Sete agências se apresentaram nesta quinta-feira, 03/02, em São Paulo, para a concorrência do Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp), que anunciou uma verba anual de publicidade de R$ 18 milhões. Foram elas Adag, Aorta, Artplan, Brick, Octopus, Rino e Versão BR.
Esta concorrência terá uma particularidade. Apenas jornalistas farão parte da subcomissão técnica que julgará as propostas das agências. Pode parecer um absurdo, mas é perfeitamente legal.
A Janela questionou o Conselho sobre a ausência de publicitários. Segundo a assessoria de imprensa, o órgão seguiu todos os procedimentos legais: abriu um Chamamento Público para que profissionais de comunicação se dispusessem a participar da subcomissão, como os chamados “membros não vinculados” ao contratante. Neste chamamento, foi dado um prazo de 09/12/2021 a 10/01/2022 para inscrições.
Pois apenas quatro pessoas se apresentaram, dos quais apenas três cumpriam com os requisitos legais: os jornalistas Mariana Debiagi Nuciteli Grosche, Tiago de Paula Oliveira e Wagner Eufrosino.
Como o Cremesp não tem, como contratados, publicitários, da mesma forma apenas jornalistas da assessoria de comunicação do Conselho puderam ser relacionados como “membros vinculados”: Aglaé Silveste, Concília Ortona, Fátima Barbosa, Gislene Pizzini, Ivolethe Duarte e Nara Damante.
Até há alguns anos, durante a gestão de Enio Vergeiro na presidência, a Associação dos Profissionais de Publicidade (APP), de São Paulo, ficava atenta a estas licitações para disponibilizar profissionais com experiência em publicidade na formação das subcomissões. Pelo visto, não mais.
Não será o caso de as entidades do setor se organizarem para isso?
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A grande verdade é que a área publicitária sempre foi indevidamente invadida por curiosos.