A exatas três semanas do Réveillon, a agência de promo SRCOM ainda não assinou com a Riotur o contrato para a realização do evento adaptado para o formato digital, anunciado pela Prefeitura do Rio como a alternativa segura, em tempos de pandemia de Coronavírus, para os tradicionais shows que há anos são realizados na Praia de Copacabana.
O atraso, analisam fontes internas da própria Riotur, seria por a empresa ainda não ter conseguido vender as cotas de patrocínio que viabilizariam a sua produção. Em outubro último, a Prefeitura do Rio chegou a anunciar que “pela primeira vez”, o Réveillon do Rio seria “pago integralmente pela iniciativa privada”. Essa era a proposta apresentada pela SRCOM ao caderno de encargos definido pelo município do Rio de Janeiro.
Em matéria publicada em seu site, a Prefeitura dizia que “após análise e avaliação do projeto, a Comissão de Avaliação e Seleção de Propostas da Riotur entendeu que a proposta apresentada pela SRCOM se encaixa perfeitamente no novo modelo de réveillon que a Prefeitura do Rio planejou para esta virada do ano, que acontece em meio a pandemia da Covid-19”. O evento, em vez de ter shows públicos, seria realizado em seis palcos espalhados em pontos turísticos da cidade, sendo transmitidos pela TV, em canal aberto, e por plataformas digitais.
Como noticiado pela Janela, as agências GS Eventos e Pronto RJ chegaram a se manifestar como interessadas no projeto, mas, no dia da entrega de documentação, apenas a SRCOM apareceu.
Na virada para 2020, o patrocínio da festa em Copacabana foi da operadora Tim, como parte de seu projeto “Verão Tim”. Só que a oficialização da Tim como patrocinadora aconteceu logo no início de dezembro de 2019. Ainda como apoio da iniciativa privada, na entrada de 2020, a Light assumiu os custos pela projeção mapeada do Cristo.
Em toda a gestão de Marcelo Crivella — principalmente com Marcelo Alves, que vinha da iniciativa privada, à frente da Riotur — a Prefeitura do Rio buscou que a patrocínios bancassem tanto o Réveillon quanto o Carnaval carioca. Em uma cidade com as finanças quebradas, seria uma forma de reduzir as despesas municipais, explicavam.
Desde então, as duas maiores (e de competência incontestável) agências de promo do Rio — Dream Factory, para o Carnaval de Rua, e SRCOM, para o Réveillon — acabaram conseguindo viabilizar os apoios. A pandemia, no entanto, afetando também o caixa das empresas, pode estar complicando as negociações este ano.
A Janela tentou contato com a SRCOM, sem retorno até o fechamento desta matéria.
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Por mim cancela tudo ! Pra ver fogos pelo computador, prefiro o de outros países que são muito mais bonitos