Faleceu no último sábado, 21/08, aos 91 anos, o publicitário Oriovaldo Vargas Löffler, que, em 1996, foi um dos fundadores da agência Denison, uma das sete maiores do país nos anos 1970-1980 e ativa até os anos 1990.
Nascido em 1930, em Sorocaba (SP), Oriovaldo começou na comunicação como jornalista esportivo, tendo atuado no grupo Tupi-Tamoio. Seu filho Luiz Eduardo Löffler, também publicitário, conta como ele entrou na propaganda:
“Ele era repórter de campo da famosa equipe do Oduvaldo Cozi. Na final do campeonato de 57, entre Botafogo e Fluminense, ele pediu pra não ser escalado porque era botafoguense roxo e não iria aguentar. Dito e feito. Quando o Botafogo fez o quarto gol, ele começou a gritar no microfone que nem um louco e foi pra dentro de campo abraçar o Nilton Santos, que era seu amigo. Resultado, ouviu depois o Oduvaldo dizer que era melhor ele procurar outra profissão”.
Oriovaldo foi ativíssimo nas discussões sobre a atividade publicitária. Foi presidente da Associação Brasileira das Agências de Publicidade (ABAP), do Conselho Nacional de Propaganda e presidiu o III Congresso Brasileiro de Propaganda, em 1978.
O publicitário foi casado de 1956 a 1970 com a atriz Myrian Thereza Dias, filha dos atores Oscarito e Margot Louro. Com ela, teve três filhos, o já citado Luiz, Paulo Roberto e o ator Carlos Loffler. Depois, casou-se com Ticiana da Silva Saboia de Albuquerque, com quem não chegou a ter filhos.
Ainda segundo Luiz, Oriovaldo, que vinha sofrendo de Alzheimer, morreu dormindo. E foi sepultado em cerimônia íntima, apenas com familiares.
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Na década de 70 eu dispensei um emprego na Denison/Rio para trabalhar como assistente da conta da Brahma. Fui convidado pessoalmente. Apesar da pouca idade eu era executivo de atendimento de outra agência, também de porte, e achei que ir ser assistente na Denison seria como um rebaixamento. Foi a grande cagada que fiz na vida. Até hoje me arrependo da idiotice juvenil, a Denison era uma agência criativa, a melhor do Rio e além da Brahma tinha a conta da Sousa Cruz. Trabalhar com a conta da Brahma na tenra idade teria sido a melhor escola, em um, dois anos seria promovido a titular da conta. Bem, nada pior do que decisão na idade da burrice. O preço fica instalado no imaginário para sempre.