Vítima de câncer, faleceu no último domingo, 19/06, aos 62 anos completados no último dia 09, o criativo Milvio Piacesi, que atuou como redator em diversas agências brasileiras, da América Latina e da África, além de criar para campanhas de candidatos como Sergio Cabral e Marta Suplicy.
Milvio Marcio Piacesi Junior, mineiro de Juiz de Fora, era filho do jornalista e advogado Milvio Marcio Piacesi com Yeda Ramos Piacesi. Sua carreira em propaganda começou em 1981, como ele, lá por 2008, contou em seu próprio currículo escrito para a Janela.
Em respeito ao criativo e sua memória, reproduzimos o texto aqui, onde Piacesi apenas não citou que também era baterista, informação que creditamos a companheiros do mercado que o conheciam fora do universo de agências.
Milvio Piacesi é formado em Publicidade pela Faculdade de Comunicação Hélio Alonso (FACHA)
Ele começou sua carreira em 81 como redator na MPM Propaganda. Em sua trajetória, esteve na MPM, Esquire, Artplan (2 vezes), JWThompson, Caio Domingues, Giovanni, DPZ, Cult, Doctor, Salles e Contemporânea, entre outras, trabalhando tanto como redator, supervisor ou diretor de criação. Em 93 transfere-se para uma agência em Lima, Peru, ligada a BBDO. Depois de 2 anos, é convidado para ser Diretor Criativo na recém formada BBDO/Peru, desligando-se em 96, e retornando ao Brasil, Rio de Janeiro, onde participa da campanha de Sérgio Cabral à Prefeitura. No ano seguinte é convidado a dirigir a criação da BBDO Equador, onde fica por quase 2 anos. Ao retornar ao Brasil, trabalha como freelancer no Rio e São Paulo, onde faz a campanha de Marta Suplicy à Prefeitura de São Paulo. Depois da vitória de Marta, Milvio é novamente chamado para retornar ao Perú, agora pela JWT peruana. Passa-se mais um ano e quando retorna ao Brasil, parte para realizar a campanha de governador em Natal, RGN, com a MP3. Em 2002 perde seu pai, jornalista, advogado e escritor, e parte para Minas Gerais, onde retirado, passa um ano em reflexão e silêncio. Depois retoma o trabalho no mercado mineiro, trabalhando em Juiz de Fora e Belo Horizonte. Em 2003 é convidado a participar do Hall da Fama do CCRJ. Em 2004, recebe convite para dirigir a criação da Marketing Link, em Angola, África. Milvio cruza o Atlântico, e começa a viver e trabalhar dentro da mais pura raiz do Brasil. Trabalha também na Eurobrape, Movimento/Ogilvy, e além de redação, faz Produção, Fotografia (LStudios)e Realização de Filmes e Documentários para diversos clientes e produtoras africanas. Em 2006 Milvio Piacesi é convidado para ser jurado do Prêmio Acácia de Ouro em Luanda, em 2007 é premiado neste mesmo festival. Entre os clientes atendidos estão Petrobrás, Volkswagen, Caixa Econômica Federal, Bradesco Seguros, Shopping Rio Sul, Souza Cruz, Brascan Imobiliária, Porcão, Ford, Banco do Brasil, Itapemirim, João Fortes Engenharia, Globosat, Xerox, CCRJ, Mesbla, Concessionários Fiat, Red Bull,De Beers, Toyota, Nissan, Mattel, Shell, entre outros. Entre suas premiações constam 1 Grand Prix no Festival da Associação Brasileira de Publicidade com “Tribunal” para Rio Gráfica Editora, 1 Clio Awards com “Fusca Maluco” para Peças Originais Volkswagen, Leão de Bronze em Cannes com “Muro” para Piaggio, 1 Grand Prix do Prêmio Jornal do Brasil com Mesbla Coleção Primavera/Verão, e Destaques no Anuário do Rio, Destaques no Premio O Globo, Ouro, Prata e Bronze em filmes e mídia impressa no Festival 17/65% em Lima Perú, Ouro e prata no Premio El Condor em Guayaquil, Equador, além de diversas medalhas no Colunistas Rio. Desde 2004 passou a atuar em Luanda, Angola, na África. Depois de trabalhar na MLink, Eurobrape e Movimento Ogilvy, transferiu-se para a Brandia Central, uma grande agência portuguesa que reabriu a agência em Luanda. |
Milvio não chegou a atualizar que em 2010 voltou ao Brasil e vinha vivendo em Juiz de Fora, onde abriu a empresa Brilhante Ideia. E foi também em Juiz de Fora que o criativo foi enterrado, no jazigo da família.
Piacesi foi casado com Ângela Veledá de Lemos Duarte Bueno, com quem teve Felipe Rossigneux Bueno Piacesi.
Fica, para terminar, a lembrança da frase citada pelo próprio Milvio, quando este editor o parabenizou, no dia 9 de junho, pelo seu aniversário, 10 dias antes de ele falecer, e que foi o título de um anúncio que ele criou para a Artplan nos anos 80/90:
“A Vida é a Coisa Mais Importante na Vida.”