A agência Maianga, criada pelo fotógrafo brasileiro Sérgio Guerra, em Angola e Portugal, com profissionais brasileiros na criação, botou na rua uma campanha inusitada, combatendo o tráfico de pessoas.
O problema não é muito divulgado no Brasil, mas afeta também muitas mulheres brasileiras, que são iludidas por convites para trabalhos na Europa e na Ásia e acabam semi-escravizadas. “O primeiro passo é desconfiar”, diz a série de anúncios produzidos para a Associação Portuguesa de Apoio às Vítimas (APAV).
Junior Lisboa, diretor de criação da Maianga e dupla da também brasileira Paula Levindo, conta que a solução criativa foi “apresentar os principais argumentos utilizados pelos criminosos para atrair e convencer as pessoas a aceitarem as suas propostas de trabalho”. Como elas são armadilhas, as palavras acabam encaminhando para imagens como gaiola e ratoeira.
“Este ambiente de desesperança e desespero do momento de profundas dificuldades económicas que vivemos é ainda mais propício para o tráfico de pessoas”, explica o criativo, que começou sua carreira na Bahia, passou em Brasília pela DNA, Master, Ogilvy e Agnelo Pacheco e, depois de um tempo de volta na Bahia, pela Propeg, se mudou para Angola, onde começou na Maianga.
A agência, que abriu em Portugal há quatro anos, ainda mantém seu escritório em Angola, outro em Cabo Verde e ainda em Salvador.
Ficha Técnica:
Campanha “Armadilhas”
Direção de Criação e Planeamento: Júnior Lisboa
Criação: Júnior Lisboa e Paula Levindo
Atendimento: Saymon Nascimento e Mara Anjos
Operações: Catarina Pereira e Inês Ramos
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Parabéns aos criativos da campanha de combate ao tráfico de pessoas, não só pelo lado solidário, quanto pela forma criativa de sinalizar que é uma armadilha! Show de bola! Tomara que ajude muita gente!