Falecido essa segunda-feira, 22/01, aos 74 anos, o produtor e roteirista carioca Joaquim Vaz de Carvalho também botou seu dedo na publicidade. Há exatamente 40 anos, em janeiro de 1978, a Janela registrava que ele, depois de uma passagem pela MPM Propaganda, estava entrando como redator na agência Esquire — de Clementino Fraga Neto –, para fazer dupla com o diretor de arte Valdo Melo. Na MPM, havia feito dupla com os diretores de arte Armando Kuwer e Carlos Morcillo.
E foi na MPM que a também publicitária Laís Chamma, sua futura mulher, o conheceu. Ela, estagiária de atendimento, tendo que passar briefing e negociar prazos com o pessoal de criação… Acabaram se apaixonando e casando em 1978. E se reencontraram profissionalmente mais tarde na agência Estrutural, de Armando Strozenberg e Rogerio Steinberg, onde também trabalharam.
Joaquim deixou a Estrutural para começar a produzir seus primeiros filmes, começando com “Muito prazer”. Como lembra Strozenberg, “como bem-sucedido produtor de filmes de longa metragem, ele foi depois cliente da Estrutural em projetos como ‘Luz del Fuego’ e ‘Águia na Cabeça’, que tiveram seus cartazes e material de divulgação criados pela agência.
Mesmo continuando como produtor de longas, Joaquim chegou a experimentar uma volta ao mundo publicitário carioca perto dos anos 1990, quando Ronaldo Conde, diretor da Almap no Rio, o chamou para atuar na área de Novos Negócios, experiência que acabou não durando tanto.
Nascido em 1943 e formado em Direito, Joaquim Vaz de Carvalho foi parceiro de cineastas como David Neves, José Jofily e Sérgio Rezende. Ultimamente, se preparava para lançar internacionalmente “Querido Embaixador”, docficção inspirado no embaixador brasileiro em Paris durante a 2ª Guerra Mundial, Luiz Martins de Souza Dantas, considerado o Oskar Schindler brasileiro.
O velório de Joaquim Vaz de Carvalho acontece esta quarta-feira, 24/01, das 10:00h às 14:30h, na capela 8 do Memorial do Carmo, no Caju.