Foi em 1983 que Os Paralamas do Sucesso lançaram seu primeiro hit e um dos maiores da história da banda: Vital e Sua Moto.
E a música chega agora, 41 anos depois — e pela primeira vez — à publicidade, através de uma campanha criada pela agência FutureBrand para um institucional da Yamaha e que, para quem é aficionado pela categoria, ainda perceber um “easter egg”: a imagem do novo modelo Ténéré 700.
À frente do trabalho, o criativo Guilherme Lemos, diretor de criação da FutureBrand, conta que, ao ter a ideia de reviver a história de Vital, sua primeira preocupação foi ela já ter sido usada em publicidade. Consultando a banda, ele se surpreendeu ao descobrir que não.
Lemos, mineiro que chegou a morar no Rio e estagiar na agência Comunicação Carioca, no começo de carreira, acabou se especializando ao longo do tempo na indústria automobilística, já tendo criado para Fiat, Jeep, Mitsubishi, Renault e Toyota.
E, em conversa com a Janela, revelou que não duvida que o ineditismo tenha se devido mesmo à falta de verba da indústria de motos para investir em comerciais institucionais. “Eu praticamente só lembro do clássico ‘Na cama com pijama‘, da DM9 para a Honda”, brinca o criativo.
Mas ele comemora que Giovana do Vale, gerente de brand e marketing da Yamaha, tenha apostado na ideia. Que permitiu que os próprios Paralamas do Sucesso gravassem a nova versão que serve de trilha ao comercial.
“Não podia ser outra trilha”, exclama Guilherme Lemos, lembrando: “Vital é o hino da moto no Brasil!”
Até por isso, em uma situação rara na publicidade, a letra original está mantida no filme, que está sendo veiculado em todos os canais da marca, após a estreia no intervalo do programa Altas Horas.
Na criação da peça, atuaram os redatores Gabriella Forabelli e Jean Mota e os diretores de arte Leandro Chisté e Giulia Suzuki. A produção foi da Boiler, com direção de Pedro Antoniutti e Dulcidio Caldeira, com Gabriel Guaraciaba no papel de Vital.
Essa música é a que tem o achado poético “a minha prima já está lá e é por isso que eu também vou”.
Mas é claro que ela já tinha que estar lá!
Afinal, “Os Paralamas do Sucesso iam tentar tocar na capital”, não é? rsrs