• TCU quer a Secom-PR mais transparente e acabar com “desconto padrão” para agências

    Tribunal de Contas da União - TCU

    A Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom-PR) terá até o final de abril de 2025, ou seja, 180 dias, para estabelecer critérios de controle de gastos e definir as metas de sua publicidade.

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    A notificação foi emitida pelo Tribunal de Contas da União (TCU), segundo levantamento do jornal Estado de São Paulo.

    O processo, que tem como relator o ministro Benjamin Zymler, aponta que as agências que atendem o Governo Federal poderiam estar aumentando os preços dos serviços para “maximizarem os lucros às custas dos cofres da União”. Tudo porque o sistema de faturamento dos serviços publicitários é baseado em honorários percentuais, o que deveria mudar, na opinião do Tribunal.

    Como se sabe, o poder público ainda não adota o mecanismo de fee, como muitos anunciantes da iniciativa privada, para remunerar as agências de publicidade. O modelo baseado em “desconto padrão” — 20% sobre veiculação e 15% sobre produção — vem desde os tempos da Lei 4.680/65.

    Pelo TCU, a Secom-PR também deveria incluir parâmetros para a definição de como estimou o custo de cada campanha, assim como estabelecer métricas para a mensuração de resultados.

    Diz o Tribunal de Contas da União que analisou 15 campanhas realizadas entre 2018 e 2023, que implicaram em R$ 542,8 milhões de investimento. Só em 2023, os valores chegaram a R$ 379 milhões.

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    Marcio Ehrlich

    Jornalista, publicitário e ator eventual. Escreve sobre publicidade desde 15 de julho de 1977, com passagens por jornais, revistas, rádios e tvs como Tribuna da Imprensa, O Globo, Última Hora, Jornal do Commercio, Monitor Mercantil, Rádio JB, Rádio Tupi FM, TV S e TV E.

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