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A Fenêtre Publicitaire é a cobertura da Janela Publicitária em Cannes 2016, por Marcio Ehrlich, Fabio Seidl e Antônio C. Accioly,
com o patrocínio da Corazon, Criatura, Escola Cuca, Fenapro, Lucha Libre e Studio do Cais.

20 de junho de 2015, segunda-feira (10:30h)

CANNEZILLAS E LEÕES

Godzilla
Um Cannezilla no Red Carpet.
Domingo cinzento em Cannes. Chuva, frio. Se o clima do lado de fora do Palais era atípico, dentro do Palais, estava ainda mais esquisito.

Por onde você passava, diretores de criação preocupados, fazendo contas. Muitas peças favoritas, inclusive vencedores de festivais altamente competitivos como One Show e D&AD não estão tendo o desempenho que se esperava.

Conversei com bastante gente ontem. A conclusão que tirei foi que foram criados dois monstros em Cannes - um pelos criativos, outro pela organização – e agora tá difícil lidar com eles.

O primeiro desses Godzillas era previsível. Três anos atrás, o festival viveu o ápice de se premiar ideias que faziam o bem, que ajudavam a sociedade. Era uma forma de manter as marcas relevantes e suas conversas compartilháveis. Esse monstrengo tem os criativos na ficha.

O outro bicho é a quantidade absurda de subcategorias que o Festival tem hoje. E um critério esquisito para determinar o que é ou não uma subcategoria. Esse ano, como falamos aqui, foram quase 220 novas categorias.

“Está tudo muito diluído”, disse um diretor de criação. “Não vai ter mais aquelas peças que ganham uma montanha de leões em direct e outra em promo e faz o ano da agência”.

Conversei informalmente com alguns jurados também. Eles contaram que tem subcategorias que não têm absolutamente nenhuma ideia boa, de tão específicas. Outras, de tão amplas, não querem dizer nada e trazem um pré-shortlist com tantas peças que ninguém se entende na hora do julgamento sobre qual é a direção.

“Julguei uma subcategoria que tinha 400 peças no pré-shorlist. 50% delas eram para ONGs. E num determinado momento o júri resolveu não premiar ONG nenhuma.” Disse um deles.

“Tem seções em que não tem nenhuma ideia boa, as ideias nem parecem fazer parte do mesmo universo, e que vão passar Cannes sequer sem shortlists, um desperdício de tempo e de discussão.”, comentou outro jurado.

A comparação com o One Show e o D&AD é inevitável. E a razão para isso é óbvia.

“São festivais onde a curadoria do júri e as regras também passa por um board de criativos. Cannes ficou confuso.” reclamava um criativo que trabalha no exterior.

Os Cannezillas estão aí. Vamos aguardar os próximos dias para ver o tamanho do estrago. Ou quem se salva.


MANHÃ DE SOL, MEU IÁ-IÁ MEU IÔ IÔ

O Magic Words deve ser a grande vencedora brasileira
Se o Domingo foi de chuva e frio, o sol chegou nessa segundona e os shortlists do dia (PR, Design, Outdoor etc) deram uma reanimada no povo.

É cedo para dizer, mas pela quantidade de shortlists e pela recepção do público, Magic Words, da Almap para a HP está pintando como a grande vencedora brasileira do festival.

Pelas peças internacionais, Opt Outside, da Venables USA para REI (comentada já aqui no nosso Predictions) rema de braçada. E, claro, o McWhooper, da Y&R Nova Zelândia.

Mas as primeiras listas de vencedores que vocês vão começar a ver daqui a pouquinho, estão chegando magrinhos, magrinhos...


COCÔ DO URSO E JUSTIN BIEBER

Cocô de Urso
Beiber, assessoria?
É bem divertido fazer parte do mailing da assessoria de imprensa do Festival. Ontem recebi um convite que não posso deixar de perder. Uma palestra com um moço chamado Poo Bear (cocô de urso?) que é o compositor das músicas do Justin Bieber. O detalhe é que a assessoria do “artista” escreveu o nome do Bieber errado (“Beiber”).


ROLÊ

Montanha Russa
A Montanha Russa da Samsung
O Palais está com menos espaço para churumelas e muito mais para business (tá na moda falar business).

A Samsung por exemplo, tomou conta de vários espaços demonstrando seu novo Galaxy S7 e suas capacidades de VR. Tem até uma montanha russa virtual. E teve gente passando mal já.
Aliás o que tem peça com VR aqui em Cannes é brincadeira. Boas, a bem da verdade, poucas.


SAD LIONS

Karan Novas
Karan Novas, so so sad. :(
Esse é o Karan Novas. Você deve conhecê-lo do programa Reclame Multishow, Reclame na 89FM e do site InspirAD. Os brasileiros estão se reunindo para pedir que o Festival entregue a ele um leão especial pela história mais triste de Cannes esse ano.

Karan é fã do Ibrahimovic, jogador da Suécia. Ele já tinha tentado ver o cara duas vezes, em São Paulo e em Paris. Numa ele teve que viajar a trabalho, na outra, na Europa, ele conseguiu ingresso pra uma final, trocou passagem para ver a partida e o Ibra se machucou e não jogou.

Mas agora era a vez dele. Suécia e Itália em Toulouse. Karan estava na Itália quando descolou o ingresso. Passou horas estudando como chegar. Teve que comprar uma passagem de trem Vintemiglia-Cannes-Marselha-Toulouse. 7 horas de viagem pra ir, mas 7 pra voltar.

E lá foi ele, com antecedência, pra não dar chabu. Lá na altura de Deus-me-livre com Lugar-Nenhum, um camponês resolve se matar e se joga na frente de um trem. Para tudo. Ele tem tempo de sobra. Só que até retirarem o defunto e rearrumarem tudo lá se vão 3h30.

Ele chega na estação faltando pouco pra terminar o jogo, táxi, correria. Quando ele está quase na porta do estádio faltam dois minutos pra acabar o jogo. Gol da Itália. Ele só ouve de fora. Quando consegue entrar, o jogo acabou.

E quando ele acha que vai voltar, putaço, descobre na estação que as linhas estão todas fechadas, ainda por causa do morto. Horas depois, ele acha uma pensão sem banheiro pra dormir.

Só consegue voltar no dia seguinte. Imundo, triste, 400 Euros mais pobre e sem ver o ídolo. Ajude essa mensagem chegar ao Ibrahimovic. Nem que seja pro Ibra morrer de rir.


ACCIOLANDO

Taí o que você queria: aquelas fotos que todo mundo sai meio constrangido, mas não consegue escapar. Ricardo Franco e Ricardo Dolla
Os Ricardos Franco (KBS NY e young pelos EUA) e Dolla (Y&R SP), cariocas em Cannes.
Juliana Paracêncio (Ogilvy Dubai), Fred Saldanha (Huge NY), Bruno Ribeiro (Mullen Lowe London), Claudio Lima (Ogilvy Brasil), papagaio de pirata, Rafael Rizuto e Dudu Marques (180LA), Laura Florence (mcgarrybowen SP), Luiz Batatinha Simões (Ogilvy Dubai) e Tiago Gaum (FCB SP) Guilherme Jahara
Tem 500 pessoas nessa foto, vamulá. Brasileiros (e um portuga) se encontrando em Cannes: Juliana Paracêncio (Ogilvy Dubai), Fred Saldanha (Huge NY), Bruno Ribeiro (Mullen Lowe London), Claudio Lima (Ogilvy Brasil), papagaio de pirata, Rafael Rizuto e Dudu Marques (180LA), Laura Florence (mcgarrybowen SP), Luiz Batatinha Simões (Ogilvy Dubai) e Tiago Gaum (FCB SP)
Guilherme Jahara, da F.Biz, comemorando o Leão de Prata em Health.
Pedro Bexiga, com os brasileiros Marcelo Lourenço (os dois da Fuel Lisboa), com o Alessandro Beda, da Versholl Group Polonia. Vini Sipierski, da McCann
Outro portuga que se amarra na Fenêtre, Pedro Bexiga, com os brasileiros Marcelo Lourenço (os dois da Fuel Lisboa), com o Alessandro Beda, da Versholl Group Polonia.
O carioca Vini Sipierski, da McCann, se preparando para a competição do Young Lions Design.
Flavio Waiteman (Escala), com Marcelo Passos e Paulo Coelho (DM9). Fabio Seidl, Antonio Carlos Accioly e Clélia Salgado
Flavio Waiteman (Escala), com Marcelo Passos e Paulo Coelho (DM9).
A queridíssima Clélia Salgado, do Estadão, tendo que aturar os colunistas mais malas do festival.


Marcio Ehrlich não foi a Cannes mas está ligado e logado no Festival.

 
 
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