Em maio de 2022, completam-se exatamente 20 anos desde que a marca Oi começou a ser conhecida no Brasil. Em 2002, ela se apresentava como uma empresa de telefonia celular, um braço da carioca Telemar. E esta semana, a Oi chegou ao público como uma “nova Oi”, com campanha em todas as mídias destacando a palavra “transformação”, para marcar sua nova fase, após ter vendido seus ativos da comunicação móvel.
“As pessoas mudaram e a Oi mudou, porque as pessoas estão em constante evolução”, disse, em conversa com a Janela, a diretora de marca da Oi, Livia Marquez, que traz em sua bagagem a experiência de ter vivido o começo da telefonia celular na ATL (depois Claro), ter participado do próprio início da Oi e depois atuado inclusive na operadora TIM.
“Em 1998, o consumidor mal tinha acesso ao celular. Colocar esta forma de comunicação na mão das pessoas já era um processo de empoderamento”, lembra Livia. Só que, hoje, diz a publicitária, o desafio é outro. “As pessoas têm muita dificuldade de não ter nada instantâneo na mão. O que elas querem agora é ter toda a sua casa conectada”, explica, comparando: “ter internet em casa é como ter que ter ar em casa. A gente não sabe mais viver diferente”.
Livia Marquez também aponta a mudança no comportamento da sociedade. “Há apenas dois anos, não se via, como hoje, a importância da diversidade de gêneros, ou o valor que as pessoas dão para suas origens, tendo orgulho de suas raízes indígenas, ou negras, ou judaicas. E isso tudo aconteceu por conta da tecnologia. Então, focando agora no produto fibra e em soluções digitais, a gente acredita que esteja permitindo dar mais voz a todas estas pessoas”, defende a diretora da Oi.
Responsabilidade
Por outro lado, Livia Marquez concorda que, nos dias de hoje, ficou mais difícil estabelecer as narrativas e se posicionar como marca. “Não se pode mais esquecer da responsabilidade que é fazer o certo, ser transparente, simples e correto com o público. Então, se não dá mais para agradar a todos, é preciso acertar nos valores da marca”, cita.
“Monitoramos diariamente o comportamento das redes sociais, para saber o que as pessoas pensam sobre nós e o que querem. “O que me guia não é o que o executivo interno quer. O que me guia é o que as pessoas falam sobre o uso da tecnologia, sobre a nossa marca”, afirma.
Até por conta deste acompanhamento, o que a Oi buscará agora, sem a telefonia móvel, é, nas palavras de Marquez, “criar novos futuros, levar a Oi a um outro patamar do mercado de telecomunicação”.
A Oi, informa Livia, já tem produtos voltados para educação, segurança, finanças e entretenimento, entre outros ligados à tecnologia. “Mas estamos sempre testando novas plataformas, com várias delas rodando em beta”, adianta a executiva, dando, como exemplo, o Oi Place, um marketplace que está “em constante desenvolvimento”, mas que é uma das apostas da empresa para os próximos anos.
“O que posso garantir é que a gente vai continuar a ser bold. Felizmente há uma sintonia fina entre os executivos da empresa e isso facilita, porque me dá a chance de ousar”, comenta Livia Marquez, comemorando: “Cada vez mais vamos mostrar que a gente dá voz a diferentes pessoas, como na atual campanha, que terá nas redes sociais peças tanto com locução masculina, locução feminina e locução infantil, mostrando que sabemos dar dar voz ao homem, à mulher e à criança”.