As agências do Rio deveriam seguir o exemplo americano de conquistar clientes que não são da própria cidade. A tese é do fundador da agência Lent/AG, Michel Lent, em entrevista à Janela, citando que nos Estados Unidos, grandes anunciantes entregam suas contas para agências que não necessariamente entregam suas contas para publicitários de Nova York ou Los Angeles.
Lent defende também que, para muitos clientes, suas agências sequer precisam ter uma super estrutura física para lhes atender satisfatoriamente.
Vejam o que ele diz:
Caro MIchel Lent voce parece inteligente, mas sua juventude esconde uma pequena falta de conhecimento. Em 1967 quando comecei a trabalhar na Denison Propaganda, TODAS as agencias de publicidade do Brasil tinham suas matrizes, depto. de criação e midia no Rio de Janeiro. A excessão eram algumas agencias de Sao Paulo, devido a indústria automobilistica e alguns produtos de consumo. A deblaque do Rio veio com a criação de Brasilia (isto é, a transferencia das contas do Governo para lá) e os sucessivos governos desastrosos do Rio de Janeiro que fizeram que contas como Shell, Atlantic, Brahma, Coca Cola, Souza Cruz, etc. migrassem para São Paulo.
Meu 1o. emprego em publicidade foi justamente um cargo chamado “consul” que era quem recebia e expedia todos os malotes com campanhas e solicitações de campanhas internamente paa nossas filiais de Porto Alegre, Curitiba, Santa Catarina, Belo Horizonte, Recife, Salvador e Fortaleza. Brasilia, como eu disse “não existia”.
Caro Antonio, agradeço a leitura e o comentário. E também o título de jovem, o que me sinto, mesmo perto dos 50. Tem razão sobre o passado dos tempos de Capital Federal do Rio. O passado recente, de 30 anos pra cá, é a realidade que eu conheço mais de perto e sobre a qual me referi. Grande abraço, Michel