A Unilever terá que alterar sua campanha “O Poder do Somos”, do sabão Omo, lançada em junho de 2020. A decisão foi da 1ª Câmara do Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar), em acordão definido na quinta-feira, 05/08, a partir de uma denúncia da Química Amparo, fabricante do concorrente Tixan Ypê.
Segundo a Amparo, quando a Unilever diz que “Somos biodegradáveis, somos recicláveis – Omo é diferente para fazer um mundo diferente”, ela poderia induzir os consumidores ao engano, já que o que é apresentado como diferencial também existe nos demais produtos da categoria.
Em seu protesto, a Amparo acusou a Unilever de cometer o “pecado da irrelevância”, considerando que apresenta seus produtos como inovadores quando eles “não trazem nenhuma característica nova”.
Durante as reuniões de conciliação, a Unilever até aceitou incluir um lettering nas suas peças, direcionando o consumidor ao site do “Poder de Somos“. mas a fabricante do Tixan Ypê não concordou.
Pela decisão do Conar, a Unilever deverá parar de afirmar que Omo é “imbatível” quanto ao cuidado com o meio ambiente. Nenhum problema em afirmar que o produto é um excelente tira-manchas, mas apenas informando que também cuida do meio-ambiente.
As campanhas de Omo também deverão evitar a informação simplificada de que “Somos Biodegradáveis”. Aqui vale uma curiosidade: como o Conar não está aqui para criar para a Unilever, a 1ª Câmara não facilitou a vida da MullenLowe, agência responsável pelos comerciais. Na sua decisão, o Conar dá como exemplo que a campanha cite algo como “Somos elementos/ingredientes/componentes biodegradáveis”. A Janela acha que a MullenLowe não vai aceitar a sugestão.
Finalmente, as peças publicitárias da campanha “O Poder do Somos” deverão direcionar o consumidor para o site do Somos, onde estarão detalhadas todas as ações de sustentabilidade da marca.
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