O que aconteceu com Guilherme Sousa Rocha, Armando Carlos Weber e Renata Melo de Oliveira Barbosa?
Se você não está ligando os nomes às pessoas, estes são os julgadores sorteados para a concorrência de publicidade do Banco Central (Bacen) e que estão há seis meses — completados exatamente neste dia 04 de maio –, em seu poder, com as pastas das nove agências que disputam a conta, sem dar qualquer resposta sobre as notas que elas alcançaram.
Estão participando do processo Artplan, Binder, Brado, Cálix, Conceito, Fields, Heads, Nova/SB e Propeg, interessadas na verba anunciada de R$ 30 milhões para apenas uma vencedora.
Encontro complicado
Em março último, a Janela já havia consultado o Bacen sobre o andamento da licitação, recebendo como resposta da assessoria de imprensa de que “o julgamento das propostas técnicas foi impactado pelo final de ano, com a indisponibilidade sucessiva de seus membros, que precisam se reunir de forma presencial para realizar a análise”.
Portanto, só após Guilherme, Armando e Renata fornecerem para a Comissão Técnica as respectivas planilhas de julgamento é que os licitantes poderiam ser convocados para a segunda sessão pública, de revelação das notas.
Passado mais de um mês, voltamos esta semana a questionar o Banco Central, e a resposta da assessoria de imprensa foi lacônica: “a subcomissão técnica continua analisando as propostas”.
Terá sido agora por conta do Carnaval de abril?
Histórico mais complicado ainda
A concorrência do Bacen dar problemas não é exatamente uma novidade. Lançada em 2020, ela chegou a ser suspensa duas vezes.
A terceira tentativa aconteceu em 09/2021, convocando as agências para entregarem suas propostas em 04/11 daquele ano.
Nos relatórios publicados pelo Governo Federal, ao menos até 2021, localizamos o último contrato do Banco Central com a agência Nova/SB, a partir de 04/2014, no valor de R$ 31,75 milhões. Pelo limite de cinco anos com a agência, a partir de 2019 o Bacen deveria abrir nova seleção, o que só aconteceu no ano seguinte.
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