Nem Nostradamus conseguiria prever o que vai acontecer na concorrência de publicidade do Conselho Federal de Medicina (CFM), que recebeu propostas de seis agências na manhã de terça-feira, 20/02/2024, em Brasília, interessadas na verba anual de R$ 5,5 milhões, atualmente cuidada pela agência Artplan.
Com a presença das licitantes Brava, Brick, Klimt, Lume, Radiola e Resultado, logo na abertura da documentação a Lume foi declarada desclassificada, pelo mesmo motivo que, na última semana, foram retiradas as agências Chama e SG Propag da disputa de Alagoas e a Next Way da licitação do Sebrae-RJ: deixar algum elemento identificando a pasta que deveria ser apócrifa.
Mas o debate no CFM irá mais longe, tendo sido registrado em ata que caberá à subcomissão técnica conferir o que fará com agências cujas pastas não tenham obedecido às exigências burocráticas do edital, como a forma com que capa veio encadernada, o pendrive ter este ou aquele arquivo, o texto vir impresso com fonte diferente de Arial 10 e por aí vai.
A mesma situação que a Janela criticou aqui na desclassificação da 11:21 na concorrência do Sebrae-RJ, quando a agência foi acusada de permitir a identificação de sua proposta, porque uma de suas pastas tinha uma espiral menor do que os 20mm definidos nas regras.
Enfim, a Janela seguirá insistindo nesta tese: em concorrência de publicidade — principalmente para órgãos públicos, onde o dinheiro é do contribuinte — a seleção deveria ser por competência e estrutura de atendimento, não por firulas formais.
Está mais do que na hora de as lideranças do mercado proporem a revisão destas regras.
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