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A Fenêtre Publicitaire é a cobertura da Janela Publicitária em Cannes 2016, por Marcio Ehrlich, Fabio Seidl e Antônio C. Accioly,
com o patrocínio da Corazon, Criatura, Escola Cuca, Fenapro, Lucha Libre e Studio do Cais.

25 de junho de 2015, sábado (16:40h)

MARCELLO SERPA E A ARTE DO SIMPLES

Marcello Serpa
Marcello Serpa no palco do Palais
O GP ganho por Nizan e Marcello Serpa, para o Guaraná Antactica Diet
Com 160 leões na carreira, Marcello Serpa ex-AlmapBBDO (e como é esquisito colocar esse "ex" antes do nome da agência que é a cara dele), foi homenageado ontem pelo CEO do Festival, Philip Thomas.
Hoje à noite ele recebe o Lion of St Mark pelo conjunto da obra.

A entrevista aberta de Serpa no Lumiére Theatre nessa sexta-feira lotou.

Foi uma retrospectiva da carreira comentada pelo próprio Serpa, que falou muito sobre a simplicidade que sempre buscou nas ideias.

"Se um problema precisa de duas páginas para ser contado, não espere uma solução simples", falou sobre as dificuldades que tinha quando criava.

Durante a homenagem, vários trabalhos famosos e amigos falando através de vídeos. Desde David Lubars, CCO da BBDO, passando por Mark Tutssel, CCO da Leo até chegar a uma surpresa: Nizan Guanaes.

Na tela, Nizan, que trabalhou Serpa na DM9 e ganhou com ele o primeiro GP do Brasil em Cannes, distribuiu uma série de elogios que levou Marcello às lágrimas. Foi o único vídeo que ele não comentou. Era o final da palestra.

Marcello foi aplaudido de pé. Saiu, voltou e se dirigiu à plateia em português.

"Vou falar em português porque sei que tem muitos brasileiros aqui. Hoje tive meu momento 'Faustão'. E estou saindo feliz por ver que a publicidade brasileira está forte, bem representada e reconhecida.'


NIZO

Nizan Guanaes passou hoje na sala de imprensa. Conversei com ele rapidinho. Comecei falando dos prêmios de um, ele falou de outros e cheguei onde queria saber: "E você fez o homem chorar ontem no palco, hein?" Nizan sorriu, disfarçou e saiu pra uma entrevista. Respondeu mesmo sem falar nada. Gigantes se respeitam sempre. Até nas diferenças.


PAPO SÉRIO

Ban ki-Moon
Ban Ki-Moon
O sul-coreano Ban Ki-Moon, Secretário Geral da Onu era um dos principais motivos pela segurança do Festival de Cannes estar tão ostensiva. Dentro do Palais, Ki-Moon participou de um dos painéis mais importantes de Cannes e o clima foi de paz e amor.

Ki-Moon veio pedir a colaboração das grandes redes da publicidade mundial para ajudar em causas humanitárias. Se sentou ao lado dos líderes da Dentsu, Havas, IPG, Omnicom, Publicis, e WPP e dividiu as metas de sustentabilidade entre elas: como diminuir o impacto da fome, da falta de água, da violência.

O Sr. Tadashi Iishi, Dentsu resumiu bem a reunião: "Somos amigos e rivais na publicidade. Se a criatividade une as pessoas, ela pode e deve ajudar de uma maneira profunda."
Os líderes das agências se comprometeram a trazer a iniciativa privada, através de seus clientes, para participar da iniciativa da ONU, batizada de 'Common Ground'.

Num ano em que quase não se premiou ONGs e causas humanitárias, e talvez não tenham se premiado muitos truques e com isso muitas ideias boas foram deixadas de lado, foi um choque de realidade. Tomara que o papo do secretário da ONU sirva para mostrar que ajudar é fundamental, mas tem que ser sério.


ENTRETENIMENTO EM CLIMA DE VERÃO

PJ Pereira
PJ Pereira
O Lions Entertainment, terceiro festival paralelo de Cannes ao lado de Health e Innovation, teve ontem seus seminários no terraço do Palais, de frente pra praiota. Cá entre nós é bem melhor.

A galera espalhada em pufes, num gramadinho, tomando uma e ouvindo as palestras.

O Brasileiro PJ Pereira, da Pereira O'Dell fez mais uma excelente palestra em Cannes.

PJ falou sobre como a maneira de pensar da indústria do entretenimento pode ajudar a propaganda.

'Precisamos pensar como quem pensa numa série. Depois da primeira temporada, do primeiro livro, o que vem? Algo que reforça a primeira ideia. Mas principalmente, se quisermos inventar algo novo, precisamos parar de tentar reinventar a roda todo dia."

Assisti ao lado do Glaucio Binder, da Binder que resumiu bem o que foi: "O PJ se fosse fazer qualquer outra coisa da vida, faria e venderia bem."


FALANDO EM SIMPLES

A simplicidade tão repetida por Marcello Serpa de tarde não foi vista de noite, mais uma vez, na cerimônia de premiação de Entertainment e Entertainment for Music.

'Para que separar Music?' Perguntava um criativo por aqui mais cedo.

Pelo mesmo motivo que separa Mobile de Cyber. Porque Cannes é business. O que eu acho que poderia ser bem melhor se não tivesse tantas categorias, divisões, especificidades.

Ter categorias extremamente específicas como como 'Melhor evento interativo de esportes', 'Melhor uso de trilha original em vídeos de até 15 minutos' é muita coisa. E no final não premia nada, ou não premia o que tem, porque não é algo tão representativo do mercado que mereça uma categoria própria.

Dá a impressão de que devido a esse inchaço, muitas coisas relevantes vão ficando pelo caminho porque não passam nem do cansativo pré-shortlist. Se simplificassem, seria ainda melhor. Marcello Serpa concordaria.


A CERIMÔNIA DE SEXTA

Na cerimônia de ontem, o júri decidiu dar dois GPs em Entertainment for Music. Não por acaso, agradou a indústria da publicidade e também a do entretenimento.

O clip 'Formation' da Beyoncé levou um. E o sensacional Home For Christmas, da Jung Von Matt para Edeka levou o outro.

Eu não sei se os amigos da Fenêtre concordam, mas a música não é a coisa mais importante da história desse filme. É uma trilha, poderia ser outra. No caso da Beyoncé, ok, é como a música foi transformada numa peça épica de cinematografia.
Formation, da Beyonce
Home For Christmas
O Brasil esteve no palco com a turma da Akqa São Paulo, que em apenas 2 anos de agência já levaram para casa um ouro.
Na parte de Entertainment, gostei muito do Museum
of Feelings, da Ogilvy Chicago para Gleid.
E do Kaleidoscope, da Red Bull.

E o GP foi para o New York Times, com uma peça de VR criada pelo próprio cliente. Sim, é isso mesmo que você leu. Uma house de uma empresa de mídia ganhou um GP em Cannes, em entretenimento, com uma ideia de tecnologia.

Ou, como diria o Marcello Serpa mais cedo: "O print não acabou, o papel é que está acabando, as ideias continuam. E a novidade do vídeo é uma das coisas mais antigas que existem.".


BREXIT OR BRE-SHIT?

O clima ficou meio pesado desde ontem com a saída da Inglaterra da União Europeia. Os publicitários e jornalistas britânicos não falavam de outra coisa. Os publicitários brasileiros que trabalham em Londres estavam tentando entender o que muda para eles. Ninguém sabe.


BOA NOITE, CRIATIVO

Um grupo de publicitários na noite de sexta caiu num golpe do "Boa Noite, Cinderela" aqui em Cannes.

Entre eles, pelo que conseguimos apurar (também conhecido como "ouvimos no bar do Martinez") estava um brasileiro que, depois de aceitar uma bebida numa comemoração na rua, acordou no meio da rua, sem documentos, dinheiro e sem celular.


ACCIOLANDO

O designer carioca Ricardo Saint-Clair, da Diálogo
Bruno Ribeiro comemorando os 4 leões pela MullenLowe London.
A galera da Master jantando na Rue Suquet, o pelourinho de Cannes.
A turma da Zohar, dando um refresco do Palais.
E o Accioly, pra variar, vagabundeando. Fazendo surf virtual e ganhando brinde no stand da Samsung.


Fabio Seidl

 
 
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