À parte da discussão sobre a peça polêmica do Metrô do Rio ser ou não racista, espantou à Janela o fato de ninguém saber de quem era o filho feio.
Para mostrar o outro lado da moeda — o que os criativos pretendiam passar com aquela imagem e, eventualmente, não foram compreendidos — este colunista entrou em contato com a assessoria de imprensa do órgão, um departamento comandado pela empresa InPress. A resposta que recebemos foi que o Metrô não iria informar os nomes dos criadores.
Ficamos, portanto, impedidos de registrar o contraditório da notícia.
A POLÊMICA
Como repercutiu amplamente nas redes sociais e na imprensa, usuários do Metrô Rio acusaram a faixa colocada em estações da Linha 4 de ser racista, por exibir, em cantos separados, um casal negro e um casal branco, tendo entre eles a frase “Linha 4 – Conectando o Rio de Ponta a Ponta”.
Houve quem visse que o Metrô estaria simbolizando nos extremos à polarização Zona Norte X Zona Sul, ou Pobres X Ricos etc. Mesmo que do lado do casal negro houvesse os ícones de um Sol e do Pão de Açucar e do lado do casal branco os da Apoteose e do Cristo Redentor, locais do Rio que não indicariam nenhuma região ou característica social da cidade.
Enfim, com a confusão, o Metrô retirou a peça do local e emitiu um comunicado formal:
O MetrôRio é totalmente contrário a qualquer forma de discriminação e prima pela valorização e promoção da diversidade. Em relação à peça publicitária ‘Conectando o Rio de ponta a ponta’, a Concessionária lamenta e pede desculpas por ter gerado uma interpretação oposta às convicções da empresa e informa que vai retirá-la da estação, em respeito às pessoas que se sentiram ofendidas. O MetrôRio está sempre aberto às opiniões e às críticas da população, buscando assim a evolução e melhoria de seus serviços e práticas.