“Eu sou muito ambicioso, mas não sou ganancioso. Sempre me imputei metas e as persegui”. Foi pensando e agindo assim que Álvaro Rodrigues construiu sua carreira meteórica – no começo dela, passou de estagiário a supervisor de criação da agência Zapt em apenas quatro anos.
Seu sucesso no mercado publicitário pode ser confirmado pelas diversas premiações que recebeu ao longo dos anos – são 26 Leões no Festival de Cannes, entre outras premiações importantes, no exterior e no Brasil, como Profissional do Ano no Colunistas Rio 2004 e Publicitário do Ano em 2008. Desde janeiro de 2017, é CEO, CCO e sócio da agência 3A Worldwide. Não bastasse isso, entrega a seu sucessor, no próximo mês, a presidência da Associação Brasileira de Propaganda (ABP), depois de uma gestão que deixa realizações de peso para a entidade.
Depois do Rodrigues, Álvaro ainda carrega o Júnior, mas é conhecido mesmo pelo apelido que recebeu, carinhosamente, no mercado da propaganda: Alvinho. “Hoje, quando ouço alguém me chamar de Álvaro já me preparo para levar bronca”, brinca o carioca de 45 anos, 1.81 de altura e 82 quilos, bonito e dono de um sorriso largo, que é uma de suas marcas – além de exigente e workaholic assumido.
O que poucos sabem sobre Alvinho é sobre seu lado anfitrião. Recebeu a equipe da Janela Publicitária para entrevista exclusiva com um café da manhã caprichadíssimo – e mesa digna dos melhores comerciais – em sua casa no sofisticado bairro da Lagoa.
Recentemente, também deu o que falar, mais uma vez como anfitrião, ao comemorar os 80 anos da ABP com o Timeline Summit, que reuniu a nata da propaganda no Teatro Riachuelo Rio.
Segundo Alvinho, a festa foi um divisor de águas. Depois do sucesso do evento, a eleição para a presidência da ABP, que ficará vaga com a saída de Álvaro – ele admite ter sentido um comichão depois de saber da hashtag #ficaalvinho, mas não se recandidatará mesmo -, passou a ser vista com outros olhos e a ser cobiçada.
“Eu vou sair em julho, apontando a Associação para o novo, mas é tempo agora de eu me dedicar à 3A. O meu momento de canalizar energia está voltado para a agência. O tempo em que eu estive em São Paulo, não consegui me dedicar à ABP. A minha volta para o Rio me permitiu isso”, admite.
E entrega: “Antes do Timeline Summit ninguém queria ser presidente da Associação. Agora tem muita gente que quer se candidatar. Mas tem que querer fazer, empreender, precisa se dedicar.
O ABP Talks, outro evento encabeçado por Álvaro, em parceria com a House Of Learning, e que aborda temas de interesse do mercado de comunicação colocando os profissionais cariocas em contato com debatedores convidados, faz parte do projeto de apontar para o novo.
Para Alvinho, é tempo de rever a participação das entidades: “Esse modelo de associação – ABP, ABAP, ABA, CCRJ – não faz sentido para quem está entrando no mercado publicitário. É importante rever o sentido dessas entidades. Se essas pessoas não veem relevância numa entidade é porque ela não representa mais o profissional, logo, não faz sentido fazer parte dela. O que importa é a proposta de valor de cada uma delas. Elas correm o risco de acabar, se não prestarem atenção nisso.”
O que a ABP fez na gestão de Álvaro Rodrigues foi, segundo ele mesmo, “horizontalizar o papel da entidade, ou seja, não ser só a financiadora de reconhecimentos, muito menos uma promotora de eventos, mas uma curadora de conteúdo, um hub de aperfeiçoamento profissional. É preciso representar o mercado, de alguma forma.”
ROCK STAR?
O bem sucedido publicitário, no entanto, quase deu lugar a um rock star.
Aos 15 anos, quando estudava no tradicional Colégio Pedro II, Alvinho viajou para Woking – a cidade da McLaren -, na Inglaterra, para um intercâmbio, que antecipa, “minhas duas filhas também farão.”
Álvaro ficaria inicialmente três meses, que tratou de estender para seis. Na casa ao lado de onde ele ficou hospedado, morava um espanhol, que trabalhara como roadie do Motörhead – banda inglesa de heavy metal. O tal homem e suas histórias sobre o mundo do showbiz se tornaram atração local dos apaixonados por música, como Alvinho, que lá mesmo em Woking comprou sua primeira guitarra: “Eu sempre quis ser guitarrista!”, conta.
Alguns muitos cortes nos dedos depois, causados pelas cordas da guitarra, o levaram a desistir do instrumento e a tentar um outro, o baixo. Como o talento não era nato, precisava se dedicar bem além do que imaginou inicialmente: “Eu era muito novo! Faltou disciplina, desisti muito rápido.” Aos poucos, ele percebeu que queria mesmo era liderar uma banda, ou melhor, liderar algo.
Mas antes de desistir de vez, Alvinho adotou o visual dos metaleiros: o cabelo abaixo dos ombros e a magreza exagerada o tornaram irreconhecível na volta ao Brasil. Tanto, que nem seu pai o reconheceu quando foi buscá-lo no aeroporto: “Voltei ultra magro, cabelos compridos encaracolados, pulseira de tachas que hoje ninguém conseguiria embarcar usando uma.”
O visual rebelde durou dois anos ainda, quando o pai de Alvinho o convenceu a mudar, com o melhor dos argumentos: evitar o alistamento militar. “Foi aí que acabou o estereótipo, mas o heavy tá aqui dentro pra sempre”, entrega. Tanto que, anos mais tarde, não resistiu a viajar para Buenos Aires para passar apenas um dia por lá, só para assistir a um show do Metallica.
“Certeza mesmo, convicção, eu tinha de que queria trabalhar com comunicação. Na volta da viagem à Inglaterra, quando eu estava no Pedro II do centro do Rio de Janeiro, no centro acadêmico, eu escrevia para o jornal produzido ali, o Plemp’s. Com muitas ironias e críticas àquele universo, era um exercício da criatividade então. Minha aptidão sempre foi escrever”, lembra Álvaro Rodrigues, que adorava escrever cartas imensas para as namoradas.
A determinação de Álvaro o levou até onde queria: formou-se em Comunicação Social e fez pós-graduação em Marketing. Começou na Faculdade Estácio de Sá, aos 18 anos, e concluiu os estudos na Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). A pós foi na Fundação Getúlio Vargas (FGV).
“Entrei para a faculdade no auge de Washington Olivetto, Nizan e DM9, então, o que me atraiu para a publicidade foi criar através das palavras”, diz Alvinho.
A Estácio, à época, tinha um vínculo de estágio com a agência Speroni. Os interessados, a partir do quarto período, podiam estagiar lá. “Na minha época de estudante, os interessados em criação eram como ola em estádio lotado…chamavam e aparecia muita gente interessada. Eu mesmo estagiei na Speroni ainda muito novo, aos 22 anos.”
Depois do estágio inicial de 3 meses na agência, um amigo, Marcelo Peixoto, estagiário em direção de arte, o chamou para voltar e duplar com ele – num momento em que a empresa crescia – sem o tal vínculo com a faculdade.
Aos 26 anos, foi promovido a supervisor de criação. “Apesar da vaidade e do ego, me questionava se ficasse lá, como supervisor por muito tempo, não perderia outras oportunidades. Quanto mais você ascende, menos oportunidades surgem…as opções vão se fechando.”
Na época, a Doctor surgia como uma boutique criativa, era a agência que estava acontecendo. “Contas como Jornal do Brasil, Du Loren, Porcão, concessionárias Mitsubishi, entre outras. Era possível criar. O ponto alto era fazer página dupla para a Du Loren. A minha geração – carioca – foi moldada a não perder oportunidades, e eu não perdi.”
E solta a frase que repetiu diversas vezes durante a entrevista: “Quando a cadeira está confortável demais é hora de mudar.”
AFRICA, UM CAPÍTULO ESPECIAL
Álvaro Rodrigues completou 23 anos de profissão, com passagens por agências como Ogilvy, FCB Brasil, V&S, Agência3 – onde ficou sete anos e chegou a sócio e presidente -, DM9 Rio – onde foi também sócio-fundador e VP de Criação – e Africa Rio – como presidente – e Africa – como VP de Criação -, de onde saiu há um ano, causando muito burburinho no mercado.
Impossível deixar de perguntar a ele o que não deu certo nessa experiência na Africa em São Paulo.
A resposta é direta e objetiva: “Defina não ter dado certo. Fui para a Africa, que faz parte do top five brasileiro, para ser VP de Criação da agência e atender a conta do Itaú…se isso é não dar certo, porra…”, retruca incomodado.
E continua: “Fiquei quase sete anos, no total, no grupo ABC e quase um em São Paulo. Chega um momento na carreira que deixa de ser o quanto você ganha, para ser o quanto você paga para ganhar o que ganha. Quando digo ganhar, não é apenas dinheiro, é ganhar projeção, enfim, tudo.
Tenho uma filha de quase dois anos. Fui pra São Paulo com ela recém-nascida. Minha mulher trabalhava no Banco Pactual, no Rio, e não ia poder sair de lá. Cada escolha uma renúncia, então passei a viver na ponte aérea”, conta Alvinho com um semblante sério.
A roda-viva da época parece ainda causar desconforto a Álvaro: “Só quem viveu colado ao Nizan, ao Gordilho e a todo o mundo que está lá, sabe o privilégio que é. Mas foi uma época muito difícil para mim. Eu ia, às segundas-feiras, às cinco da manhã, do Rio para São Paulo e, invariavelmente, após perder o último voo da ponte na sexta-feira, era obrigado – para não perder ainda mais do convívio com as minhas filhas – a pegar a primeira ponte do sábado, o que significava acordar às seis da manhã. Chegava animado…e exausto! No dia seguinte já me preparava para voltar a São Paulo. Some-se a isso, o projeto Cannes na África, ou seja, chegou uma época que passei a sequer voltar pro Rio!”
Tudo isso começou a pesar para Alvinho: dificuldades e vitórias profissionais também, claro!
“São Paulo não foi uma opção para mim, foi um convite. Feito pelo próprio Nizan. Não vivi a experiência do êxodo, fui porque recebi um convite”, faz questão de deixar claro.
Não bastasse o turbilhão de emoções, envolvendo vida profissional e pessoal, Alvinho ainda se viu obrigado a morar todo o tempo em hotel: “E isso não dava! Até o concierge já me chamava pelo nome! Eu sou muito família, preciso do contato, dos amigos. Eu não fincava raízes nem lá, nem cá.
O preço tinha sido calculado, mas foi alto demais.”
“Quando voltei de férias, a Africa estava mudando e foi um momento em que houve um alinhamento: eu precisava construir uma nova história e a agência compreendeu isso. Não teve frustração, eu queria mesmo fazer uma outra coisa”, conta Alvinho.
Era o ponto final.
A ideia que já estava na cabeça de Álvaro era migrar de criativo para executivo de criação, e a hora havia chegado. Ele até comprou um apartamento na capital paulista, mas as sondagens que recebeu o fizeram olhar numa outra direção.
Um trabalho de coaching profundo com Valéria Carriço, sobre propósito e valor ajudaram Álvaro a dar forma a seus objetivos: “A ideia era também ser feliz, não apenas ter dinheiro e projeção. Percebi que ir para uma engrenagem que precisava de uma liderança me faria mais feliz. Dá mais trabalho, mas é muito bacana.”
Uma das direções que surgiram foi a agência 3A. E olha que foram sete meses de negociações para chegar exatamente naquilo que reuniria o que Álvaro gostaria de fazer, o que daria prazer a ele e o que o faria feliz, além de ganhar dinheiro e projetá-lo através de novos desafios. Lá, nessa nova fase, ele continua criando: “Mas em vez de criar uma campanha, eu crio uma agência. Crio um “produto” para o mercado. Estou escrevendo uma história nova.”
O foco de Álvaro Rodrigues, no momento, são os novos caminhos da agência que lidera: “Eu vou fazer a expansão nacional da 3A. Teremos afiliadas pelo Brasil. Estou liderando esse processo e refundando a agência. O convite de refundar uma história é maravilhoso.”
Alvinho relembra, rindo, que Roberto Amarante, dono da 3A e quem fez o convite para o criativo assumir esse novo processo, lhe disse: “Alvinho, chega uma hora que a melhor contratação que você pode fazer para a sua empresa é alguém para sentar no seu lugar.”
E para encerrar qualquer burburinho sobre sua saída da Africa, é ainda mais claro: “Um convite tem ser bom para você, não para os outros. Hoje, o que mais importa na minha vida, é se estou feliz.”
PASSIONAL
Álvaro Rodrigues, o Júnior, nasceu em Botafogo em 2 de outubro de 1972, morou na Tijuca e pensa, para a sua aposentadoria, em morar no Marais, em Paris, sua cidade preferida no mundo e para onde já viajou mais de 30 vezes.
Seus pais são separados. A mãe, Mara, de 67 anos, não casou novamente e mora aqui no Rio. Já o pai, de 73 anos e de quem herdou o nome, tornou a casar, teve mais um filho e mora em Belém, onde trabalha com turismo ao lado da outra filha e irmã de Alvinho, Patrícia.
“Agora é a fase de ser pai dos meus pais. Fase da deferência – palavra e valor antigos, mas fundamentais – pelo tanto que fizeram por mim”, diz Rodrigues.
Do primeiro casamento de Alvinho, que durou sete anos, nasceu Manuella, hoje com quase 12 anos de idade. Do segundo, com Mariana, com quem está há seis anos, nasceu Antonia, de quase dois.
“Minha mulher é muito parceira, topa todas. Parceria é palavra importante para mim”, diz Alvinho, que levou a atual mulher para dizer o sim num lugar paradisíaco: o Lago de Como, na Itália. A cerimônia foi assistida por 40 casais de amigos e pelas famílias de ambos – incluindo Manuella: “Foi um casamento em que todos os convidados saíram em lua de mel!”, relembra, se referindo ao cenário romântico que puderam desfrutar.
Álvaro Rodrigues adora vinhos e tem perto de 130 garrafas em sua casa no Rio. Conhece um pouco sobre o assunto e montou uma boa estrutura com adegas climatizadas para receber cada rótulo escolhido.
Roqueiro que é, acaba de voltar de Miami, onde foi assistir ao show do U2 no Hard Rock Arena.
Apesar de ter desistido da ideia de ser um rock star, faz o tipo tiete enlouquecido e já correu atrás de alguns de seus ídolos, literalmente.
Alvinho não é assíduo nas redes sociais: “Ainda não sabemos os limites delas. Sou avesso a expor a minha vida pessoal. Meu Instagram é fechado, assim como o meu perfil no Facebook. Já o Twitter é aberto.”
Uma delas inclusive, o inspirou a criar mais um projeto – lembre-se que ele não para! -, o Cariocatype. Observador que é, Álvaro se deu conta de que a maneira como as pedras portuguesas eram colocadas na calçada, formava letras e decidiu fotografá-las. Seu Instagram tem o registro de muitas e a ideia é transformar em algo maior. “É uma grande diversão!”
É vascaíno doente, “Se isso não é uma redundância”, brinca Alvinho, que sempre praticou esportes. Lutou jiu-jitsu, boxe e adorava andar de skate à noite para relaxar. Chegou à faixa roxa do jiu-jitsu, quebrou dedo e hoje sente falta de lutar. Para ele, o esporte é ideal para praticar a disciplina, a concentração e a respeitar o outro. Mas jamais foi um apaixonado por esporte: “Era a forma de canalizar a energia, de relaxar.”
Questionado se deixou de fazer esportes, responde: “Além de correr muito atrás da Antônia?”
Sobre as filhas é declaradamente apaixonado: “Eu sou muito passional, muito visceral com as minhas coisas, com as pessoas…com as minhas filhas então…o amor de pais e filhos era demonstrado de uma outra forma, os pais davam condições materiais para os filhos serem felizes, hoje o que vale é a coisa do contato físico mesmo. Chego a ser pegajoso com a minha filha mais velha…por conta disso recebo respostas monossilábicas no Whatsapp, por exemplo”, conta rindo.
“Eu gostaria muito que as minhas filhas estudassem fora do Brasil e continuassem fora. Tenho planos de morar fora do Brasil e tenho como opções Lisboa e Miami. Mas se o trabalho porventura me levar para uma outra cidade, ok”, antecipa Alvinho.
Recentemente, teve uma proposta para trabalhar numa agência em Bangkok, com a perspectiva de uma carreira excepcional por lá, mas a mudança não se concretizou.
O que desmotivou Alvinho não foi a possibilidade da carreira no exterior, ao contrário, a razão foi o fato de estar há mais de um voo noturno do Brasil. “Tenho uma filha de 12 anos. E se ela precisasse de mim com urgência? Quanto tempo eu levaria para chegar aqui?”
E parte justamente de Manuella, a filha mais velha, que assim como o pai sabe bem o que quer, a determinação para o futuro. A adolescente garante que vai estudar administração na Universidade de Columbia e voltar para o Brasil para cuidar da agência do pai.
IDEIA SEM CEP
Para Álvaro Rodrigues, os tempos bicudos da crise merecem muita atenção, mas principalmente, a busca pela reinvenção: “O que se vê hoje no mercado é a pasteurização máxima da comunicação. O medo retraiu os clientes e o próprio mercado…estamos num negócio de construção de valores, não podemos nos encolher.” E alerta: “Hoje tá fácil para o consumidor se desencantar com a propaganda.”
Segundo Alvinho, reclamar e nada fazer é a pior escolha: “Ideia não tem CEP. O que tem é vontade de fazer. O Rio de Janeiro até é uma terra arrasada – como tantos dizem -, mas terra arrasada é para semear e colher, então vamos lá!”
Talvez por isso, desperte a admiração de amigos do mercado, como Eduardo Moncalvo, sócio da agência Wide, presidente do Sindicato das Agências de Propaganda do Rio de Janeiro (SINAPRO) e diretor da Associação das Agências de Publicidade (ABAP-Rio). Para Duda, “Alvinho é um daqueles caras que não sabendo que era impossível, foi lá e fez. Daí vem a minha admiração por ele. Gente que faz.”
Não deitar sobre os próprios louros poder ter sido uma das razões da ascensão meteórica de Álvaro Rodrigues: “Eu tenho muitos resultados e também dou muitos resultados. O holofote que eu sei que tenho voltado para mim, sim, é fruto de muito trabalho. Sou conhecido no mercado por ser muito exigente e criterioso, um cara que trabalha como um maluco. O holofote vem por conta do resultado. Não vivo da “espuma”, ao contrário. O sucesso, pela cultura latina, muitas vezes incomoda. Eu torço pelo sucesso dos outros! Quanto mais agências, melhor!”
E no melhor estilo Álvaro Rodrigues mostra que não quer mesmo parar: “Não quero deitar sobre os meus sucessos, quero crescer. Por isso, me coloquei cursos de especialização como meta. Este ano fiz a Hyper Island, em Nova York, e ano passado a Berlin School. Este ano ainda quero ir a Londres fazer um curso de aceleração digital. É libertador aprender.”