• Aos 14 anos, produtora Silence se expande para a realização de vídeos

    Dudu Lopes

    Fundada por Dudu Lopes em 2003 para produzir fonogramas publicitários, a produtora Silence vai finalmente oficializar para o mercado, na próxima semana, sua nova atividade: a produção de vídeos. Com direção de Adilson Jr., a produtora acaba de entregar dois trabalhos — um filme para internet e um videocase — para a agência Camisa 10, que ganharão em breve divulgação pela imprensa e pelas redes sociais.

    Em conversa com a Janela, Dudu Lopes explica que, em 2016, com o início da crise no mercado publicitário brasileiro, resolveu “buscar o clichê dos ‘novos desafios'”.

    – “Sempre achei que podia contribuir mais pro mercado do que apenas me fechar no quesito áudio. Somando a minha inquietude à vontade de sair do meu “quadrado”, resolvi encarar essa nova fase como uma grande busca por fazer e aprender coisas novas”, diz ele.

    Em maio de 2016, a Janela já noticiava a entrada de Dudu Lopes e seu então sócio na Silence, Daniel Lopes, em uma nova sociedade, a agência Battery, jutamente com os criativos Eduardo Almeida e João Santos. A ideia seria investir em produção de conteúdo. A parceria, porém, não foi adiante — Almeida e Santos prosseguiram sozinhos com o projeto — e Dudu viu na produção de vídeo o seu caminho natural.

    Novas instalações

    A Silence hoje está com escritórios no Centro do Rio, onde termina obras para ampliar os estúdios de áudio e implantar ilhas de edição e finalização, numa nova estrutura completamente voltada para a produção de audiovisual.

    O produtor conta que, desde quando ampliou as atividades, já entregou sete campanhas, com 18 filmes, incluindo aqueles para a Camisa 10. A agência 3A Worldwide também está na lista dos clientes atendidos, assim como as empresas CBF, Farmoquímica, GSK, Mescla, Squadro, Sulamérica Paradiso e Supergasbras.

    Na nova equipe da Silence está Mari Hosannah, ex-NBS. Dudu Lopes não pretende ter diretor fixo. “Cada projeto tem a sua necessidade”, explica.

    E o diretor da Silence não teme, com a nova atividade, perder trabalhos de áudio para outras produtoras de comerciais. “Nunca produzi muito para produtoras de filmes. Meus principais clientes sempre foram agências”, comentou.

    Ele faz questão, no entanto, de destacar que não pretende abandonar a produção de áudio. Até porque acaba de assumir a presidência nacional da Aprosom, a Associação Brasileira dos Produtores Fonográficos Publicitários.

    – “Acho inclusive que isso tem sido um grande diferencial para os filmes que tenho produzido. Associar a visão de um produtor de áudio à produção de filme desde o início do processo é vital. Isso faz o áudio do filme crescer, desde estar no set preocupado com a captação de meros ruídos ambientes para ajudar o sound design, até a qualidade da captação do som direto em sets ruidosos. Afinal, nem tudo é pra se resolver na pós produção”, destacou.

    Marcio Ehrlich

    Jornalista, publicitário e ator eventual. Escreve sobre publicidade desde 15 de julho de 1977, com passagens por jornais, revistas, rádios e tvs como Tribuna da Imprensa, O Globo, Última Hora, Jornal do Commercio, Monitor Mercantil, Rádio JB, Rádio Tupi FM, TV S e TV E.

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