• Nacional decide não seguir na Justiça contra a licitação da Prefeitura do Rio

    Eduardo Paes

    Com seu “agravo de instrumento” sendo negado pela desembargadora Geórgia de Carvalho Lima, da 12ª Vara Cível do Rio de Janeiro, a agência Nacional decidiu encerrar a batalha jurídica que vinha movendo contra a licitação da Prefeitura do Rio de Janeiro.

    Em nota distribuída ao mercado no final desta segunda-feira, 18/07, o diretor da agência, Paulo de Tarso, anunciou a suspensão de outras medidas judiciais.

    Veja a nota:

    “Na licitação da Prefeitura do Rio de Janeiro, a Nacional entrou com recurso junto à Prefeitura e depois na Justiça, por considerar que era nosso direito lutar por um julgamento dentro das regras da lei e do mercado.

    Não tivemos êxito.

    Sendo assim, decidimos suspender quaisquer outras medidas, evitando o caminho sempre ruim da judicialização.

    Faz parte dos nossos valores o respeito às agências vencedoras, o respeito ao funcionamento livre e pleno do mercado publicitário e, por fim, o respeito ao direito da Prefeitura do Rio de se comunicar com a sociedade.

    Acima de tudo somos uma empresa que acredita no valor da comunicação.”

    Paulo de Tarso, Nacional

    Durante o fim de semana, a Desembargadora Geórgia de Carvalho Lima divulgou a decisão de indeferir a concessão do efeito suspensivo da concorrência da Prefeitura do Rio, que havia desclassificado a Nacional por ter a agência entregue suas propostas encadernadas em espiral, em desacordo com o edital de licitação.

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    “Em um juízo de cognição sumária, verifica-se que a desclassificação do agravante se deu pela inobservância aos termos do edital, não se evidenciando, em uma análise perfunctória, a ocorrência de vícios no procedimento, afigurando-se, portanto, correto o ato emitido pela Administração, que se combate”, escreveu Carvalho Lima em seu despacho.

    Com as duas decisões, a Prefeitura do Rio aguarda agora apenas a data de 21/07, o limite para verificar se alguma outra agência entrou com recurso contra a habilitação das vencedoras Agência3, Leiaute e Binder. Se nada de novo ocorrer, ela poderá prosseguir com a assinatura dos contratos.

    A nota da Nacional foi comemorada pelos dirigentes de veículos do Rio de Janeiro. Com o Governo do Estado impedido de anunciar, por conta das regras eleitorais, o mercado do Rio, extremamente dependente de verbas públicas, via com temor a possibilidade de não chegar ao fim a concorrência de Eduardo Paes.

    Agora, portanto, é esperar as primeiras campanhas saírem das salas do Piranhão, sede do executivo carioca para salvar o segundo semestre da mídia carioca.

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    Marcio Ehrlich

    Jornalista, publicitário e ator eventual. Escreve sobre publicidade desde 15 de julho de 1977, com passagens por jornais, revistas, rádios e tvs como Tribuna da Imprensa, O Globo, Última Hora, Jornal do Commercio, Monitor Mercantil, Rádio JB, Rádio Tupi FM, TV S e TV E.

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