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A Fenêtre Publicitaire é a cobertura da Janela Publicitária em Cannes 2016, por Marcio Ehrlich, Fabio Seidl e Antônio C. Accioly,
com o patrocínio da Corazon, Criatura, Escola Cuca, Fenapro, Lucha Libre e Studio do Cais.

16 de junho de 2015, quinta-feira (A)

Fenêtre Frenetic Predictions

Mais três consagrados criativos falam com a Janela as suas previsões para Leão de Cannes este ano. E também dão a sua opinião se a crise brasileira vai afetar os resultados do país no festival. Vejam aí as predições de Antonio Nogueira Segundo, Gustavo Bastos e Rogerio Martins.


Antonio "Mega" Nogueira Segundo Antonio "Mega" Nogueira, criativo da DM9DDB.

Mega diz que "infelizmente", não vai a Cannes este ano, mesmo a sua agência tendo se inscrito:
- "Pena que eu cheguei perto do final do 'ano fiscal' de Cannes e não deu tempo de emplacar nenhum projeto".
Para ele, estes aqui são fortes candidatos a Leão:
"McWhooper", da Y&R Nova Zelândia para Burger King: Primeiro porque traz uma coisa cada vez mais rara na propaganda: a coragem de provocar o concorrente. Segundo, porque o mundo inteiro, literamente, passou alguns dias falando nisso. Terceiro, porque se acontecesse seria histórico. E quarto, e mais inusitado, porque eu acharia muito legal ver Cannes premiando uma ideia que, a rigor, não aconteceu - mas que é tão poderosa que o simples fato de propô-la já gerou assunto.
"Van Gogh's Room", da Leo Burnett chicago para Chicago Art Institute: Porque, pra mim, qualquer ideia que esteja na categoria “como ninguém pensou nisso antes?” merece leão. Olha como é simples: para divulgar a exposição de Van Gogh (com a primeira vez do quadro “Bedroom” nos EUA) em Chicago, a Leo montou, em tamanho real e exatamente igual, um quarto físico igual ao retratado no quadro. E colocou para alugar no AirBNB – com direito a 2 ingressos pro museu. Bingo. E ainda tem um AirBNB no meio pra dar aquele ar “olha como eu sou moderno”.

A crise no Brasil pode se refletir nos resultados brasileiros no Festival?
Acredito que sim. Menos dinheiro, menos coragem. Menos verba, mais parcimônia pra gastar. É natural. Tanto dos clientes, na hora de aprovar/investir, quanto das agências, na hora de inscrever/arriscar. Acho que nenhuma agência brasileira esse ano mandou aquela peça “Hummm… Essa aí tem pouca chance mas… Vai que…”. Esses “vai que” as vezes chegam lá e beliscam um bronze
.


Gustavo Bastos Gustavo Bastos, sócio e diretor de criação da 11:21

A 11:21 não se inscreveu este ano e Gustavo também não vai a Cannes.
Mas tem seus favoritos a Leão, trabalhos que inclusive já mostrou no seu videoblog "Bom Dia, Propaganda":
"Long Live Rock N' Roll", da AlmapBBDO paraa Kiss FM: Conceito forte, bem executado, resultado final surpreendente. e com cara de propaganda internacional.
"Emotisounds", da Artplan para TIM: Merece porqueé uma ideia que muda a vida das pessoas, simples e muito impactante para uma marca internacional. Campanha de verdade para cliente de verdade. Merece muito.

A crise no Brasil pode se refletir nos resultados brasileiros no Festival?
Crises costumam ser amigas da criatividade, então mesmo que a situação brasileira iniba algumas inscrições, a tendência é o Brasil fazer bonito em Cannes.

Rogerio Martins Rogerio Martins, supervisor de criação da Ogilvy Rio

Rogerio vai ficar no Brasil, torcendo pelos trabalhos inscritos pela agência: "O Treino Que Muda Opiniões", para os Jogos  Paralímpicos Rio 2016; "Vacina Anti-Rival", para Band Sport e a campanha "Bilionários" para Forbes.
Seus candidatos a Leão são:
"It's What You Do", da Martin Agency para Geico: Porque mostra como uma campanha com comerciais de 30 segundos ainda pode ser criativa e divertida.
"#OptOutside", para Rei: Pela coragem de fazer o inimaginável: uma campanha para vender menos, ao fechar suas lojas na Black Friday, a principal data comercial dos Estados Unidos. Nem pedidos online foram aceitos. Uma decisão que mostra da maneira mais dramática possível os princípios da marca, que vende roupas e equipamentos para esportes outdoor. Acho que vai varrer o Palais.

A crise no Brasil pode se refletir nos resultados brasileiros no Festival?
Sim, vai. Acredito que o número de inscrições tenha diminuido. E isso acaba se traduzindo em menos prêmios. Para piorar o que tem levado Leão hoje em dia são projetos que requerem muito tempo e muito dinheiro para maturarem. E a maior parte das agências e clientes não está disposta a investir nem em um nem em outro durante uma crise. O foco principal acaba sendo resultado imediato de venda. Mas é claro que haverá as honrosas exceções brazucas que farão bonito por lá.

Marcio Ehrlich não foi a Cannes mas está ligado e logado no Festival.

 
 
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