Depois de 13 anos assinando a produção do réveillon de Copacabana, a SRCom, agência de Abel Gomes, Sheila Roza e Paulo Cesar “PC” Ferreira, está fora da festa.
A Riotur anunciou nesta terça, 08/11, que a empresa de cenografia MChecon, de Marcelo Checon (foto), foi a única habilitada na disputa para a realização da passagem de ano de 2022 para 2023 na Zona Sul carioca. A SRCom teria sido inabilitada por não ter preenchido “os requisitos do edital”.
Segundo informações que chegaram à Janela, a SRCom não entregou à Riotur nenhuma carta de patrocínio assinada por empresas que se comprometessem a pagar os custos da festa. Pelo seu lado, a MChecon teria apresentado documentação indicando a JVMC, de São Paulo, como a responsável pelos investimentos.
Processo sigiloso
Apesar de ser uma disputa pública, a concorrência pela realização das festas de réveillon no Rio de 2022/2023 tem sido realizada pela Riotur em total sigilo, sem a disponibilização, em seu site, dos projetos apresentados pelas empresas interessadas, diferentemente do que ocorre em concorrências públicas de publicidade a que estamos acostumados a cobrir jornalisticamente.
O Diário Oficial vem apenas publicando, de forma resumida, as decisões da “Comissão de Avaliação e Seleção das Propostas”. Como a que informou, na edição de segunda-feira, 07/11, que, na seleção para a organização das festas chamadas de “Palcos da Cidade”, o patrocinador da MChecon (não informado no Diário Oficial) teria declarado que somente aceitaria bancar caso também fosse o patrocinador vencedor do processo para Copacabana.
Apesar de o mesmo Diário Oficial de 07/11 divulgar que a SRCom teria um prazo de um dia, após a publicação da nota, para complementar seus dados, antes de este período se encerrar a Comissão já se definiu a favor da MChecon.
Ou seja, entende-se que, desta forma, não apenas a empresa paulista assinará o evento de Copacabana como os demais palcos oficiais da Prefeitura.
Decisão questionada
Segundo o VP Executivo da SRCom, PC Ferreira, em conversa com a Janela, a agência entrará com recurso contra a decisão da Comissão de Avaliação, dentro do prazo de três dias previsto pelo edital.
Entre os questionamentos da empresa, está o fato de a Comissão de Avaliação não ter aceito um documento enviado pela SRCom — na segunda-feira, 07/11, às 17:14h –, tanto para riotur.selecaopublica2022@gmail.com quanto para juridico.riotur@gmail.com, em que o Governo do Estado do Rio de Janeiro se comprometia a incentivar e apoiar a agência com os patrocínios que ela viesse a fechar em cima do projeto apresentado. “Se este era o documento que faltava, por que não foi considerado?”, questiona PC.
O que é a JVMC?
Empresa apontada pela MChecon como sendo a responsável por bancar todas as festas oficiais da Prefeitura do Rio, a JVMC não é um nome conhecido do trade de comunicação, como patrocinadora de eventos, a exemplo de grandes anunciantes como TIM, Petrobras etc.
Há poucas referências sobre ela em pesquisas pela internet. Em seu perfil no Linkedin ela se identifica como um “ecossistema criativo… composto por empresas de diferentes segmentos (Agências de Marketing, Distribuidoras de alimentos e bebidas, Empresa de reciclagem, Restaurantes e Fintech)”. E seu CEO é Rodrigo Clemente, com quem a Janela já solicitou contato, sem retorno até o fechamento desta matéria.
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Empresa de fachada, não conseguiu cumprir o prometido e agora em cima do laço, o Prefeito recorreu a SRCOM , para fazer o Réveillon.
A SRCOM, e a única que tem gabarito para fazer um evento desse porte.
Se eu sou a empresa, não faço e deixo o prefeito na mão , para ele deixar de ser arrogante.