O Clube de Criação do Rio de Janeiro (CCRJ), presidido por Pedro Portugal (foto), publica esta terça, 01/10, nas redes sociais, a convocação para a eleição de sua nova diretoria, que acontecerá em novembro, quando forem entregues os prêmios do anuário “Melhor do Rio” de 2019. Os candidatos terão até o final de outubro para registrar suas intenções e os nomes dos componentes de suas chapas.
O novo presidente do CCRJ terá o desafio de enfrentar um mercado — refletindo a crise da indústria publicitária dos últimos anos — cujos profissionais afastaram-se das entidades de classe e se tornaram pouco estimulados a pagar mensalidades.
O CCRJ andou um tempo considerando — o que a Janela sempre achou uma bobagem — como seu associado aquele que simplesmente comprasse o seu anuário. Pagava pelo anuário, ganhava o direito inclusive de votar nas eleições para presidente. Não por acaso, isso gerou várias confusões, como na eleição de 2009, quando um candidato comprou mais anuários que o outro para seus seguidores e ganhou a disputa.
Esta questão de “quem pode ser associado” há tempos foi resolvida pelo Grupo de Mídia do Rio de Janeiro (GM-Rio), uma das entidades cariocas mais presentes no mercado e que mais eventos realiza para os profissionais do setor. Eles resolveram que não teriam associados pagantes. Seu presidente, Antônio Jorge Pinheiro, explica que é considerado membro quem se identificar como profissional de mídia, tendo seu e-mail cadastrado na listagem que a diretoria do GM-Rio mantém. E para viabilizar a realização de eventos para o setor, correm atrás de patrocinadores.
Essa questão do “quem pode ser associado” acabará sendo também uma pauta para o novo presidente do CCRJ. Na sua origem, nos anos 1970, o clube considerava passível de se associar qualquer profissional que atuasse na área de criação de agências de propaganda, promoções ou design, assim como os fornecedores do setor, como produtores de comerciais, áudio etc.
Lá pelos anos 90, porém, uma das diretorias, dando o que consideramos um tiro no pé, resolveu restringir a participação apenas a diretores de criação, redatores e diretores de arte de agências de publicidade. Todos os demais foram afastados do CCRJ. Acabou não dando certo, causando apenas o esvaziamento da associação.
Possíveis candidatos
Como a eleição do CCRJ tradicionalmente vinha acontecendo no meio do ano, desde então nomes começaram a surgir no mercado como possíveis interessados em liderar chapas concorrentes.
Até o momento, pelos comentários do mercado, três criativos já surgiram pedindo informações: Bruno Richter (Camisa 10), Daniel “Japa” Brito (Rede Globo) e Fábio Barreto (Sides).
Com o lançamento oficial da eleição, esta semana, quem sabe eles conversem entre si para decidir se manterão as candidaturas ou juntarão forças.
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