Os investimentos em mídia no Brasil no primeiro semestre de 2020 ficaram em R$ 5,7 bilhões, um valor cerca de 30% menor do que os do primeiro semestre de 2019, que haviam chegado a R$ 8,2 bilhões.
O levantamento é do projeto Cenp-Meios, promovido pelo Comitê Executivo das Normas-Padrão, que não chega a citar os motivos, mas nos permite intuir que a diferença ocorreu por conta da pandemia do novo coronavírus, declarada a partir de março último.
Curiosamente, não chegou a haver diferenças significativas na distribuição de meios, com exceção da mídia Cinema, cujo valor caiu de R$ 35 milhões para R$ 13 milhões. Nada estranho quando se sabe que as salas de cinema estão fechadas desde o início da quarentena. Já o percentual da internet se manteve entre 20-22%, e o da televisão aberta entre 53-55%, um discreto aumento de 2% entre os dois períodos.
Da mesma maneira, em percentuais, a queda aconteceu igualmente em todas as regiões do país, com pequenas mudanças, em geral, nos décimos. O máximo a considerar seria que os investimentos locais em mídia na região Sudeste, caindo em participação de 23,6% para 22,1%, migraram para as mídias nacionais, que passaram a representar 64,2% dos investimentos, contra 62,8% em 2019.
No painel de 2019, haviam sido ouvidas 218 agências, enquanto em 2020 foram 213. Os resultados podem ser comparados no site do Cenp-Meios, em cenp.com.br/cenp-meios?id=16
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