Em seu segundo dia de mandato, o novo presidente argentino, Javier Milei, decidiu suspender, por um ano, todos os contratos de publicidade do governo nos meios de comunicação e nas redes sociais.
A comunicação, feita pelo porta-voz do governo, Manuel Adorni, confirma uma das promessas de campanha do candidato, sendo justificada como medida para conter a hiperinflação.
Entre as reações contrárias à determinação, que afeta profundamente a mídia argentina, estaria a de que não prestar contas através da publicidade violaria a transparência prevista pela lei local.
Por outro lado, Milei ainda não oficializou a privatização que prometeu realizar também dos veículos de mídia do poder público, aos quais chamou de “ministério da propaganda encoberto”. Assim como não informou se continuaria anunciando nestas plataformas.
Para quem tem curiosidade de como funcionava a publicidade oficial argentina, veja este FAC oficial.
Segundo ainda o site do governo, de janeiro a outubro de 2023, o investimento da publicidade oficial argentina foi de R$ 40 bilhões de pesos, o que corresponderia a R$ 109 milhões de dólares.
Deste montante, 24% são para a mídia online. TV aberta, na Argentina, responde por apenas 8% da verba investida pelo governo.
No Brasil, esta informação do total de investimentos do Governo Federal não existe. O Portal da Transparência do Governo Federal cita apenas R$ 199 milhões em publicidade de utilidade pública em 2023.