O diretor da agência Corcovado, Francisco “Kiko” de Assis Netto, que está com mandado de prisão preventiva em uma das ações da Operação Eficiência — a mesma que prendeu Eike Batista — se apresenta à Justiça Federal na próxima sexta-feira, 3 de fevereiro.
Considerado foragido desde a última semana, ele estava em uma viagem de férias de dois meses com a família, passando pelo Havaí e pelos Estados Unidos, segundo informações de seus advogados. O publicitário tem chegada prevista ao Brasil para as 11:20h desta sexta-feira, 3 de fevereiro, no Aeroporto do Galeão.
Kiko, 47 anos, foi subsecretário de comunicação no governo de Sérgio Cabral e aparece nas planilhas do grupo que operava o esquema de corrupção ligado ao ex-governador com os codinomes “Zambianke” ou “Zambi”, uma brincadeira por ter o mesmo apelido do cantor Kiko Zambianchi. De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), ele teria recebido R$ 7,7 milhões, em espécie, em repasses ilegais.
O site O Antagonista publicou hoje, 01/02, que Kiko estaria pronto para fechar um acordo de delação premiada com o MPF, revelando as negociações do Governo do Estado em seus contratos com as agências Prole e Agência Nacional. As duas fazem parte do grupo selecionado em janeiro de 2016, em concorrência, pelo atual governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, juntamente com Agência3, Artplan, Binder e Propeg. Em 2010, a Prole também havia sido selecionada por Cabral, juntamente com a Agnelo, Artplan, Binder, DPZ e NovaSB.
A Corcovado também tem como sócia sua mulher Carolina de Vasconcellos Massière de Assis, que esteve com ele nas últimas semanas em viagem. Curiosamente, uma das contas da agência é a Ordem dos Advogados do Brasil, capítulo-RJ.
ATUALIZAÇÃO EM 02/02/2017: Sobre a nota do site O Antagonista, a Agência Nacional emitiu o seguinte comunicado à imprensa:
A Agência Nacional esclarece que nunca trabalhou para o governo Cabral.Sua prestação de serviços ao governo estadual se iniciou em 2016, já no novo governo, quando o publicitário Francisco de Assis Netto, o Kiko, não estava mais na administração.
Os sócios da Nacional e seus funcionários nunca tiveram qualquer relação com Kiko, seja pessoal, profissional ou de qualquer outra natureza. |