Está literalmente, no novo edital da Prefeitura de Búzios, que a entrega de propostas para sua concorrência de publicidade acontecerá “impreterivelmente” dia 13/03, às 10:00h, na sede da municipalidade.
A preocupação com a data faz sentido. Desde novembro de 2021, a licitação que leva o número 002/2021 vem se arrastando, com vários adiamentos e retomadas. Tudo para escolher uma única agência que cuidará da verba estimada em R$ 3,3 milhões do balneário fluminense, desde 2021 comandado por Alexandre de Oliveira Martins.
Prefeito que, aliás, também está vivendo um processo de questionamentos sobre sua manutenção no cargo. Cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), com seu vice Miguel Pereira, por abuso de poder econômico nas últimas eleições, ele conseguiu reverter a situação na Justiça Eleitoral, que determinou que ambos se mantenham na função até que o caso seja analisado e julgado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Quem quiser participar pode baixar o edital atualizado no Portal de Licitações. E correr para preparar a campanha especulativa, que tem como briefing mostrar que a Prefeitura Municipal de Armação de Búzios “está aberta ao diálogo e que não mede esforços para fazer valer a transparência nas relações com os cidadãos”. Ou seja, que os buzianos são corresponsáveis e devem participar com sugestões sobre os problemas locais.
ATUALIZAÇÃO EM 13/03/2023
Se apresentaram, em 13/03/2023, para a concorrência quatro agências — Área, Azimuth, Duelo e Lume — e uma produtora, a WJ Produções Cinematográficas, que, por não ter a documentação suficiente, foi considerada inabilitada a prosseguir.
ATUALIZAÇÃO EM 20/06/2023
Três meses depois de receber todo o material das agências, Búzios aprontou de novo. Com comunicado assinado por Douglas Thomaz Sant’Anna, chefe de gabinete do prefeito, a concorrência 002/2021 foi “expressamente revogada”.
Na justificativa, “dadas razões e motivações de lavra própria do Ordenador de Despesas, em especial os de questão orçamentária, ora evidenciados e comunicados através do GAB 968/2023”.
Mas fontes da Janela revelam que a justificativa oficial não procede.