A Caixa anunciou nesta quinta-feira, 27/10, que nada vai mudar no resultado de sua licitação de publicidade. A decisão acontece nada menos que 34 dias depois de Binder, Calia e Propeg darem o seu lado às reclamações apontadas pelas agências Fields, Lua e Nova/SB em seus recursos.
Carlos Eduardo Melo da Silva, gerente da Centralizadora CN Contratações, responsável pela licitação 0345/5688-2021, que escolheria duas ou três agências para cuidar da comunicação da Caixa, informou que negou provimento às demandas e manteve “o resultado outrora proclamado para este certame”.
Ou seja, Binder, Calia e Propeg seguem à frente na pontuação da fase técnica. Como já houve a abertura das propostas de preço e a habilitação, só faltaria às três ter seus contratos assinados.
Em Brasília, no entanto, os comentários são de que a Nova/SB, quarta colocada na pontuação — ou seja, a primeira diretamente interessada em que alguma das três à sua frente percam pontos — iria judicializar a questão.
Em conversa com a Janela, o fundador da Nova/SB, Bob Vieira da Costa, disse ainda não ter decisão tomada. “Vamos analisar com calma as respostas ao nosso recurso para definir como agiremos”, declarou.
A verba em questão é de R$ 374 milhões e o histórico está na página de licitações da Caixa.
Briga chega ao TCU
No início de outubro, o vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos (PL-AM), deu entrada no Tribunal de Contas da União (TCU) em uma representação questionando o resultado da licitação.
O parlamentar acusou a Binder e a Calia de terem relação com o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, que estaria forçando a manutenção das agências. “São abundantes os indícios de que o certame foi maculado pelo direcionamento em favor das duas primeiras colocadas”, alegou Ramos no pedido da investigação.
Em comunicado, a Caixa negou “enfaticamente qualquer interferência dos executivos do banco no processo licitatório em andamento”.
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• Binder, Calia e Propeg lideram a concorrência da Caixa (em 03/09/2021)