Enganou-se quem achava que a história do mensalão do PT havia se encerrado. O Tribunal de Contas da União (TCU) notificou esta semana a agência mineira SMP&B — que nem mais opera desde 2005-2006, quando estourou o escândalo –, a devolver aos cofres públicos, até a próxima semana, a importância de R$ 2.506.939,54, correspondente à condenação do Tribunal proferida em 2014, por ter considerado “irregulares suas contas”. O valor está atualizado e já acrescido dos juros de mora pelo período.
“O não atendimento desta notificação poderá ensejar a inclusão do nome do responsável no cadastro informativo de créditos não quitados do setor público federal – Cadin e a execução judicial perante o competente Juízo da Justiça Federal”, diz a notificação. A Janela enviou solicitação ao TCU sobre quem seria esse responsável, sem resposta até o fechamento desta matéria.
A SMP&B tinha como sócios Marcos Valério (foto), Cristiano Paz, Ramon Hollebach e Rogério Tolentino. Em conversa com a Janela, Cristiano Paz relatou que esta cobrança provavelmente ainda se refira ao caso que envolveu o deputado petista João Paulo Cunha. Na época, o parlamentar foi acusado de ter usado a agência para lavagem de dinheiro.
Mas, como a agência sequer existe mais, ninguém faz ideia de para quem vai sobrar pagar a dívida!