu denúncia sobre o group creative director da Wieden+Kennedy, de São Paulo, João Caetano, acusado de racismo contra Matheus Thiago, até então produtor de RTV da agência, durante filmagem de uma campanha na Europa.
A vítima teria sido alvo de agressões verbais racistas por parte de Caetano, o que teria causado a Matheus impacto psicológico profundo. Após retornar para o Brasil, ele passou por uma crise de pânico, se automedicou e sofreu um apagão de quase dois dias. Incapaz de lidar com a situação, Matheus pediu demissão da agência.
A agência, segundo a mesma fonte, teria silenciado sobre o ocorrido, não se manifestando publicamente até hoje, quando eu mesma procurei a PR da Wieden+Kennedy, Danúbia Paraizo, que nos enviou a nota abaixo:
“A Wieden+Kennedy tem como valor inegociável o respeito à diversidade, inclusão e o direito à individualidade de cada um. A agência foi fundada há 43 anos justamente com esses princípios.
Partindo dessa premissa, quando tomamos ciência, pelas redes sociais, da informação de que um colaborador teria sofrido racismo, nossa primeira atitude foi procurá-lo para ouvi-lo e oferecer o suporte necessário para apoiá-lo e verificar todos os fatos. No entanto, o colaborador optou por não fazer nenhuma denúncia nominal formal, tampouco esclarecer eventuais e informais acusações, razão pela qual a Wieden+Kennedy já iniciou um procedimento visando esclarecer o que aconteceu. A Wieden+Kennedy declara a sua repulsa a qualquer conduta discriminatória, possui rigorosa Política de Ética e Conduta e concluirá a apuração dos fatos com celeridade para tomar todas as providências cabíveis.
Novamente lamentamos pelo ocorrido e reiteramos nosso compromisso com a tolerância zero ao racismo.”
Questionei a respeito da permanência de João Caetano na agência e a resposta chegou em forma de outra nota:
“Por respeito a privacidade dos envolvidos, não compartilharemos suas identidades, nem a situação deles até que tudo seja apurado.”