Mesmo sem a presença de um piloto brasileiro na F1 deste ano, a Petrobras resolveu voltar ao esporte, através de um contrato com a escuderie McLaren, que a partir deste ano terá seus motores fornecidos pela Renault e não mais pela Honda.
Segundo comunicado, a empresa prevê parceria tecnológica para o desenvolvimento de combustível e lubrificantes de alta performance e a parceria poderá ser estendida para outros segmentos estratégicos, com o intercâmbio tecnológico entre as partes. Como retorno publicitário, haverá a exposição da marca da Petrobras nos carros, uniformes e nas instalações da equipe.
O uso do combustível, no entanto, só acontecerá na temporada de 2019, já que 2018 será dedicado ao desenvolvimento dos produtos. A companhia contará com um laboratório nos boxes da equipe McLaren durante os treinos e corridas, o que permitirá análises em tempo real da performance dos combustíveis.
O diretor de Desenvolvimento da Produção e Tecnologia da Petrobras, Hugo Repsold, enfatizou a contribuição da Fórmula 1 para a concepção de combustíveis de última geração. “A categoria é considerada o melhor laboratório para testar novas fórmulas de combustíveis e lubrificantes, devido às condições extremas às quais estes motores são submetidos. Depois de testados nos seus limites, os novos combustíveis e lubrificantes serão utilizados nos automóveis convencionais e aplicados no dia a dia dos nossos consumidores”, comentou.
Na visão do gerente executivo de Comunicação e Marcas da Petrobras, Bruno Motta, essa parceria é estratégica não só pela visibilidade da marca e reforço à imagem, como também por se conectar diretamente ao nosso negócio. “Esse acordo está totalmente alinhado ao nosso posicionamento de marca, que valoriza o conhecimento e nossa capacidade técnica única para desenvolver soluções. Além disso, está associada a uma das principais estratégias do nosso Plano de Negócios e Gestão, que é preparar a companhia para um futuro baseado em uma economia de baixo carbono, com o desenvolvimento de combustíveis de elevada eficiência energética e qualidade”, disse Bruno.
A Petrobras andou pela F1 entre 1998 e 2008, quando forneceu combustível para a Williams. Vale lembrar que a equipe foi vice-campeã de construtores em 2002 e 2003 e terceira colocada em 1998, 2000 e 2001.
Com a entrada da Petrobras na McLaren, a escuderie rompe um contrato de 23 anos com a marca Mobil.