Rede de varejo Leader reabre concorrência
| A campanha de promoção de Natal da Leader já foi criada e autorizada pela Binder. | EM PRIMEIRA MÃO - Depois de um mês sendo atendida pela Binder, sem grandes alardes, e ter passado os três meses anteriores na JTrês, de Jamil João Junior, a rede de varejo Leader resolveu botar novamente a sua publicidade em disputa.
A conta da Leader -- que a Janela em diversas oportunidades já reportou como sendo uma das mais complicadas do mercado carioca -- havia deixado a África em 30 de junho, quando a própria agência a dispensou. Na ocasião, a empresa começou a trabalhar com Jamil, que já a atendia em alguns projetos desde 2014 e chegou a contratar diversos criativos (entre os quais Marcelo Coli) para apagar o incêndio da saída da África.
Com a relação se estendendo, Jamil aparentemente sentiu necessidade do suporte de uma estrutura maior, dispensou a sua equipe de criação e sugeriu à Leader um acordo com a Binder, que inclusive já havia sido visitada pelo comando da rede de varejo. Jamil foi, então, contratado pela agência para o atendimento da conta e o acordo foi formalizado, "até para a Binder poder autorizar a mídia em nome deles", como explicou à Janela Gláucio Binder, presidente da agência.
Segundo amigos da Janela, porém, o banco BTG Pactual, que controla a Leader, teria exigido que a escolha da nova agência fosse determinada por concorrência, e a empresa já estaria ouvindo também, além da própria Binder, as agências Agência3, Artplan, Fischer e NBS.
ATUALIZAÇÃO EM 26/11/2015 - O diretor da NBS, Antonino Brandão, informou à Janela que, apesar de ter sido realmente convidada a participar, a NBS declinou do convite, já que conquistou, recentemente, a conta da rede de varejo Malwee, conflitante com a conta da Leader Magazine.
Arnaldo Cardoso Pires reabre a Cult em 2016
| Arnaldo Cardoso Pires | EM PRIMEIRA MÃO - O publicitário Arnaldo Cardoso Pires, que nos últimos anos esteve envolvido com o jornal RJ Sports, vai reabrir em 2016 a sua agência Cult, que chegou a ser uma das maiores agências independentes do Rio nos anos 90. Desta vez, porém, a empresa reabre com o nome de Cult.Business, voltada para o segmento de Branded Content.
Em conversa com a Janela, Arnaldo lembrou que a Cult, "até mesmo pelo nome", sempre foi ligada à cultura, tanto que foi através de jobs de branded special products para a Sony Brasil e de product placement em TV para a DuLoren que a empresa conquistou seus primeiros prêmios e começou a crescer.
"Acredito que em pouco tempo, os intervalos comerciais perderão totalmente a sua eficiência para as marcas, fazendo com que esta verba seja destinada a um novo tipo de business, que chamo de Marketenimento e distribui conteúdo através de cinema, música, TV e Web, incluindo o Streaming e as Redes Sociais", explicou o executivo.
A nova empresa começa a operar depois do Carnaval de 2016 nos escritórios de 200m2 que Pires mantém em Ipanema. Até lá, Arnaldo adianta à Janela que espera já ter fechado uma parceria com um dos maiores players desse mercado dos EUA.
Nos primeiros meses, o próprio Cardoso Pires estará à frente do negócio. Mas ele projeta que em no máximo seis meses tenha um CEO contratado para que ele próprio possa voltar a se dedicar a outros projetos, como o filme que está produzindo em parceria com a Diretoria Cinematográfica, de Líbero Saporetti.
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Infoglobo dispensa agências e passa a trabalhar por job
O fato não é novo mas só agora acabou vazando. Há dois meses, junto com a demissão de diversos funcionários da redação e do marketing de seus veículos, o Infoglobo -- que congrega O Globo, Extra, e Expresso, entre outros -- comunicou a suas agências Lew'Lara, Artplan e Fenícios que estaria cancelando todos os contratos de fee que mantinha com elas e passaria a trabalhar prioritariamente com sua equipe de comunicação interna e, eventualmente, através de jobs com empresas terceirizadas.
Segundo amigos da Janela, a comunicação, feita de forma bastante constrangida -- a ponto de pedir sigilo sobre o assunto --, justificava a mudança de relacionamento pelas dificuldades financeiras que o grupo vinha passando, a partir da crise econômica brasileira. Na conversa, os diretores da empresa garantiam que, após a mudança no quadro da Economia, as relações poderiam ser retomadas.
Mudança polêmica
Em junho de 2014, o Infoglogo gerou uma enorme irritação nas lideranças publicitárias cariocas ao tirar a sua conta do escritório carioca da DM9 para entregar o atendimento, pela primeira vez em sua história, a uma agência paulista, a Lew'Lara\TBWA. Na época, a mudança (noticiada em primeira mão pela Janela) foi justificada por setores internos da empresa como uma forma de aproximação com as principais agências e anunciantes do país, que têm em São Paulo os seus escritórios.
A mudança levou a que alguns empresários cariocas ensaiassem enviar uma manifestação de protesto à diretoria da empresa, lembrando as histórias de sucesso do jornal -- ainda nos tempos que Roberto Marinho estava vivo -- com agências cariocas, como com a premiada Contemporânea. Por falta de consenso com os capítulos cariocas das entidades do setor (vale lembrar que o Rio não tem uma associação local independente de empresas de publicidade), a iniciativa acabou arquivada.
Z+ abre no Rio para atender conta da TIM
| W/McCann e Z+ vão cuidar da conta da TIM no Rio | EM PRIMEIRA MÃO - O grupo francês Havas está ampliando para o Rio de Janeiro o seu conceito de Havas Village, implantado no Brasil em 2013. Nele, as agências Havas Worldwide, Z+ e Arnold, apesar de continuarem atuando independentemente, passam a se apresentar sob um mesmo guarda-chuva, com o objetivo de oferecer aos clientes um espectro de multidisciplinaridade.
A decisão foi motivada pela notícia dada ao mercado na última semana de que a Z+ e a W/McCann foram as duas agências escolhidas pela TIM em sua concorrência, "por combinar tamanho global, capacidade de execução, conhecimento local e alinhamento com a companhia", segundo comunicado da operadora.
Em conversa com a Janela, um executivo da Havas adiantou que, tão logo saiba da TIM as necessidades para o atendimento da conta, o grupo definirá se a Z+ passará a dividir no Rio o mesmo escritório atualmente ocupado pela Havas WW ou todos precisarão se transferir para instalações maiores. Por enquanto, diz este executivo, o grupo Havas ainda não está selecionando profissionais e dirigentes para o escritório carioca da Z+, mas currículos já começaram a chegar à agência.
Ainda segundo amigos da Janela, a TIM passaria a concentrar na W/McCann e na Z+ toda a sua comunicação. A Neogama, que vinha cuidando da operadora, já foi comunicada de que sairá do atendimento. A Artplan também têm assinado a comunicação de alguns produtos da empresa, como o Live TIM, que teve campanha nova na rua em junho último. Até o fechamento desta matéria, não tivemos retorno dos diretores da agência para confirmar se ela continua com a TIM.
De acordo com especulações do mercado, os investimentos brutos da TIM em publicidade são de aproximadamente R$ 750 milhões.
Sobre a Z+
A Z+ leva este nome porque em 1989 o publicitário Zezito Marques da Costa juntou sua MCP - Marques da Costa Propaganda a Sergio Guerreiro na agência Z+G, que em 1991 associou-se à Grey como Z+G Grey. Depois de a Grey comprar a totalidade das ações, Zezito abriu uma nova Z+ com Alan Strozenberg, até que, em 2008, a Havas começou a participar acionariamente da agência, assumindo integralmente o controle em 2012. Hoje, Zezito não tem mais qualquer relação com o negócio, que é comandado, desde 2013, pelo CEO Douglas Patrício.
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