Juliana Cury foi a escolhida para ser a nova diretora de marketing do Itaú Unibanco, após o episódio que envolveu o então titular da função, Eduardo Tracanella, demitido por mau uso do cartão corporativo.
A executiva formou-se em marketing pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) e tem mestrado em Administração de Empresas pelo Insper. Juliana trabalhou como executiva de contas em agências como Africa, DM9DDB, McCANN e, de 2008 a 2021, esteve no departamento de marketing do próprio Itaú. Ela deixou o banco para ser vice-presidente de marketing da Zamp. No início deste ano, foi para o Santander como CMO.
De acordo com o Itaú Unibanco, Juliana assumirá o cargo em seis meses, após o término do período de ‘non compete’ – em português ‘não competição’, acordo que é realizado para que executivos não deem informações estratégicas a concorrentes no caso de uma troca de emprego. Até lá, assume a equipe de marketing do Itaú, sob o comando de Sergio Fajerman, que é membro do comitê executivo e responsável por pessoas, marketing e comunicação corporativa.
Vale registrar que o mercado estava ansioso para conhecer o nome de quem sucederá Eduardo Tracanella, há quase 30 anos na empresa e que liderava o departamento de marketing do Itaú Unibanco. Ele teria feito gastos pessoais com o cartão corporativo em diversas ocasiões, o que representou quebra de confiança, motivando assim a demissão por desvio de conduta.
Os tais gastos pessoais foram identificados por escaneamento, processo através do qual o compliance checa gastos e despesas para se certificar que estejam dentro de suas políticas e diretrizes. É algo realizado rotineiramente pelo banco, principalmente com os funcionários que possuem o tal cartão corporativo. A irregularidade, que não pode ser caracterizada como crime, ocasionou uma investigação mais minuciosa sobre Tracanella, mas nada foi encontrado contra ele.
Em nota oficial, o banco se manifestou para esclarecer qualquer outra dúvida que ainda pudesse existir: “O Itaú Unibanco repudia as alegações infundadas de irregularidades de verbas publicitárias e reitera que atua de forma ética e íntegra como um dos maiores anunciantes do país com todos os seus elos da cadeia de comunicação. O banco confirma que o motivo do desligamento de seu executivo é única e exclusivamente o mau uso do cartão de crédito corporativo, sem prejuízos materiais à instituição”.